Sonhando na guerra!
Seguindo uma vibe bem histórica e de coisas que estudo no meu dia a dia, hoje venho conversar com vocês sobre um filme lindíssimo e dramático ambientado na Segunda Guerra Mundial, um dos conteúdos que mais gosto de estudar.
O nome do filme é “Suíte Francesa” ou “Suite Française” (2014), baseado em um romance francês escrito por Irène Némirovsky, uma judia que trabalhou na França durante a tal guerra. Parece que ela não conseguiu terminar o livro porque foi capturada, quem terminou foi sua filha, publicando-o apenas em 2004 (essas informações estão nos créditos do filme, mas nem li direito pensando no final).
A trama se passa em uma pequena cidade francesa no início da Segunda Guerra Mundial, em um momento em que a maioria de sua população masculina (jovem e trabalhadora) já está servindo ao exército francês, muitos já prisioneiro em terras alemãs. Um desses jovens é o marido de Lucille Angellier, que agora mora com sua sogra autoritária que se nega a ver o quão próxima a cidade está da guerra.
Lucille só viu o marido duas vezes, a última vez no próprio casamento, logo tiveram que se separar para ele ir a guerra. Ela se casou porque o pai estava morrendo e queria a ver casada com um bom homem, não foi exatamente por amor. Isto é provado quando sua vida recebe a “visita” de um oficial alemão.
Na época a Alemanha estava invadindo a França, tomando a região de Bussy por um braço do exército, obrigando aos moradores a receberem oficias em suas casas. Imagina o quão inconveniente foi isso: Receber o próprio inimigo dentro de sua casa, não poder nem sequer chorar pelos seus entes queridos que estava guerreando!!!!
Na casa de Lucille e de sua sogra ficou o Comandante Bruno von Falk. Ele serve ao exército por uma tradição familiar, mas sua formação é de compositor. Na casa ele encontra o piano que Lucille, que também havia estudo música na juventude, e tenta terminar uma composição, atraindo a atenção dela.
Lucille tem um bom coração, é caridosa e sente falta de ter alguém para conversar, já que a sogra não é nem um pouco amável e o marido está na guerra. Por causa disso faz amizade com um casal de fazendeiros, Benoit e Madeline, ele não foi para a guerra porque tinha um problema na perna. Na casa deles quem ficou foi o autoritário e nojento Comandante Bonnet, que passou a coagir Madeline.
Nesse meio tempo, uns três meses, Lucielle e Bruno passaram a ser quase que amigos de um jeito muito louco e proibido na época, afinal ele também era casado e eles eram inimigos. Por causa dessa certa amizade, Benoit pediu para que Lucille falasse com Bruno para que fizesse alguma coisa com Bonnet ou coisa pior aconteceria. Alguns outros pedidos foram feitos a Lucille de outras pessoas.
Finalmente eles se entregam aos sentimentos e a amizade passa a se concretizar em paixão. No dia em que teriam para “confirmar” isso, Bruno (seus comandados) foi mandado para buscar Benoit, porque ele havia sido acusado de roubo por pela Viscondessa da cidade. Daí o “amor” de Lucille e Bruno é posto a prova e os efeitos nocivos da guerra ficam entre eles.
Só para avisar a vocês que choram em filmes dramáticos: ao assistirem este filme esteja com uma caixa de lencinhos do lado!!! Não cenas muito horríveis de guerra, porém dá para sentir aquele peso da época, uma tentativa desesperada de fingir que nada está acontecendo, mas os aviões caças estão lá, os alemães estão tomando de conta, contradizendo o “sonho”.
Chamo de obra prima porque a fotografia, o figurino, a maquiagem, o roteiro e a interpretação é incrível, mas tenho uma crítica, talvez pouco questionável. Todos falam inglês, mas supostamente estão vivendo na França, achei um pouco sem sentido, até entendo, afinal a produção é inglesa. Mas sou teimosa, se está se passando na França deveria ter pelo menos uma frase ou outra em francês.
O elenco é encabeçado por Michelle Williams, ela é Lucille. Michelle é conhecida por esses papeis sofredores, como em “Brockback Moutain” (2005), mas também tem outros tipos de personagens. Interpretou a inesquecível Marilyn Monroe no filme de 2011 “My Week with Marilyn”.
Sua sogra pe vivida por Kristin Scott Thomas, conhecida pelo clássico “The English Patient” (1996), o drama também histórico “The other Boleyn Girl” (2008) e o cômico “Confession of a Shopaholic” (2009).
Há uma personagem, Celine, que pouco aparece e quando aparece é controversa, foi dela que veio uma das frases mais impactantes para mim, algo como: “Só tenho o amor, não me importa de onde ele veio”. Ela se explica a Lucille porque está de caso com um soldado. Passei o filme tentando lembrar quem era ela, depois descobri que ela é nada mais, nada menos, do que a Arquelina de “Suicide Squad” (2016), sim Margot Robbie arrasando mais uma vez.
O belo comandante amigável Bruno von Falk é vivido pelo belga Matthias Schoenaerts (como pronuncia um nome desses kkkk), talvez pouco conhecido, mas está no elenco de “The Danish Girl” (2015).
Por fim tenho que falar de Benoit! Ele parecia ser um personagem secundário no começo, mas foi por causa dele que a trama deu a reviravolta e foi outra pessoa que fiquei tentando lembrar se “conhecia” (me sinto tão íntima kkkk). Ele é vivido por Sam Riley. Até não me disse nada, aí fui procurar a filmografia, descobri que ele interpretou Diaval, o corvo do filme “Malévola” (2014), aquele com Angelina Jolie. Tem uma ligação atual comigo, confiram lá no meu face =D.
Bom, espero que se emocionem com mais uma recomendação histórica (pelo conteúdo) e não esqueçam de comentar se gostaram!
Beijinhos e até a próxima.