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FILMES CRÍTICAS

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas – Crítica

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas – Crítica
  • Publicado em: agosto 15, 2017

Quinta feira passada, os cinemas brasileiros foram apresentados com a nova ficção-científica de Luc Besson (Lucy/O Quinto Elemento), “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”. Com um roteiro baseado em uma saga de história em quadrinhos, Valerian apresenta um filme com extremo potencial, mas que foi pouco explorado como deveria. Luc Besson, sendo quase um especialista do gênero de ficção-científica, tentou introduzir uma boa história para o público, mas com tantos furos que deixou sua nova obra um pouco confusa.

Até eu estou sendo confusa enquanto escrevo. Mas vou explicar por partes.


Eu sou uma grande fã de histórias em quadrinhos, mas não conhecia Valerian. A obra é de Pierre Christin e Jean Claude Mezieres, sendo este último, o ilustrador responsável pela Graphic Novel de Star Wars. De qualquer forma, a saga “Valerian” tem uma série de quadrinhos com muitas histórias de Pierre, e “A Cidade dos Mil Planetas” é só uma delas entre tantas outras aventuras no espaço adentro. Sei que não estou aqui para falar dos quadrinhos, mas isso é importante para entenderem minha conclusão.

As histórias de ficção-científica precisam ser recheadas de detalhes, porque você precisa prender a atenção do espectador não só pelos efeitos visuais, mas pelo bom roteiro que você apresenta. “Valerian” deixa a desejar não só em roteiro, que parece ter buracos, mas em efeitos visuais também. O povo “Pérola” do Planeta Mull parece totalmente feito por computador, ao invés de parecerem reais como alguns filmes apresentam. Apesar disso, são personagens que criamos um certo afeto e começamos a torcer por eles.

Aliás, eu diria que o ponto forte desse filme são seus personagens coadjuvantes. Mesmo com uma pequena aparição, Bubble (Rihanna) tem um momento empolgante em cena, que foi muito bem editado visualmente. Não só ela, mas outros personagens como os três Shingouz que perseguem a Sargento Laureline (Cara Delevigne), que nos divertem e proporcionam momentos engraçados da trama.


Talvez esse seja um dos maiores problemas de “Valerian”: Seus protagonistas são MUITO fracos. O relacionamento do Major Valerian (Dane Dehaan) e da Sargento Laureline é muito forçado. Não convence o público, e não tem química. É morno, não é empolgante como deveria ser, principalmente na situação em que se encontram. Cara Delevigne não consegue demonstrar emoções de forma apropriada. Desde “Cidades de Papel”, a modelo já mostrou que é extremamente plastificada. Não há evolução, como  por exemplo a atriz Kristen Stewart. Depois de “Crepúsculo”, ela conseguiu desenvolver bons papéis em filmes e perdeu aquela expressão “morta” do rosto. Dane Dehaan também não convence como o herói da história. Sendo melhor ator do que Cara, ele tem bons momentos de atuação e que são divertidos de assistir. Mas na maior parte do tempo, os dois são entediantes e isso derruba a qualidade do filme drasticamente.

Porém, apesar de tanta crítica da minha parte, concluo: Não é tão ruim.

Esse filme, com um roteiro apropriado e mudança de atores, teria um potencial enorme. Poderia ser uma nova saga intergaláctica, com fãs fiéis e público jovem, até mesmo uma união de fãs do gênero. Luc não soube compactar uma história de 200 páginas, em duas horas, mas poderia ter feito muito mais, e de forma diferente.

Nota 6 de 10

Existem alguns detalhes que comentei na minha resenha do Youtube! Dêem uma olhadinha 🙂

 

Written By
Jackson Souza

Entende quase tudo sobre séries e filmes. Cresceu praticamente dentro de um cinema, gastando toda a sua mesada na sétima arte. Rockeiro de batismo, mantém uma guitarra empoeirada e cheia de histórias na parede do quarto. E, além de um viciado gamer, é um cara com um humor muito peculiar, que só alguém de exatas poderia nos proporcionar.

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