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A 5a Onda (2016)

A 5a Onda (2016)
  • Publishedjaneiro 31, 2016

Cassie Sullivan (Chloe Grace Moretz) tem 16 anos e viu toda a sua vida mudar após a terra ser invadida e sofrer ondas de ataque. Sem a sua família, tem de enfrentar sozinha as consequências da invasão e, sem saber em quem confiar, tentar reencontrar seu irmão mais novo Sam. Dirigido por J Blakeson. Primeiro filme adaptado da trilogia de livros A 5a Onda, de Rick Yancey.

A 5a Onda é o que acontece quando se juntam filmes catástrofes, invasões alienígenas e Malhação! O filme se baseia em uma série de filmes-referência como “Independence Day”, “Sinais”, “O dia depois de amanhã”, “Terremoto” e uma pitada de “Eu sou a lenda”. Claro que não há problema algum em utilizar fórmulas prontas, desde que tenha uma história convincente para justificar uma nova desgraça. O problema começa quando se insere todos estes elementos em mais uma “franquia de livros para adolescentes”. E, com poucas exceções, neste tipo de filme parece obrigatório que tenha que existir romances juvenis. Pode ter vampiros ameaçando sugar seu sangue, alienígenas querendo dizimar a população, mortos-vivos querendo comer seu cérebro, mas os jovens sempre vão ter tempo para se apaixonar. E, se possível, se envolver em um triângulo amoroso.

Até que nesse filme o tempo de romance é pouco, quando distribuído nas quase duas horas de duração. O problema é que esse pouco foi suficiente para quebrar todo e qualquer clima de ação e ficção que tentou ser montado e, pior, ficou completamente fora da realidade, visto tudo o que está acontecendo ao seu redor (sei que muito adolescente segue a máxima “dane-se o mundo, eu quero mais é namorar”, mas não no sentido literal da palavra). Os poucos diálogos açucarados ou constrangedores e os momentos de decepção amorosa são do nível Natalie Portman falando “Anakin, você quebrou me coração”.

Eu, sinceramente, não vejo problema algum em franquia adolescente. Assisto tranquilamente. E, enquanto a 5a onda estava voltado para a ação e ficção, com foco na sobrevivência de uma adolescente, estava bem interessante. Algumas boas sequências (embora rápidas), ótimos efeitos especiais, tudo realmente chamando atenção para o clima de destruição e me fazendo ter curiosidade de saber como uma jovem ia conseguir sobreviver a aquilo tudo e como a população restante ia conseguir se salvar. Mas o filme não seguiu por esse caminho. Optou por uma virada emocional que praticamente estragou o longa inteiro, e quando tentou voltar pra ação e a obrigatória revira-volta (completamente previsível), infelizmente já era tarde demais. Eu queria muito ter gostado mais do filme. Gosto da protagonista, gosto dos temas abordados e o trailer tinha me agradado bastante.

O resultado não correspondeu ao esperado, comprometendo as sequências, devido aos muitos relatos de que o filme não conseguiu trazer a mesma emoção dos livros. A franquia é composta por uma trilogia, sendo os seguintes “O Mar Infinito” e “A Quinta Estrela”. O final do primeiro filme dá o gancho óbvio para a continuação, que, caso não exista, vai prejudicar ainda mais o produto final, seguindo o mesmo destino de outras franquias que não vingaram ou não tiveram a chance de seguir em frente. O ambiente hollywoodiano sabe ser cruel com quem não atinge os objetivo$ desejado$.

5-Onda

Agora vem um “anexo”. Normalmente, não gosto nem uso spoilers nos meus textos. Como também raramente critico um filme dessa forma. Mas dessa vez vou inovar e contar praticamente o filme INTEIRO, do meu jeito, da forma mais “honesta” possível. Perdoem o texto enorme, mas é que eu preciso contar os detalhes importantes. Se não quiser saber, obrigado pela leitura até aqui e assista o filme para tirar sua própria opinião. Se não se importa ou que saber se eu exagerei, divirta-se abaixo.

Sinopse honesta: uma gigantesca nave alienígena está sobrevoando o planeta, e resolve estacionar bem em cima dos Estados Unidos. Depois de alguns dias por lá, os aliens, losticamente chamados de Os Outros, decidem fazer uma série de ataques, denominadas “ondas”. Na primeira onda, envia um Pulso Eletro-Magnético que acaba com toda a energia e equipamentos eletrônicos do planeta. Menos os carros e instalações do exército americano, que devem ter sido marcados com um X vermelho para não serem afetados. Na segunda onda, enviam tsunamis gigantes para arrasar com a área urbana. Mas se você sabe subir em árvores, vai escapar de boa porque as ondas só arrastam prédios, elas são amigas da natureza. Na terceira onda, eles aprimoram a gripe aviária para exterminar 97% dos humanos. Mas a maioria das crianças e adolescentes, provavelmente devido ao excesso de anti-corpos, são imunes ao vírus. Na quarta onda, descobrimos que os outros estão infiltrados entre os humanos para eliminar pessoalmente as baratinhas que faltam, já que na teoria sobraram apenas os mais fortes (crianças e adolescentes!?!). O exército, que continua fortemente equipado e estruturado, ao invés de contra-atacar com seu arsenal, convoca as crianças e adolescentes sobreviventes para formar esquadrões de elite a partir de um treinamento militar infanto-juvenil extremamente eficiente, e envia as crianças para matar “os outros”, que estão se preparando para a 5a onda. Com direito a aqueles discursos ufanistas e clichezentos do sargento Reznik (Liev Schreiber, fazendo o que pode) para motivar a molecada. Essa parte toda é como se fosse o prefácio do livro, ou um “nos capítulos anteriores…”. E até aí, tudo ia bem.

Nesse meio tempo conhecemos Cassie, uma adolescente que levava uma vida norma até perder os pais e se separar do irmão caçula durante o “recrutamento”, porque foi buscar o ursinho de pelúcia dele e se atrasou pro encontro no ônibus que levou os sobreviventes para a base militar. Então ela pega um rifle e uma pistola dada pelo pai e sai por aí tentando sobreviver. Cassie leva um tiro e, ao acordar, descobre que foi salva por um jovem de boa aparência chamado Evan (Alex Roe). Eles se apaixonam de cara, mas ela se lembra da promessa que fez ao irmão e resolve ir a pé por conta própria até a instalação militar. Antes disso, pausa para um momento romântico dentro de um carro abandonado no meio da floresta cheia de “outros” armados que estão tentado matá-los. Um ambiente bem propício para um amorzinho… Mas então Cassie faz uma descoberta terrível!!! Ele é um híbrido, “metade homem metade outro”, quase um Semi-Deus, criado quando tivemos uma visita rápida de reconhecimento de campo dos alienígenas anos atrás. Ele vivia como um humano comum até que ativaram seus poderes por Wi-Fi quando a nave chegou por aqui e recebeu uma nova ordem secreta, tipo aquela dos clones de Star Wars, para matar geral quem estivesse andando por aí. Cassie fica com raiva da descoberta e decide seguir sozinha.

Ela consegue se infiltrar na base, mata uma oficial militar de alta patente durante uma entrevista, rouba a roupa dela que, por sorte, veste perfeitamente, e sai em busca do irmão sem ser notada por qualquer outro militar. No meio de centenas de crianças e jovens (já que provavelmente todas as crianças dos 3% da população restante foram levadas pra lá), encontra o irmão – que nem ligou para o ursinho… Lá dentro ela encontra um ex-paquera, Ben, codinome Zumbi (Nick Robinson), que estudava na mesma sala e, talvez pelo seu apelido walking dead, virou líder de uma das tropas de elite. Ben e seu esquadrão são o arco paralelo quando Cassie e Evan não estão em cena, usado para dar algumas explicações sobre o exército e os outros. Quando finalmente Ben e Cassie descobrem a verdade sobre a 5a onda, são perseguidos, e do nada são salvos por Evan, que surgiu de uma escotilha exatamente no corredor que ela estava, e avisa que é melhor a galera sair correndo porque ele conseguiu um enorme suprimento de bombas sei lá aonde, instalou todas sem ninguém perceber e vai explodir tudo. Mas por que ele resolveu ajudar? Simples, ele se apaixonou por Cassie à primeira vista e a força do amor (!) removeu a lavagem cerebral alien que tinha reprogramado seu cérebro para matar humanos(!!!!) Sensacional!! E, pra finalizar, todos conseguem fugir graças a Ringer, outro membro do esquadrão teen (Maika Monroe, a melhor personagem e melhor sobrenome de atriz)  que também consegue invadir a base militar (tudo bem dessa vez, tava cheio de bomba explodindo e acho que os vigias não estavam prestando atenção), rouba um jeep e salva o dia! Fim.

Written By
Leonardo Casillo

Professor (computação), músico (teclado), blogueiro (leocasillo), nordestino (Mossoró-RN), nerd (que a Força esteja com você!) e cinéfilo (menos terror).

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