Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de franquias adaptadas do cinema que foram fracasso de bilheteria e não tiveram continuação.
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos (2013):
The Mortal Instruments: City of Bones é uma aventura e fantasia e a adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome da escritora norte-americana Cassandra Clare. Dirigido por Harald Zwart, no elenco Lily Collins, Jamie Campbell Bower e Jonathan Rhys Meyers.
Enredo: Madame Dorothea, vizinha de Fray e uma bruxa, deduz que Pangborn e Blackwell buscam o Cálice Mortal, um dos três Instrumentos Mortais dados ao primeiro Caçador de Sombras pelo anjo Raziel. O Cálice permite que os seres humanos normais se tornem Caçadores de Sombras. Quem controla o Cálice Mortal pode controlar todos os Caçadores de Sombras e demônios.
Crítica: Quase um filho da saga Crepúsculo e eu esperando algo menos “mela cueca” e talvez menos complexo. O filme tem muita informação que se atropela na ação e roteiro. A dificuldade de se adaptar um livro com muita informação em quase duas horas de filme fica muito claro comparado ao pouco tempo que se tem para desenvolver os personagens. Tudo acontece muito rápido e é quase sem sentido a personagem principal aceitar toda esta mudanças sem achar que ficou louca. Um universo explode na cara dela e tudo bem. Tudo acontece de forma não convincente para o público e mesmo tendo assistido duas vezes o filme, não consegui entender metade do que é proposto pelo filme.
O elenco está cheio de atores pseudo adolescentes que também estão em outros filmes adolescentes e talvez apenas Jared Harris que tem mais experiência com filmes como Sherlock Holmes, Agente da UNCLE e Lincoln faça alguma diferença na atuação.
O diretor Harald Zward tem no currículo filmes como o remake de Karate Kid (2010), A Pantera Cor de Rosa (2009) e O Agente Teen (2003), mas mesmo assim, consegue se perder. Com um ótimo orçamento de US$ 60 milhões e o fracasso na bilheteria com apenas uma receita de US$ 90 milhões, o filme já teve anunciado uma continuação, só Deus deve saber o porquê, mas ainda não saiu do papel.
Após alguns anos tivemos uma adaptação para a tv da franquia em uma série, que consta a crítica no site.
The Host – A Hospedeira (2013):
A Hospedeira é um filme romântico de ficção científica e a adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome da escritora norte-americana Stephenie Meyer. Com roteiro e direção de Andrew Niccol, no elenco Saoirse Ronan, Max Irons e Jake Abel.
Sinopse: Em The Host, o planeta Terra é invadido por um inimigo despercebido. Os humanos são transformados em hospedeiros dos invasores: passam a não ter mais sua própria consciência, enquanto o corpo permanece igual e a vida prossegue sem qualquer mudança aparente. A maior parte da humanidade não consegue resistir.
Crítica: Achei o roteiro interessante e bem produzido, mas só. Existe uma certa exaltação dos fãs por ser uma adaptação da escritora Stephenie Meyer, mas a história é muito comum e a facilidade dos personagens de mudar de lado para criar um conteúdo romântico incomoda o público que assiste. O elenco juvenil não dá conta e cabe sempre ao ator sênior Willian Hurt garantir uma referência de atuação com classe no filme. O diretor e roteirista Andrew Niccol de filmes como Gattaca (1997), O Terminal (2004), O Preço do Amanhã (2011) e Simone (2002) é conhecido por tentar fazer filmes mais profundos e adolescentes, como é o caso do elenco aqui. Mesmo com um orçamento bem curto em US$ 40 milhões, The Host atingiu apenas a receita de US$ 48 milhões, conseguindo somente se pagar.
Durante entrevistas, a escritora Stephenie Meyer afirmou ter ideias para possíveis novos romances ambientados no mesmo universo de seu livro The Host. Ela espera poder criar uma trilogia, mas não dá o fato como certo. O diretor Andrew Niccol, durante a premiere do filme em Los Angeles, manifestou interesse em trabalhar numa continuação para o filme, mas acho muito difícil com os resultados finais de bilheteria e um filme extremamente morno.
Dezesseis Luas (2013):
Beautiful Creatures é um filme de fantasia e romance baseado no romance de mesmo nome de Kami Garcia e Margaret Stohl. Adaptado e dirigido por Richard LaGravenese, no elenco Alden Ehrenreich, Alice Englert, Jeremy Irons, Viola Davis, Emmy Rossum, Thomas Mann e Emma Thompson.
Sinopse: Cidade de Gatlin, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Ethan Wate é um estudante do terceiro ano do colegial, que não vê a hora de sair da cidade. Ele considera Gatlin uma cidade pacata demais, onde nada de interessante acontece, mas se vê preso ao local por ter que cuidar de seu pai, que não deixa o quarto desde que a esposa faleceu em um acidente de carro, um ano antes. Já há alguns meses Ethan é atormentado por sonhos misteriosos, onde vê uma garota desconhecida. Um dia, ele a encontra em sua sala de aula. Trata-se de Lena Duchannes, uma jovem de 15 anos que está morando com o tio, Macon Ravenwood, descendente da família que fundou Gatlin.
Crítica: Existem muitos motivos para um filme ter um orçamento maior do que o esperado. No caso de Dezesseis Luas, um tornado assolou as filmagens, assim como a opção do diretor de não usar efeitos especiais e trabalhar com artifícios reais ou a escolha de dois atores caros para o elenco de apoio como Jerome Irons e Emma Tompson. Tudo isso encarece a produção e põe em risco o resultado final.
Como já vimos anteriormente, um orçamento US$60 milhões para um filme adolescente é algo caro e arriscado, poucos franquias começaram se arriscando tanto. Como já mencionei Dezesseis Luas até que não é tão ruim, mas fica longe dos bons filmes adolescentes, principalmente pela falta de personagens carismáticos para o público, como no bom Jovens Bruxas (The Craft – 1996) ou o sensacional As Bruxas de Eastewick (1987), onde o público se diverte com os personagens evoluindo, mas o filme fica mais a altura do fracassado O Pacto (2006), pelo mesmo problema de personagens que não são carismáticos ao público. O diretor e roteirista Richard LaGravenese, que tem um interessantes currículo, como o bom PS, I Love You (2007) e Água para Elefantes (2011), naufraga terrivelmente e só consegue a receita de US$60 milhões, o suficiente para apenas pagar os custos de investimento e se esquecer que foi feito.
Eu sou o Número Quatro (2011):
I Am Number Four é um filme de ficção científica dirigida por D. J. Caruso e estrelada por Alex Pettyfer, Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Dianna Agron, Kevin Durand, e Callan McAuliffe. O filme é baseado no livro de Pittacus Lore, com roteiro adaptado por Al Gough, Miles Millar e Marti Noxon. Foi produzido por Steven Spielberg e Michael Bay.
Enredo: Nove jovens alienígenas, que se parecem muito com humanos, saem de seu planeta-natal, Lorien, que está ameaçado, para se esconder na Terra. Os Mogadorianos são a espécie invasora responsável pela destruição de Lorien e decidem perseguir os sobreviventes até o planeta Terra. Cada um dos nove alienígenas tem um número e só podem ser mortos na sequência certa. Até agora, Um, Dois e Três já foram mortos. O número Quatro, conhecido entre os humanos como John Smith, disfarça-se de estudante colegial. Na escola, conhece Sarah Hart, uma doce garota que sonha ser fotógrafa.
Crítica: Filme extremamente bem produzido com um roteiro que parece um queijo suíço, faltando informações e deixando o público com aquela sensação de que tem que engolir tudo que está sendo dito porque não vai ter mais que isso. Tipicamente um filme com o dedo do mega diretor Michael Bay, mas desta vez com o toque família de Spielberg e talvez seja por isso, que este é um dos filmes com o melhor resultado de bilheteria e crítica dos mencionados.
Com um orçamento quase mínimo de US$ 50 milhões, a boa bilheteria de 3x o seu valor em US$ 144 milhões foi positiva, mas não foi o suficiente para se apostar em uma continuação da dupla Bay e Spielberg. O diretor Caroso tem em seu currículo A Assassina (1993) e Zona Mortal (1994) de interessante e no elenco o nosso Hitman (2007) Timothy Olyphant e Magig Mike (2012) Alex Pettyfer não comprometem o que não funciona.
Circo dos Horrores – O Aprendiz de Vampiro (2009):
Direção e roteiro Paul Weitz, elenco John C. Reilly, Ken Watanabe, Josh Hutcherson, Chris Massoglia, Ray Stevenson, Patrick Fugit, Orlando Jones, Willem Dafoe e Salma Hayek, Cirque du Freak: The Vampire’s Assistant é um filme baseado no livro de mesmo nome, escrito por Darren Shan .
Sinopse: O filme narra o conto assustador de um menino que inconscientemente rompe uma trégua entre duas facções de vampiros. Com 16 anos de idade, Darren era como a maioria das crianças em seu bairro suburbano. Uma noite ele sai com seu melhor amigo Steve, mas quando caem em um freak show itinerante, as coisas começam a mudar dentro de Darren.
Crítica: Só pela dificuldade de achar este filme e assistir você já deve saber que é uma bomba. Uma bomba cara demais, provavelmente pelo elenco com os ótimos John C. Reilly (Guardiões da Galaxia), Ken Watanabe (O Último Samurai), Josh Hutcherson (Jogos Vorazes), Ray Stevenson (Thor), Orlando Jones (Sleep Hallow), Willem Dafoe (Platoon) e Salma Hayek (Frida) o que já garantiu um orçamento de US$ 40 milhões, acabando com o dinheiro para qualquer outro investimento, principalmente no roteiro.
O diretor e roteirista Paul Weitz de boas franquias como American Pie e Entrando numa Fria, aqui se estrepa todo, não consegue contar uma história que faça sentido e fica em uma tremenda colcha de retalhos. Com isso o filme só fica com a receita de US$ 39 milhões, que por pouco quase não se paga e ainda fica no esquecimento.
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