Drácula (Serie Netflix)
Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de mais uma adaptação do clássico e mais temido vampiro de todos os tempos, agora em uma adaptação bem polêmica, ou mais ou menos, na Netflix.
Drácula: Drácula é uma série de TV desenvolvida por Mark Gatiss e Steven Moffat, baseada no romance homônimo de Bram Stoker. A série foi transmitida e lançada na BBC One e Netflix, e possui três episódios. Elenco Claes Bang como Conde Drácula, Dolly Wells como Irmã Agatha Van Helsing e sua descendente, Dra. Zoe Van Helsing, John Heffernan como Jonathan Harker e Morfydd Clark como Mina Harker.
Sinopse: A série narra a história de Drácula, desde suas origens na Europa Oriental até além de suas batalhas com os descendentes de Van Helsing. A descrição da Netflix diz: “A lenda do Conde Drácula se transforma em novas histórias, que dissecam os crimes sangrentos do vampiro e revelam as sua maiores fraquezas”.
Crítica: Drácula é aquele tipo de série que começa muito bem, com uma proposta moderna, respeitando o conteúdo clássico do personagem em uma bela adaptação de época, mas que a cada passo, vai se perdendo nas suas próprias regras novas e flashbacks explicativos, que cria para que o avanço no tempo e a modernidade funcione. Eu, que sou fá do personagem no cinema, desde o Drácula de Bela Lugosi, passando por Christopher Lee nos áureos tempos da Hammer, até o Lestat de Anne Rice e Tom Cruise, posso dizer que Claes Bang honrou o papel que fez, pelo menos no primeiro capítulo da trilogia, com um Drácula sanguinário e assexual, longe dos vampiros emotivos da última geração e muito próximo ao do livro de Bram Stoker. Nem o fato de termos uma mulher no papel de Van Helsing, com a ótima Dolly Wells, me incomodou, pelo contrário, trouxe um frescor e humor em contra ponto ao papel de Bang com seu vampiro cruel. O real problema está no roteiro de Mark Gatiss e Steven Moffat (Sherlock Holmes, a Série) a partir do segundo capítulo, que prometeram dissecar o mito do vampiro clássico nos trouxeram “achismos científicos” e entregam respostas tão rasteiras que deu pena de quem gastou tempo assistindo a série. Em determinado achei que estava assistindo o filme Van Helsing do Hugh Jackman onde Drácula queria ter uma prole, mas sem o mesmo charme e carisma do filme citado.
A questão do sangue, tão repetida em toda a série, vira a resposta simplista para todos os problemas e poderes no final. É tão ridículo que a série deveria se chamar “Drácula no divã com Van Helsing”, porque as respostas para tudo no Drácula é psicológicas e não mistico, isso esquecendo todas as pessoas que ele transforma e que morrem pelos mesmo amuletos religiosos e o sol, no meio da série, que não fazem efeito sobre ele. Imediatamente me lembrei do Drácula 2000 de Gerad Butler e Patrick Lussier, que também tem um início moderno e acaba frustando com as respostas simplistas. Deixo claro que não me importo se a origem do Drácula é baseada no Vlad Teppes, Judas Iscariotes, Cain, Demônio, Alien ou mesmo uma doença, o que me importo e ver uma história que me convença disso, não criar “achismos” para explicar o porque o vampiro tem medo de alho, cruz, sol, entrar nas casa e etc.
Muita polêmica por muito pouco, a sexualidade do Drácula esteve todo tempo ligado a sua sede de sangue e não ao fato de ter relações como homens ou mulheres, Igual ao livro. Até porque o ato carnal nunca foi consumido, apenas a sedução por sangue. Nos dias de hoje, para se conseguir atenção da mídia se cria cada polêmica sem sentido.
Curiosidades: O desenvolvimento de Drácula começou em junho de 2017, com Mark Gatiss e Steven Moffat se reorganizando para escrever os episódios. Em outubro de 2018, a série foi oficialmente encomendada pela BBC e exibida na BBC One e na Netflix . Claes Bang foi escolhido para estrelar o título de Drácula, em novembro de 2018. Segundo os roteiristas, nessa versão, Drácula seria “o herói de sua própria história” , com o foco central na narrativa e no personagem principal, em vez de um vilão sombrio. Como na série de TV Sherlock, os produtores pretendiam tornar sua versão fiel e não fiel de Drácula ao mesmo tempo, pegando detalhes do romance original, adicionando “muitos novos detalhes” (que não estavam no romance) e ignorando algumas passagens.
Moffat falou sobre a sexualidade de Drácula na sua série, uma vez que é insinuado que Drácula faz sexo com Jonathan Harker, o advogado enviado ao seu covil na Transilvânia, dizendo que não é correto descrever Drácula como bissexual: “Ele é bi-homicida, não é a mesma coisa. Ele está matando-os, não namorando-os.” Ele também acrescentou: “Ele não está fazendo sexo com ninguém. Ele está bebendo o sangue deles.” As filmagens ocorreram no Castelo Orava, Banská Štiavnica e Zuberec na Eslováquia e no Bray Studios em Berkshire .
Drácula estreou na BBC One em 1 de janeiro de 2020 e foi transmitido por três dias consecutivos. Os três episódios foram lançados na Netflix em 4 de janeiro de 2020. O documentário In Search of Drácula, com Mark Gatiss explorando o legado do famoso conde, foi exibido ao lado da série na BBC Two em 3 de janeiro.
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