Finalizamos um ano que precisamos de heróis com o que estávamos esperando, uma das heroínas mais icônicas das histórias em quadrinhos e afins, até para quem nem ler HQ, Mulher Maravilha.
Avançando para a década de 1980, a próxima aventura da Mulher-Maravilha nos cinemas a coloca frente a dois novos inimigos: Max Lord e Mulher-Leopardo. Com a diretora Patty Jenkins de volta ao comando e Gal Gadot novamente no papel-título, “Mulher-Maravilha 1984”, da Warner Bros. Pictures, é a sequência da estreia da super-heroína da DC como protagonista nas telas de cinema com o filme “Mulher-Maravilha”, que em 2017 quebrou recordes e arrecadou US$ 822 milhões nas bilheterias mundiais.
Os produtores são Charles Roven, Deborah Snyder, Zack Snyder, Patty Jenkins, Gal Gadot e Stephen Jones produzem o filme. Rebecca Steel Roven Oakley, Richard Suckle, Marianne Jenkins, Geoff Johns, Walter Hamada, Chantal Nong Vo e Wesley Coller.
Patty Jenkins dirigiu a partir de um roteiro que ela escreveu com Geoff Johns & David Callaham, uma história de Jenkins & Johns, baseada nos personagens da DC.
O filme será distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures.
Mas será que a sequência correspondeu às expectativas? É isso que vou compartilhar com vocês agora.
Diana Prince agora vive em 1984 como uma humana quase normal, trabalhando no departamento de antropologia do Smithsonian Instittution, em Washignton. Nas horas vagas ela não aproveita toda a beleza e elegância naturais para sair, mas sim os poderes de sua cultura e ancestrais para cuidar da cidade, dando aquela ajudinha à polícia local.
Diana tem uma vida solitária, talvez porque não superou ainda a morte de Steve Trevor, seu grande amor, ou tenha receio que suas peculiaridades coloquem novos amigos em perigo. De toda forma, ela parece ter encontrado uma amiga na novata do laboratório, Barbara Minerva.
Barbara é o oposto de Diana em termos de graça, é o tipo de pessoa que é genuinamente boa e inteligente, mas totalmente desastrada e apontada como esquisita, por isso não tem muitos amigos.
O primeiro trabalho de destaque de Barbara é analisar um lote roubado de uma loja de penhores. À propósito, o lote só foi recuperado por causa de Diana … ops… da Mulher Maravilha. Um dos itens é uma pedra que, pela constituição, parecia só uma falsificação.
Na verdade, essa pedra tem o poder de realizar um desejo de cada pessoa. Acidentalmente, sem perceber o poder dela, Diana deseja ter Steve de volta e Barbara a ser mais como Diana, incluindo ter a força dela.
Quem estava procurando por essa pedra era Max Lord, um moço conhecido pela propaganda de ações em petróleo, com slogans que cheiram a golpe de publicidade. O que é verdade, Max não tem nenhum petróleo em seu domínio e não tem criado dinheiro, ele simplesmente tenta angariar investidores com falsas propostas.
Com a pedra em mãos ele deseja se tornar a própria pedra, realizando os desejos das pessoas e pegando o que lhes era de maior valia, assim conseguiria os poços de petróleo do mundo, poder e influência. E não era suficiente para ele, ele sempre buscava mais, fazendo com que as pessoas realmente desejassem algo neste sentido.
Diana percebe que a pedra tem esse poder quando, em uma festa, um moço que ela não conhecia estava a seguindo, depois de alguns minutos de conversa ela viu que era, de alguma forma, Steve, mas no corpo de outra pessoa. Embora ela tenha ficado muito feliz com isso, ela sabia que precisava investigar o que estava acontecendo.
Ela já sabia que Max Lord estava procurando pela pedra, então começou por aí, conversando com uma Barbara muito diferente, que lhe disse que havia perdido a pedra de vista. Max havia a seduzido e levada a pedra com ele.
Ao encontrar Max e enfrentar seu novo corpo de seguranças, Diana percebe que está fraca, seus poderes estão diminuindo. A causa? Para todo pedido realizado a pessoa perde algo que lhe de grande valia, Diana tinha Steve ao seu lado, mas seus poderes eram preço disso.
O mesmo acontecia com Max, ele estava conseguindo tudo que queria e transformando o mundo em um verdadeiro caos, mas cada vez mais sua saúde estava mais fraca. Ele recebe a ajuda de Barbara nisso, quando ela percebe que a pesquisas estavam certas, que a pedra tinha todo aquele poder e que ela tinha todo aquele poder.
A solução para o caos mundial que Max havia ajudado a instalar era sua própria destruição, uma vez que ele mesmo era a pedra, ou a renúncia de todos de seus respectivos desejos, inclusive o de Diana.
Ela reluta muito, mas lembra de um ensinamento antigo da sua tia Antiope, nada de bom surge de mentiras, nenhuma heroína nasce de mentiras, e aceita renunciar seu desejo. Só assim ela recupera todo seu poder e força, revelando a armadura dourada de suas ancestrais e caçando Max onde quer que ele estivesse.
Antes de conseguir derrotar Max ela enfrenta a Mulher-Leopardo, no caso, Barbara depois de evoluir o seu pedido, ser uma predadora, alguém que nunca se viu. Para alguém que passou a vida sendo invisível para a maioria das pessoas e frágil, ter todo esse poder significava muito, por isso Diana demora a convencer que ela renuncie seu desejo.
O que fez Max renunciar seus desejos e conseguir reverter tudo o que fez não foi o belo discurso que Diana faz ou seus poderes, mas sim a lembrança de seu filho, Alistar, que estava perdido pela cidade e achando que o pai havia o esquecido.
Como todo bom filme de super-herói, seja qual DC ou Marvel, esse contou com suas lições de moral, o que é esperado e até positivo.
Se o filme é bom?
Ele tem seus bons momentos, a comédia bem colocada, algumas lutas são bem feitas e foi bom ver Gal Gadot e Chris Pine nas telonas novamente. Também foi bom ver a ambientação dos anos de 1980, inclusive a moda da época, foi bem real, não tão caricata quanto eu esperava.
Contudo, o segundo filme não chega nem aos pés do primeiro, não há nenhuma cena que se compare àquela de Diana saindo das trincheiras estadunidenses e enfrentando a tropa alemã da Segunda Guerra Mundial, nem mesmo ela entrando na batalha com a armadora dourada.
Talvez a cena em que ela renuncia o seu desejo, dizendo adeus novamente a Steve, recuperando seus poderes e voltando a lutar com a força do odeio, possa ser vista como o ápice, mas não emocionou como essa outra que citei, do primeiro filme.
Tem alguns detalhes que fazem pouco sentido, mesmo dentro de um filme de herói, coisas mais práticas, como fazer o jato, mesmo que invisível, passar por uma queima de fogos de artifício sem danificar nada da aeronave. Não sou especialista, mas só consegui pensar nisso naquela cena, mesmo a cena sendo linda.
Outros detalhes são interessantes, embora um tanto quanto forçado, como usar um raio como aparador. Mas o que mais me chamou atenção foram as pistas que levaram à Mulher-Leopardo por meio dos figurinos, em mais de uma cena, antes mesmo da transformação de Barbara, é possível ver peças de roupa e acessórios com estampa de leopardo.
Tem duas cenas que dão mais destaque. A primeira é quando Barbara e Diana se conhecem, Barbara comenta que não sabe usar salto, que cientistas não deveriam usar, na hora ela ver que Diana estava com um scarpin com estampa de leopardo (de primeira parece onça, mas depois entendi que não) e há um zoom no sapato.
A segunda cena é com Steve, quando ele tenta entrar na moda dos anos de 1980 e colocar uma camiseta de leopardo embaixo de um blazer com ombreiras. Até assim Chris Pine conseguiu ficar bonito!
Falando do elenco, embora já tenha adiantado, a Mulher Maravilha não poderia ser outra pessoa, Gal Gadot é simplesmente impecável e linda, conseguindo ser essa mulher extremamente forte, mas também elegante, fina, com olhar meigo e sorriso acolhedor.
Sim, essa coluna enaltece Gal Gadot!
Passando para os novos rostos da franquia, Barbara Minerva, a Mulher-Leopardo, é vivida por Kristen Wiig, famosa por fazer parte do cômico “Saturday Night Live”, bem como em filmes de comédia, como “Zoolander 2”, “Caça-Fantasmas” (2016) e “Missão Madrinhas de Casamento”, também tem um currículo extenso em dublagem de animações.
A escolha dela para esse personagem foi acertada, porque Barbara tinha esse quê de comédia misturada com drama, algo que Kristen conseguiu equilibrar muito bem.
Max Lord é interpretado por Pedro Pascal, ator chileno que tem se destacado muito no cinema e nas séries mundo a afora. Ele ficou muito conhecido depois de ter participado de “Narcos”, mas também passou por “The Mentalist” e “Game of Thrones”, atualmente ele está na aclamada série da Disney+ “The Mandalorian”.
Mas você não irá o reconhecer no filme, a não ser que você tenha lido essa resenha ou feito suas pesquisas. Eu sabia que ele estaria no filme, vi o nome dele nos créditos iniciais, mas nada em Max Lord me fez lembrar de Pedro Pascal, uma caracterização muito bem feita.
Embora o filme não tenha ganhado meu coração como o primeiro, agora me fez prestar mais atenção em Kristen Wiig e Pedro Pascal.
Ah, tem uma matéria aqui do site falando um pouco mais sobre esses vilões, confiram:
https://noset.com.br/cinema/mulher-maravilha-dc-fandome-quem-e-a-mulher-leopardo-e-maxwell-lord-na-dc-comics/
Até mais!