Histórias em Quadrinhos, como começar a ler ? – Desenhistas clássicos Parte 1
Então pessoal, mais uma coluna com algumas dicas para você ler histórias em quadrinhos! No nosso último encontro falamos sobre alguns desenhistas atuais de destaque, espero que tenham gostado das dicas.
hoje vou falar um pouco sobre alguns desenhistas clássicos, alguns se destacam pela beleza de seu traço outros pela importância que tiveram ao longo da história dos quadrinhos.
Como sempre não estou avaliando quem é melhor ou não, essa lista ser feita com nomes que acho importantes, seja pela sua contribuição histórica, seja pelo seu traço, caso você queira sugerir algum que não viu por aqui, pode deixar nos comentários que a gente troca algumas ideias.
Neal Adams Foi outro artista que tem um estilo foto-realista, ele foi um divisor de águas na história da HQ contemporânea, Adams foi o responsável pela popularização de muitos personagens que encontravam-se decadentes como o Batman, Lanterna Verde e os X-Men.
Ele começou trabalhando na Archie Comics, desenhando Bat Masterson, isso lá em 1959.
Começou na Dc comics por volta de 1968 se tornando o principal capista da editora, em 69 foi para Marvel onde ilustrou X-men e também desenhou Thor.
George Perez, um dos desenhistas mais clássicos, começou a ganhar reconhecimento pela sua fase nos anos 80 em Os Vingadores, lá Marvel é considerado um dos 3 melhores desenhistas do Quarteto fantástico. Na Dc comics desenhou a Liga da Justiça, mas seu melhor trabalho foi nos Novos Titãs. Posteriormente desenhou Mulher-Maravilha e a famosa Saga Crise nas Infinitas terras. A Perez também é creditada a armadura de Lex Luthor.
Jim Lee foi um grande fenômeno dos anos 90, seu estilo agressivo trouxe uma quantidade enorme de fãs para Marvel, é dele a famosa capa da revista X-men #1. O que lhe rendeu um prêmio para novos talentos em 1990. Após sair da Marvel foi co-fundador da Image com Rob Liefeld e Todd McFarlane. Lee também foi criador da editora Wildstorm que posteriormente foi vendida a Dc Comics.
Lee recentemente ilustrou para Dc Batman e Superman.
Jack Kirby, caso você nunca tenha ouvido falar nele, Kirby é conhecido com “King/Rei”, ele foi o pai da maioria dos super-heróis da Marvel, entre suas criações estão Capitão América, Quarteto Fantáscito, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Os Vingadores, Surfista Prateado, Homem-formiga, Dr Destino, Os X-men, Galaticus, Magneto, Os inumanos, legal? não foi só pra Marvel que Jack criou, a Dc acabou comprando e incorporando alguns de seus personagens a seu universo regular, entre eles Os Novos Deuses e o vilão Darkseide, isso é só uma amostra da importância de Jack, não fosse apenas o fato dele ter co-criado esses personagens ele foi a fonte de inspiração de vários outros que viriam. Jack foi um dos responsáveis pela volta dos super-heróis aos quadrinhos quase meio século depois da criação de Superman e cia.
Frank Miller foi quem redefiniu o status do Demolidor onde, além das artes trabalhou no roteiro, Miller ainda desenhou a saga Eu, Wolverine posteriormente criou Sin City e foi um dos idealizadores, de uma das história mais conhecidas e aclamadas do Batman, O Cavaleiro das Trevas. Miller também foi fonte de inspiração para as gerações seguintes a sua.
Alex Raymond Dono de um talento versátil e um estilo incisivo, o americano Alex Raymond influenciou muita gente. Inclusive George Lucas, que credita ao trabalho do artista o ímpeto original para imaginar o universo de Star Wars. A criação que colocou Raymond em lugar de tamanho destaque é de 1934: foi neste ano que o artista deu vida a Flash Gordon, “o clássico super-herói, mas no espaço sideral”, como definiria o cineasta.
Joe Shuster No currículo do ilustrador canadense Joseph “Joe” Shuster, um grande título salta aos olhos: ele criou o Super-Homem. Ao lado de seu amigo de longa data, Jerry Siegel, Shuster começou a rascunhar fanzines ainda no colégio. Uma delas, publicada em 1933, trazia a história “O Reino do Super-Homem”, que, apesar do nome, não tinha muito a ver com o herói de capa vermelha. Pelo contrário, aliás. O super-homem em questão era um vilão telepata que queria dominar o mundo.
Steve Ditko começou entre os grandes, tendo como mentor Jerry Robinson, desenhista dos quadrinhos do Batman na década de 1940 e seu professor na Cartoonist Ilustrators School, em Nova York. Começou sua carreira profissional em 1953, no estúdio de Joe Simon e Jack Kirby. Ao lado de Stan Lee, Ditko deu vida ao Homem-Aranha, que apareceu pela primeira vez no quadrinho Amazing Fantasy #15, de 1962. O Cabeça-de-teia foi o primeiro adolescente a ganhar o posto de protagonista no universo Marvel.
Ditko também deu forma ao Dr. Estranho, que apareceu pela primeira vez no quadrinho Strange Tales #110, de julho de 1963, e figurou em diversos sub-produtos Marvel, como animações, videogames e filmes.
Jim Steranko Colagens, psicodelia, pop-art, altos contrastes do film-noir – tudo valia como inspiração para Jim Steranko. O quadrinista americano começou sua carreira em 1965 na Harvey Comics e, poucos anos depois, conseguiu a almejada entrada na Marvel Comics, ilustrando muitas capas de Nick Fury. Explorando a composição de página, ele incorporou vários movimentos artísticos para criar seu próprio estilo nos quadros.
Um de seus trabalhos mais icônicos é a capa da edição de outubro de 1968 de Giant Size Hulk – parodiada e homenageada à exaustão. Steranko também emprestou seus traços ao cinema, assinando diversos cartazes. São dele as ilustrações da arte conceitual de Os Caçadores da Arca Perdida, filme de 1981 dirigido por Steven Spielberg que marcou a estreia de Indiana Jones nos cinemas. O estilo e apuro visual do artista lhe garantiram um lugar no Hall da Fama de Will Eisner em 2006.
Dave Gibbons O desenhista inglês Dave Gibbons começou sua carreira profissional assinando títulos de terror e ação para as editoras IPC e DC Thomson no início da década de 70. Anos depois, passou a ser o artista principal da tirinha de Doctor Who, na qual permaneceu até a 69ª edição. Mas foi ao lado do também britânico Alan Moore que Gibbons assinou um de seus mais importantes trabalhos até o momento.
Retratando as ansiedades contemporâneas e lançando um olhar crítico ao conceito de super-herói, Watchmen se tornou um marco. Publicada entre os anos de 1986 e 1987, a graphic novel serviu como síntese das temáticas questionadoras que pipocavam nos mais diversos quadrinhos da época. A história, que inspirou o filme dirigido por Zack Snyder em 2009, figura na lista dos 100 melhores livros de todos os tempos da Revista Time.
John Byrne Boa parte do humor que está presente em adaptações cinematográficas de aventuras de heróis, como X-Men, Os Vingadores e O Quarteto Fantástico, se deve à dupla formada pelo desenhista canadense John Byrne e o roteirista britânico Chris Claremont. Em 1977, os artistas deram início ao trabalho marcante nos quadrinhos dos mutantes. A partir da edição número 108 de The X-Men, a dupla criou os icônicos arcos Dark Phoenix Saga, Days of future past e Proteus, muito bem recebidos (e ainda adorados) pelo público. Deve-se à dupla também a permanência de Wolverine no time do Professor Xavier. Juntos, os artistas não só firmaram o lugar do herói canadense nos quadrinhos mas também o moldaram como o personagem tão popular e adorado que conhecemos hoje.
Além de suas passagens marcantes por Os Vingadores e Capitão América no final dos anos 70, Byrne também liderou O Quarteto Fantástico em sua chamada “segunda era de ouro”, entre os anos 1981 e 1986.
Brian Bolland As HQs americanas começaram a ganhar força no Reino Unido apenas em 1959, mas Brian Bolland se apaixonou rápido. Na faculdade, decidiu estudar design gráfico e história da arte, e logo começou a ilustrar fanzines, empregando seus traços que misturavam o cartunesco e o clássico. Em 1977 conseguiu um emprego na antologia britânica 2000 AD, assinando uma fase definidora de Judge Dredd – personagem que está novamente em cartaz nos cinemas.
Nos EUA, suas principais colaborações foram nos quadrinhos da DC Comics. Em 1982, assinou a arte de Camelot 3000, elogiada versão futurística das aventuras do Rei Arthur e de seus Cavaleiros. Batman: A Piada Mortal, produzida ao lado de Alan Moore em 1988, estabeleceu a emblemática imagem do Coringa, citada por Heath Ledger como inspiração para sua interpretação vencedora do Oscar.
Will Eisner Poucos têm a honra de dar nome ao prêmio máximo de seu ramo, mas a homenagem prestada a Will Eisner é um destes raros (e merecidos) casos. Filho de imigrantes judeus, o americano começou sua carreira trabalhando como cartunista no jornal New York America. Em 1940, deu vida a um de seus personagens mais famosos: Spirit, combatente mascarado do crime, estampava um suplemento nos jornais do Register and Tribune Syndicate, que chegou a ter circulação de 5 milhões de cópias entre 1940 e 1952. Eisner foi um dos responsáveis por cunhar o termo graphic novel. Suas incursões pelo gênero resultaram em obras importantes como Um Contrato com Deus, de 1978, e Ao Coração da Tempestade, de 1991, retratos da vida na Nova York dos anos 30 e 40 e da experiência dos imigrantes na grande metrópole.
“Will Eisner não apenas ilustrava um roteiro, ele pensava tudo. Do formato das letras e dos balões aos traços dos personagens, que podiam mudar de acordo com o estado psicológico dos personagens, ele explorava todos os elementos para contar as histórias”, diz o pesquisador (e quadrinista) Daniel Werneck. Em homenagem ao artista, foi criado em 1988 o Will Eisner Comic Industry Awards – o Oscar dos Quadrinhos – anunciado anualmente na Comic-Con, em San Diego.
Se você chegou até aqui, espero que tenha gostado dessa viagem e conhecido alguns dos grandes desenhistas e importantes artistas da história dos quadrinhos, alguns nomes não apareceram por aqui pois o post ficaria muito extenso e resolvi dividir ele em duas partes, semana que vem iremos falar de outros nomes que foram que deixaram sua marca no universo dos quadrinhos, até a próxima.
*Não deixe de acompanhar nossa sessão Livros e HQs para saber mais!