Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um maravilhoso filme.
Sniper Americano – American Sniper (2014):
Dirigido por Clint Eastwood e escrito por Jason Hall.O filme é estrelado por Bradley Cooper e Sienna Miller com Luke Grimes, Kyle Gallner, Sam Jaeger, Jake McDorman e Cory Hardrict3 em papéis coadjuvantes. No dia 8 de Março de 2015, Sniper Americano ultrapassou a bilheteria de Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1, e se tornou a maior arrecadação do ano de 2014 nos Estados Unidos. É o filme de guerra de maior arrecadação da história.
Sinopse: Perdido em sua vida medíocre, Chris Kyle, aos 30 anos, decide defender seu país e se alistar aos SEALS americanos. Agora deve definir o que é mais importante em sua vida, seu trabalho ou sua família.
Crítica: O que realmente podia ser melhor, um filme em que o roteiro tem o dedo de Spielberg ou ser filmado pelo lendário ator e diretor Eastwood. American Sniper é uma obra prima, mas não pela violência inerente ao filme e sim pelas várias percepções que o filme oferece quanto comparamos ao modo de vida que levamos, o quanto nos distanciamos de nossa família por objetivos comuns a todos como pagar contas, ter o trabalho que desejamos ou mesmo defender o país, as mais frequentes desculpas que nos damos. Eastwood, como sempre, consegue magistralmente colocar isto tudo de fundo a uma guerra insana sobre poder, petróleo e religião, sem tirar a face da inocência destruída pela guerra. O filme choca em todos os momentos, às vezes claramente, às vezes subjetivamente e é impressionante que com um filme barato e de guerra, com um orçamento de apenas US$ 58 milhões, consiga uma receita estrondosa de US518 milhões, quase dez vezes mais que sua produção. O filme fica bem distante de Em Busca do Soldado Ryan ou da série Bando f Brother quanto a história, mas o conteúdo de questionamento Spilberniano de por que estamos aqui e qual a nossa missão neste mundo está bem presente a cada momento, principalmente no conceito de ingenuidade moral e espiritual. Bradley Cooper merece uma crítica especial neste filme, o ator que cada vez mais me impressiona por suas escolhas, neste filme que poderia passar tranquilamente atuando de forma reta e canastrona, faz um personagem extremamente questionável quando as suas posições políticas e surpreende incrivelmente quanto ao seu amadurecimento na forma de atuar, trazendo um personagem que se transforma enquanto o filme se desenrola até seu ápice. O personagem de Cooper assusta em sua moral como quando diz que apenas quando encontrar com o senhor irá responder por seus 160 assassinatos ou que relata que o que faz é para defender sua família e pais, sua atuação dirigindo um carro na vizinhança, sentindo como se estivesse na guerra ou na festa de seu filho são momentos em que as palavras se perdem e a atuação corporal assume a cena. Impressionante. O filme é imperdível em todas as artes.
Curiosidades: Em 24 de maio de 2012, foi anunciado que a Warner Bros. tinha adquirido os direitos do livro de Chris Kyle com Bradley Cooper para produzir e estrelar a adaptação cinematográfica. Cooper tinha pensado em Chris Pratt para atuar como o protagonista mas a Warner Bros. concordou em contratá-lo somente se Cooper fosse o ator principal. Em setembro de 2012, David O. Russell afirmou que estava interessado em dirigir o filme. Em 2 de maio de 2013, foi anunciado que Steven Spielberg seria seu diretor. Spielberg tinha lido o livro de Kyle, entretanto desejava ter um conflito psicológico mais presente no roteiro assim como um personagem “franco-atirador inimigo” que pudesse servir como o atirador insurgente tentando rastrear e matar o protagonista. As ideias do diretor contribuíram para o desenvolvimento de um roteiro longo com aproximadamente 160 páginas. Devido as restrições orçamentárias da Warner Bros., Spielberg acreditou que não poderia trazer sua visão da história para a tela. Em 5 de agosto de 2013 anunciou que estava desistindo do projeto. Em 21 de agosto de 2013 foi noticiado que Clint Eastwood, em vez disso, dirigiria o filme. Para o crítico de cinema Pablo Villaça “Sniper Americano indubitavelmente trata seu protagonista como um herói, jamais colocando a moralidade de suas ações em dúvida e, com isso, contribuindo para transformar em ícone alguém que não merecia sequer ser tratado como anti-herói.” Já para João Marcos Flores, do Cineviews, “O personagem principal de seu novo filme, porém, é um lobo em pele de cordeiro, que sentiu o gosto do sangue por uma questão de sobrevivência e depois disso nunca mais conseguiu comer ração.” O crítico Márcio Sallem qualificou o protagonista Chris Kyle como “Um rapaz de inteligência limitada e ignorante às nuances da guerra, porém disposto a abandonar a família e sacrificar a própria vida pelo sonho utópico (e ufanista) que lhe é vendido como real”
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