Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de umas das mais clássicas franquias de terror do cinema.
The Omen (1976):
The Omen é um filme baseado no livro de David Seltzer, dirigido por Richard Donner (Superman) e estrelado por Gregory Peck, Lee Remick, David Warner, Harvey Stephens, Billie Whitelaw, Patrick Throughton, Martin Benson e Leo McKern.
Sinopse: O primeiro filme conta a infância de Damien Thorn, trocado após o seu nascimento pelo filho natimorto de Robert Thorn, embaixador americano no Reino Unido. Damien agora tem 5 anos de idade.
Crítica: Um dos mais apavorantes filmes de terror de minha geração, A Profecia simplesmente usa todo poder de efeitos psicológicos, sem nenhum efeito especial, com a categoria do diretor Donner, que sempre falei que foi um diretor fora do seu tempo e cria um universo simplesmente apavorante em um olhar de uma linda criança. A cena do triciclo e da empregada caindo, além da cena de quando Thorn desenterra o corpo do filho e da mãe chacal é merecedora de um Oscar. O filme é no todo é comparável a um poema de Edgar Allan Poe por ser simplesmente terrificante a cada passo. Orçamento surpreendente de US$ 2,2 milhões e um estrondoso resultado de bilheteria acima dos US$ 100 milhões.
Curiosidades: No livro que inspirou a série, o nome do pai adotivo de Damien não é Robert Thorn, e sim Jeremy Thorn, assim como o nome do jornalista que auxilia Thorn em sua investigação não é Keith Jennings e sim Haber Jennings. Pelo primeiro filme, Jerry Goldsmith levou seu único Oscar, como compositor da trilha sonora, com seus cânticos Versus Christus Ave Satani (contra Cristo, salve Satã). Uma maldição teria ocorrido com pessoas envolvidas no primeiro filme (como em todo filme de terror de qualidade), durante as filmagens, aviões em que se encontravam o escritor David Seltzer e o ator Gregory Peck foram atingidos por raios, um hotel onde estava o diretor, Richard Donner, sofreu um atentado à bomba pelo IRA, Gregory Peck cancelou uma viagem à Israel e o avião que tomaria se acidentou, matando todos a bordo, um funcionário do safári onde realizou-se uma cena foi atacado e morto por um leão no dia seguinte após o set deixar o local, cães Rottweiler escalados para o filme para serem servos de Damien atacaram seus treinadores, o filho do ator principal Gregory Peck cometeu suicídio pouco antes das gravações, o responsável pelos efeitos especiais, Jonh Richardson, sofreu um acidente de carro que acabou cortando seu assistente ao meio pela roda dianteira e quando ele desceu do carro avistou uma placa que dizia Ommen 66,6.1.
Damien: A Profecia II (1978):
Dirigido por Don Taylor (Fuga do Planeta dos Macacos) e no elenco Jonathan Scott-Taylor, William Holden e Lee Grant.
Sinopse: Sete anos depois, Damien, agora um adolescente prestes a completar 13 anos de idade, vive com seu tio Richard, seu primo Mark (filho do primeiro casamento de Richard), que possui mesma idade, e Ann, a segunda esposa de Richard.
Crítica: Toda continuação é complicada, principalmente se muda o diretor, roteirista e elenco. A Profecia não poderia escapar disto. O filme perde totalmente seu encanto inicial se tornado até interessante, mas sem aquele enredo maravilhoso do primeiro. Não há incertezas no filme ou angústias, apenas uma luta injusta entre o bem e o mal. Taylor não consegue se igualar a Donner, mas mesmo assim se sai bem. Com um orçamento de US$ 4 milhões, não alcançou o sucesso do primeiro, mas se pagou facilmente.
Curiosidades: William Holden foi chamado para ser Robert Thorn, no primeiro filme da série. Acabou recusando quando soube tratar-se de um filme sobre o demônio, e Gregory Peck foi escolhido em seu lugar. Após o enorme sucesso alcançado pelo primeiro A Profecia, Holden aceitou fazer Richard Thorn, no segundo filme da série. A música “The Number of the Beast”, do grupo Iron Maiden, teria sido inspirada num pesadelo que o líder da banda,Steve Harris, teve com o segundo filme da série.
A Profecia III – O Conflito Final (1981):
De Graham Baker com Sam Neill e Rossano Brazzi.
Sinopse: Lançado em 1981, nele há uma grande passagem de tempo: os acontecimentos mostram um Damien já adulto, totalmente consciente de sua real identidade, aos 32 anos de idade e dono das empresas Thorn, agora a maior multinacional do mundo.
Crítica: Apesar de ser fã do ator Sam Nell (Jurassic Park), o filme é fraco. Principalmente porque o livro também o é. Nem Nell, nem seu personagem no livro, apesar do auge do poder, demonstram qualquer real vontade de vencer a batalha e apenas ficam divagando onde está Jesus, que na verdade nem aparece na festa, só uma imagem no final. O filme também possui vários buracos no roteiro, culpa não só do livro, que em seu primeiro deixa claro que satã só pode morrer com sete facadas de uma faca especial, mas no último apenas uma resolve o problema, mesmo que sendo temporário, mas como também do diretor Baker que não ousa e repete igualmente p livro nas telas.. Mesmo assim, sabendo do final, é um filme interessante e melhor do que a média das franquias de terror. Com orçamento de quase US$ 6 milhões, foi este o mais fraco em tudo da trilogia original.
Curiosidades: Os intérpretes de Damien e Kate no terceiro filme, Sam Neill e Lisa Harrow, respectivamente, namoraram durante as filmagens e tiveram um filho, Tim. Todos os atores que interpretaram Damien Thorn nos três filmes originais da série tiveram seus cabelos pintados de preto para as filmagens. Damien é parodiado num episódio homônimo do desenho South Park. Ele aparece com seu pai (Satã) e Jesus. Apesar de soar parecido com “Demon” (em português, “demônio”), o nome Damien não tem relação etimológica com a palavra, sendo até associado com figuras santas, como São Cosme e Damião. A “profecia” que dá título à série, desvendada no primeiro filme por Robert Thorn e Keith Jennings, é a seguinte:quando os judeus retornarem à Sião (a criação do estado de Israel) e um cometa varar o céu, o Sagrado Império Romano (que seria a União Europeia) se erguerá, e você e eu iremos morrer. Do mar eterno (interpretado como o mundo da política) ele se ergue, criando exércitos em ambas as costas, virando o homem contra seu irmão, até o homem deixar de existir.
A Profecia 4 – O Despertar (1991):
Dirigido por Jorge Montesi e Dominique Othenin-Girard, no elenco Faye Grant, Michael Lerner e Jim Byrnes.
Sinopse: Casal de advogados adota, em virtude dos conselhos de duas religiosas, uma menina que revela ser dotada de terríveis poderes sobrenaturais.
Crítica: Péssimo em tudo, o quarto filme da série, feito especialmente para a TV, o protagonista é a filha de Damien, fruto de sua relação com a repórter Kate Reynolds do terceiro filme, mas pior, esta menina tem um irmão gêmeo, um feto, vivo em seu crânio. Difícil de acreditar, mais difícil é de se ver.
The Omen (2006):
Direção John Moore e no elenco Liev Schreiber, Julia Stiles e Mia Farrow.
Sinopse: Robert Thorn é um diplomata americano de sucesso que reside na Itália, mas quando vê seu filho natimorto, decide adotar uma criança órfã e esconder o incidente de sua esposa Katherine. Tudo vai bem até a criança completar cinco anos de idade. A partir deste momento, Robert e Katherine passam a acreditar que seu filho pode realmente ser o anticristo.
Crítica: É difícil criticar uma refilmagem, principalmente quando o remake é de um clássico do cinema. Posso citar o péssimo remake do fabuloso Hotel Bates, o filme Psicose, que é ruim demais e deve ter tirado do sério no céu nosso amado Alfred Hitchcock ou mesmo o também muito ruim Total Recall que quase me tirou do sério. Aqui não há muito o que reclamar, o filme é bem feito e conta uma história de terror bem contada, mas pena que não é o original. Com um orçamento que é maior que a soma dos quatro filmes anteriores, US$ 25 milhões, o filme teve até uma boa bilheteria, mas não garantiu continuações.
Ainda está aqui. Tem alguém batendo na porta?
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