Batman Ninja (Animação 2018)
Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje temos uma nova história do Batman. Não é novidade que o Cavaleiro das Trevas fosse retratado nas HQs em várias épocas diferentes. Já tivemos um Batman Pirata, Corsário, Sherlock Holmes, entre tantas outras adaptações, como a versão vampiresca, assim como as fases do personagem, que já teve ênfases no detetive, no vigilante ou mesmo na comédia. Hoje vamos nos aprofundar em uma das que mais gosto e que tem a ver com as técnicas ninjas do personagem, vamos falar de Batman Ninja, a animação.
Batman Ninja: Animação 2018: Direção Junpei Mizusaki, roteiro Kazuki Nakashima, história Kazuki Nakashima, Leo Chu e Eric Garcia, baseado no Batman de Bob Kane e Bill Finger. Elenco Kôichi Yamadera, Wataru Takagi, Rie Kugimiya e Ai Kakuma, música Yugo Kanno, companhias produtoras Warner Bros. Animation, DC Entertainment e Kamikaze Douga, distribuição Warner Bros. Home Entertainment. Batman Ninja é uma animação japonesa dirigido por Junpei Mizusaki e produzido pela Warner Bros., que apresenta o personagem Batman da DC Comics no Japão feudal. Takashi Okazaki, o criador de Afro Samurai, é o designer de personagens na animação.
O primeiro pôster promocional foi revelado em 5 de outubro de 2017 e os trailers foram lançados em primeiro de dezembro de 2017. A animação foi lançado em 24 de abril de 2018 nos Estados Unidos e em sua versão americana, os escritores Leo Chu e Eric Garcia admitiram reescrever a partir do roteiro original escrito em japonês por Kazuki Nakashima, fazendo duas versões completamente diferentes da mesma animação.
Sinopse: Enquanto lutava contra o Gorilla Grodd, em Arkham Asylum, Batman é pego na máquina de deslocamento temporal e enviado para a o Japão Feudal e lá é perseguido por samurais trabalhando para o Coringa. Durante sua fuga, Batman se encontra com a Mulher Gato, que entrou na linha do tempo dois anos antes. Batman descobre que todos os principais criminosos de Gotham City mudaram-se para o Japão Feudal e se tornaram senhores feudais depois de enganarem o Daimyo Sengoku, lutando entre si até restar apenas um estado. A fim de impedir que os vilões mudem a história, Batman e a Mulher Gato devem chegar a Máquina de Terromoto no Castelo de Arkham, para corrigir a linha do tempo e impedir os vilões de conquistar o Japão.
Crítica: Batman Ninja não é a primeira animação baseada em HQs de personagens famosos americanas sendo levadas ao universo dos Mangás japoneses, e em todos, vejo mais críticas do que um resultado positivo. Infelizmente Batman Ninja, por mais elementos interessantes que tenha, inclusive ver quase todos os Robins juntos, não foi nem de longe, uma animação que gostei com um roteiro interessante ou que eu assistiria novamente. Assim como outras animações que se influenciam em magas como Avengers Confidencial: Viúva Negra e Justiceiro de Kenichi Shimizu ou Homem de Ferro: A Batalha Contra Ezekiel Stane de Hiroshi Hamasaki, ambos da concorrente Marvel, todos ficaram mais devendo do que entregando algo rejuvenescedor, mesmo inovador, talvez pela própria adaptação cultural oriental para ocidentais, deixando a desejar no resultado final. Voltando a animação, Batman Ninja de Junpei Mizusaki faz uma grande salada cultural, ao tirar todos os elementos de Gotham e transferir para o Japão Feudal, mas mantendo a viagem temporal como tema central para preservar as características básicas ocidentais dos personagens, diferente de Batman Gotham by Gaslight, onde Batman se funde a um Sherlock Holmes, aqui é o Bruce Wayne e sua trupe de ajudantes e vilões originais em outro universo.
Mizusaki usa e abusa de vários conceitos cinematográficos orientais em sua história, que vão desde homenagens históricas do passado e do presente, passando por ninjas, samurais, Power Rangers e games de luta como Street Fighters e Bayonetta, chegando a filmes como O Tigre e o Dragão ou O Clá das Adagas Voadoras, todos impactando em imagens e cenas 3D e 2D, além de desenhos no melhor estilo aquarela, com vários traços envolventes, mas esse é também o calcanhar de Aquiles da história. Tudo isso seria ótimo se o roteiro ajudasse, mas o mesmo não consegue manter o ritmo de entretenimento com tantas mudanças de elementos em uma animação em constante mudança visual e de traços. Como sempre falo, um roteiro bom tem que ter um bom vilão, e isso com Grodd, Coringa e Arlequina tem sobrando em cenas bem engraçadas, mas só isso não salva o roteiro em uma animação totalmente sem sentido com a desculpa temporal para ter máquinas imensas em um Japão Feudal.
Recepção: A IGN premiou Batman Ninja com 9,7 dos 10, dizendo que “a DC tentou algo novo ao trazer animadores visionários japoneses para oferecer uma visão refrescante de um dos personagens mais queridos da empresa, e o produto acabado não apenas baseado nas grandes adaptações que vieram antes, mas os ultrapassaram”.
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