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A Escolha (2016)

A Escolha (2016)
  • Publishedfevereiro 8, 2016

Travis Parker (Benjamin Walker, “Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros”) possui tudo o que um homem poderia ter: a profissão que desejava, amigos leais, e uma linda casa beira-mar na pequena cidade de Beaufort, Carolina do Norte. Com uma vida boa, seus relacionamentos amorosos são apenas passageiros e, para ele, isso é o suficiente. Até o dia em que sua nova vizinha, Gabby (Teresa Palmer, “Meu Namorado é um Zumbi”), aparece na porta. Apesar de suas tentativas de ser gentil, a moça parece ter raiva dele. Ainda sim, Travis não consegue evitar Gabby e seus esforços persistentes o levam a uma jornada que ninguém poderia prever. Abrangendo os anos agitados do primeiro amor, casamento e família, A Escolha nos faz confrontar a questão mais cruel de todas: Até onde você iria manter o amor de sua vida?

escolha_1A Escolha (The Choice) é a 11ª adaptação de um livro de Nicholas Sparks para os cinemas, a primeira adaptação de Sparks financiada pelo próprio escritor de forma independente, dirigido por Ross Katz com roteiro de Bryan Sipe. O escritor possui um estilo bem definido, sempre com histórias carregadas de emoção. Como já citei na crítica de seu último filme “Uma Longa Jornada“, praticamente todos os seus romances são baseados em roteiros muito simples, do tipo “casal se conhece, se apaixona, uma tragédia os separa, o destino os une novamente”. O escritor usa e abusa sempre de todos os clichés possíveis: momentos fofos, diálogos melosos, declarações de amor, lindas paisagens, cena no parque, cena na chuva, revira-voltas, sofrimento, separação, saudosismo, mensagens de amor, fé e esperança. Não temos histórias paralelas dessa vez, mas temos como adendo animais fofinhos. Enfim, o famoso “água com açúcar” que provoca duas reações distintas: ame ou odeie!

O filme é um prato cheio para os amantes do estilo, que vai cumprir novamente tudo o que se espera. Todo o longa vai girar em torno de um mantra: a vida é feita de escolhas. O título não é esse por acaso. Como já disse, o filme é simples, mas é uma delícia de acompanhar. Assim que os protagonistas se olham pela primeira vez, eles (e nós) já sabemos que vai surgir um romance.

Travis tem uma pseudo-namorada (Alexandra Daddario, “True Detective”) cheia de idas e vindas desde o colegial. No entanto, está muito bem adaptado à sua vida de solteiro. Mora sozinho, ocasionalmente recebendo visitas de sua irmã (Maggie Grace, “Lost”) e amigos para passear de lancha ou fazer um churrasco. Possui um bom emprego e está feliz assim. Gabby é estudante de medicina, tem um namoro sério com um médico (Tom Welling, “Smallville”), frequentando a casa dos sogros, um relacionamento já em vias de noivado. Nada disso foi suficiente para afastar os dois. Mas nem todas as escolhas são tão simples como decidir com quem você vai namorar…

Novamente parafraseando o filme, cada caminho que você toma te leva a outra escolha, e cada momento do resto de suas vidas depende delas. E aqui entra o segundo ato do filme, 10 anos depois (com uma licença poética e redução de orçamento para os protagonistas não terem o mínimo sinal de envelhecimento), aquele momento em que, depois de ver tudo bonitinho e arrumadinho, você já sabe que algo vai dar errado. Bom, o que seria de um romance sem um pouco de sofrimento? Como diz o filme e aquelas famosas frases de diários de adolescente, você só dá o real valor a alguma coisa quando a perde, e nunca perca a oportunidade de fazer ou dizer algo a alguém, pois nunca se sabe quando o poderá fazer novamente.

Se você não gosta do estilo ou não aguenta mais as histórias de Sparks, fuja! Nada aqui vai te fazer mudar de ideia. Mas, como a vida é feita de escolhas, se você escolheu assistir ao filme (ou não foi obrigado a isso), então certamente é porque você faz parte do seu fiel público-alvo, entende que os clichés são onipresentes e necessários em romances, gosta de chorar, se emocionar, de torcer pelos personagens e de curtir a história, então não há nada o que temer. Para quem é fã do autor, assista sem medo, pois todos os elementos que fazem parte desse ambiente estão aqui. Para as mais emotivas, por favor, levar uma caixinha de lenço.

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Written By
Leonardo Casillo

Professor (computação), músico (teclado), blogueiro (leocasillo), nordestino (Mossoró-RN), nerd (que a Força esteja com você!) e cinéfilo (menos terror).

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