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FILMES CRÍTICAS

Critica: 7 Desejos

Critica: 7 Desejos
  • Publicado em: julho 24, 2017

Já pensou ter uma caixinha de música que realiza qualquer desejo seu? Pois essa é a premissa do segundo longa-metragem do gênero terror de John R. Leonetti após dirigir o primeiro Annabelle (2014) com roteiro escrito por Barbara Marshall cujo currículo inclui a série americana Terra Nova (Kelly Marcel, Craig Silverstein, 2011).

Após o suicídio da mãe (Elisabeth Röhm) quando criança, a adolescência de Clare Shannon (Joey King) não estava fácil. É chamada de “Garota Lixo” por Darcie Chapman (Josephine Langford), a garota mais popular da escola, seu pai (Ryan Phillippe) de um talentoso saxofonista virou um acumulador de tralhas e Paul Middlebrook (Mitchell Slaggert), sua paixão escolar, nem sabe da sua existência. Suas únicas alegrias são suas amigas, June (Shannon Purser) e Meredith (Sydney Park), e seu cão Max.

Com isso, já percebe quais serão os sete desejos de Clare ao longo do filme que mudam totalmente pra melhor sua vida, se não fosse o preço a pagar por cada realização. A cada vida tirada, a garota precisa decidir se vale a pena manter a caixa por perto ou voltar a ser a Garota Lixo. Também ela irá aprender entre desejar e querer. Irá contar com a ajuda do colega de classe de etnia chinesa, Ryan Hui (Ki Hong Lee).

Livremente inspirado no conto A mão do Macaco (The Monkey´s Paw) de W. W. Jacobs, cujo enredo é cada desejo realizado, um dedo é fechado ao custo de sangue. Não há necessidade de uso digital ou mecatrônica conforme a exigência dos trabalhos anteriores do diretor. A maquiagem das mortes e das feridas de pele pelos desejos feitos é bem convincente,a iluminação excessiva do sol e das luzes artificiais deixam o suspense caminhando em cada cena mesmo havendo neblina. A trilha sonora clássica para gerar tensão é muito bem construída nas sequencias certas até mesmo sua ausência prolongada ajuda na história. Parece contraditório, mas o silêncio também é parte do suspense.

A atuação dos atores mais velhos em idade acompanha cada situação em oposição a protagonista, embora não seja o primeiro trabalho dela no gênero. É lamentável que a montagem gere uma narrativa disforme no impacto dos personagens em cada situação, deixando uma superficialidade na ficção e negando a verossimilhança dos fatos.

Com relação ao roteiro, quem está acostumado com terror voltado para o publico em idade colegial e poucas surpresas e viradas narrativas pelo aproveitamento de fórmulas já conhecidas, irá gostar do filme. A novidade fica por conta da exploração da cultura chinesa, da diversidade e inclusão para compor cada grupo escolar e o uso de celulares e das redes sociais para manter sintonia com o público e a atualidade da história. Espere por isso, para quem for assistir.

A mensagem principal do filme é: cuidado com o que deseja.

https://www.youtube.com/watch?v=YU3gYov6cos

Sinopse: Clare Shannon (Joey King) é uma garota de 17 anos que está tentando sobreviver a vida de estudante, até que seu pai (Ryan Phillippe) encontra uma antiga caixa de música e lhe dá de presente. O que a garota vem a descobrir é que a misteriosa caixa pode lhe conceder 7 desejos e com eles ela pode ter a chance de conquistar tudo o que quer. Porém, tudo tem um preço e ela vai aprender da pior maneira. Faça um desejo! Mas cuidado com o que você deseja, as consequências podem ser fatais.

Elenco: Sherilyn Fenn (Twin Peaks)Ki Hong Lee (Unbreakable Kimmy Schmidt, Maze Runner), Ryan Phillippe (Segundas Intenções) e Elisabeth Röhm (Trapaça). Ainda veremos Shannon Purser, que interpretou Barb em Stranger Things.

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Redação

1 Comment

  • Honestamente, não é tão ruim, mas pode ser muito melhor! A trama escrita por Barbara Marshall consegue ser um fiasco do início ao fim e ainda deixa um gancho para uma continuação. O que ela fez, é sempre repetido por outros inúmeros roteiristas, então não é uma novidade. Eu vi esta história apenas porque os filmes de Joey Kingl são geralmente projetos divertidos. 7 Desejos é decepcionante por diversos fatores: por repetir com muita frieza e sem qualquer originalidade um cinema estandartizado e padronizado – clichês atrás do outro -, por atuações que ficam muito aquém de um nível mínimo de realismo e acabam por cair no cômico tamanha a artificialidade, tramas mal explicadas a ponto de algumas situações da narrativa e das motivações dos personagens serem forçadas e beirarem o espalhafatoso.

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