Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um ótimo filme romântico sobre vida e tecnologia.
Ela (2013): Her é um filme americano de comédia dramática, ficção científica e romance, escrito, dirigido e produzido por Spike Jonze. O filme é estrelado por Joaquin Phoenix, Amy Adams, Rooney Mara, Olivia Wilde, e Scarlett Johansson como a voz de Samantha. O filme gira em torno de um homem que desenvolve uma relação com um assistente pessoal, ou assistente virtual de computador (OS), semelhante ao Siri do (IOS) ou Cortana da Microsoft, com uma voz feminina e personalidade. O filme marca a estréia em roteiro de Jonze. Em 4 de dezembro de 2013, Her foi o melhor filme de 2013 pelo National Board of Review. O filme também compartilhou o primeiro lugar de Melhor Filme com Gravidade nos Prémios Los Angeles Film Critics Association. Em 12 de dezembro de 2013, o filme recebeu três indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme – Musical ou Comédia, Melhor Roteiro e Melhor Ator – Filme Musical ou Comédia, vencendo o de Melhor Roteiro. Her foi nomeado para cinco Oscares. incluindo Melhor Filme e Melhor Roteiro original) e vencendo o de Melhor Roteiro.
Sinopse: Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador chamada Samantha (Scarlett Johansson). Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela personalidade deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia.
Produção: Jonze levou cinco meses para escrever o primeiro rascunho de seu script. Um dos primeiros atores que ele imaginava para o filme foi Joaquin Phoenix. A ideia do filme veio a Jonze inicialmente 10 anos antes, quando leu um artigo on-line acerca de Cleverbot, explicando as mensagens instantâneas com inteligência artificial. “Pela primeira, talvez, a 20 segundos após, ele tinha esse zumbido real”, disse Jonze. “Eu diria ‘Ei, Olá’, e ele diria “Ei, como você está?’, E era como se opa este é trippy. Depois de 20 segundos, ele se desfez e você percebeu rapidamente como ele realmente funciona e não foi tão impressionante. Mas ainda era, por 20 segundos, realmente emocionante. Quando mais pessoas falavam com ele, mais inteligente ele ficou.” Depois de sentar-se no conceito enquanto, Jonze tinha renovado o interesse no projeto depois de dirigir o curta-metragem I’m Here (2010), que compartilha temas parecidos. Também inspiração veio da abordagem escrita de Kaufman para Synecdoche, New York (2008). Jonze explicou “Kaufman disse que queria tentar escrever tudo o que eu estava pensando acerca naquele momento, todos os pensamentos e sentimentos naquela época e colocá-lo no script. Eu estava muito inspirado por isso, e tentou fazer isso em Her. E um monte de sentimentos ou relacionamentos que você tem acerca muitas vezes sobre a tecnologia é contraditória.” A filmagem principal de Her teve lugar durante o verão de 2012. Foi filmado principalmente em Los Angeles, com duas semanas em Xangai. Durante a produção do filme, a atriz Samantha Morton desempenhou o papel de Samantha, agindo em conjunto “em uma cabine à prova de som acarpetado quatro por quatro de madeira pintada de negro e tecido macio, abafando ruído”. Por sugestão de Jonze, ela e Joaquin Phoenix evitado ver um ao outro no set durante as filmagens. Com sua bênção, Morton foi mais tarde substituída por Scarlett Johansson. Johansson conheceu Jonze, na primavera de 2013 e trabalhou com ela por quatro meses. Após a reformulação, novas cenas filmadas em agosto de 2013 que eram ou “recém imaginadas” ou “novas cenas que eu originalmente tinha querido gravar, mas não o fiz”. Jonze alistou Eric Zumbrunnen e Jeff Buchanan para editar o filme, ambos os quais haviam colaborado com Jonze em projetos anteriores. O filme foi editado ao longo de 14 meses, que representa a substituição de Morton por Johansson. Explicou Jonze, “O que aconteceu na Mensagem. Foi que nós editamos o filme há muito tempo e finalmente, percebi que o que Samantha e eu tínhamos feito em conjunto não estava funcionando da maneira correta. Foi muito difícil chegar a uma realização.” Steven Soderbergh se envolveu dentro quando do corte original de Jonze sobre o filme de 150 minutos e trouxe-a para 90 minutos. Esta não era a versão final do filme, mas permitiu Jonze remover gráficos desnecessários. Consequentemente, um personagem coadjuvante interpretado por Chris Cooper foi o tema de um documentário dentro do filme que foi eliminado do corte final. Her recebeu aclamação da crítica. O filme foi muito elogiado por sua direção, roteiro, design de produção, trilha, e as performances de Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson. Particularmente roteiro de Jonze foi aclamado e Jonze ganhou muitos prêmios de Melhor Roteiro em 2013.
Crítica: Ambientado em uma Los Angeles futurista, o filme Her é um profundo estudo sobre as relações humanas. Um estudo maravilhoso, sensível, dramático e simplesmente devastador. Quando assisti Her realmente não sabia o que esperar, minto, esperava um filme daqueles dramalhões terríveis de depressão e água com açúcar, mas que bom que errei, pois o filme é muito longe disso. Her é um filme futurista, mas sem excessos visuais como Matrix, Vingador do Futuro ou mesmo 2001, Um Odisséia no Espaço. É um filme para sentir e pensar, com um toque de descoberta interna da vida e da humanidade que perdemos com a distância que damos um aos outros com tanta tecnologia e digitação. Anote este nome, Spike Jonze, o maravilhoso diretor, escritor e roteirista de Her tem na sua bagagem filmes como Onde Vivem os Monstros, Quero ser John Malkovich e Adaptação. Em Her cria uma obra prima para o cinema, doce, delicado e surpreendente. É como se Jonse conseguisse o feito de recontar a história do personagem HAL (2001, Uma Odisseia no Espaço), só que a versão feminina e sensível do personagem. São quase as mesmas dúvidas e medos. No elenco Joaquim Phoenix, o mesmo de Gladiador, está impressionante no papel. O filme é quase um monólogo de atuação corporal e ele leva a plateia a viajar junto com Samantha (Sistema Operacional ou simplesmente O.S.) fazendo-nos acreditar que ela é real e ao mesmo tempo, criando dúvidas sobre o que é importante em um relacionamento ou na vida. Scarlett Johansson, nossa eterna Viúva Negra, surpreende fazendo a voz de Samantha, uma brilhante e poderosa voz feminina que encanta, traz ternura, sentimento ao personagem e ao filme, sem existir fisicamente, mas presente em voz o tempo todo. Amy Adams, de Homem de Aço e Batman VS Superman, Encantada e A Trapaça, está realmente melhorando suas atuações e escolhas de papel. Gostei dela no filme, mas ainda falta um pouco mais de esforço dramático para se tornar uma atriz principal convincente e não uma coadjuvante de qualidade. Infelizmente filmes lindos e inteligentes não tem um retorno de bilheteria devido. Com orçamento de US$ 23 milhões, o premiado e reconhecido filme não passou de US$ 40 milhões em todo mundo de receita.
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