A Trilogia A Bruxa de Blair (1999 a 2016):
Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de uma das franquias de terror mais polêmicas do cinema moderno.
The Blair Witch Project – A Bruxa de Blair (1999):
Direção e roteiro Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, elenco Heather Donahue, Michael C. Williams e Joshua Leonard, The Blair Witch Project é um filme americano em forma de documentário. Com um orçamento de apenas US$ 22 mil, em sua terceira semana de exibição, entre 14 e 16 de agosto do ano de estreia, o filme fez um estrondoso sucesso nas bilheterias e atingiu um faturamento total de US$ 249 milhões em todo mundo. É um dos 100 filmes americanos de maior faturamento de todos os tempos.
Sinopse: Em outubro de 1994, três estudantes entraram nas florestas de Burkittsville, Maryland, Estados Unidos, para filmar um documentário sobre uma bruxa. Jamais foram vistos novamente. 1 ano depois, as imagens foram encontradas”. Alegado como sendo um documentário (pois foi filmado pelos estudantes como esse intuito), o filme mostra os angustiantes e assustadores últimos cinco dias de Heather Donahue, Joshua Leonard e Michael Williams perdidos nas florestas de Burkittsville após entrevistar moradores do local, eles encontram e ouvem na floresta coisas estranhas, como gritos, choro de crianças, inexplicáveis pilhas de pedras e galhos amarrados em árvores. No clímax do filme, eles perdem o mapa e alguns dias depois, Joshua desaparece. Na última noite, logo depois da famosa cena do monólogo de Heather, na qual ela deixa uma última mensagem aos seus pais dizendo que os ama, pede desculpa aos pais de Joshua e Williams e que não quer que o seu legado se perca, eles ouvem a voz de Joshua chamando-os. Os dois correm pela floresta até chegar em uma velha casa abandonada, onde Heather sobe as escadas com sua máquina de filmar, e depois desce até o porão. Ela grita histericamente e a câmera cai ao chão, ao fundo do cômodo pode-se visualizar Michael de costas o que fornece uma pista para o mistério, seguindo-se os créditos finais. Muita gente não entende esse final.Uma das pessoas entrevistadas diz que a bruxa deixa as crianças no canto de castigo enquanto mata a outra, no caso de Williams, ele ficou no canto da parede como se estivesse hipnotizado enquanto a bruxa mata Heather, que está com a câmera.
Crítica: Sensacional, polêmico e horroroso, cada um tem sua opinião sobre o filme A Bruxa de Blair, mas o que é comum entre todos que assistiram é que este é um marco do cinema mundial, onde com pouquíssimo se faz muito, e mesmo que para muitos este não é o primeiro filme no estilo Found Footage (Filmes Perdidos), é o que mais divulgou a ideia para o mundo. Tem milhares de coisas que eu adoro no filme, a ideia, o roteiro solto que é criado de acordo com desenvolvimento da atuação, a tentativa de se criar uma história real, o clima criado para os atores atuarem de maneira surpreendente, entre outras realizações fazem deste filme algo único no cinema, mas duas coisas que eu odeio que são a câmera de mão, que treme o tempo todo, por ser um protótipo e que se arrastou por vários filmes, me dando uma péssima sensação de enjoo o filme todo e pela decepcionante cena final, que deixou livre para qualquer conclusão sobre o que aconteceu ou até nenhuma. Uma história literalmente sem fim ou sem explicações, mas não deixou de impressionar, neste caso, pela coragem de se criar algo assim. Bruxas de Blair simplesmente assombrou o mundo.
Curiosidades: Os três atores receberam aula de como manusear uma câmera e então foram levados para ficar oito dias na floresta privados de sono e alimento com apenas uma bússola e sem saber mesmo onde estavam, a produção estava camuflada e escondida no meio da floresta. Tudo foi feito para que o filme parecesse mais real. De dia entre os intervalos das filmagens eram dadas ideias de falas improvisadas. A noite a produção os assustavam com ruídos, (sem saber que iria ocorrer a morte misteriosa de um dos personagens do elenco, “Heater”), gritos, objetos de feitiçaria, bilhetes para semear discórdia e tudo o que pode ser visto no filme. Eles nunca sabiam o que iria acontecer e o que iriam encontrar, pois o documentário era real, falava de um assunto que talvez possa não existir, mas era real. O filme foi muito criticado pelo caso Heather, contudo, foi um grande sucesso. Inicialmente produzido ao custo de 35 mil dólares, o filme lucrou milhões logo no início. O site oficial, www.blairwitch.com foi visitado por mais de 20 milhões de pessoas apenas no primeiro final de semana da exibição do filme. The Blair Witch Project recebeu vários prêmios, positivos, como por exemplo de Melhor Produção Independente ao custo de menos de 100 mil dólares.
Book of Shadows: Blair Witch 2 (2000):
Direção Joe Berlinger, roteiro Dick Beebe e Joe Berlinger, elenco Kim Director, Jeffrey Donovan, Erica Leerhsen, Tristine Skyler e Stephen Barker Turner.
Sinopse: Tudo começa nos dias atuais na cidade de Burkittsville, Maryland, um grupo de jovens cineastas viaja para uma floresta, em busca de rodar um documentário sobre uma força maligna chamada “Bruxa de Blair”. Eles acampam perto da base que foi a casa de Rustin Parr, o eremita que foi enforcado pelo assassinato de sete crianças, um crime que deu início ao projeto “Bruxa de Blair”. Na manhã seguinte, os viajantes acordam sem terem se lembrado de como e a que horas haviam se deitado. Quando voltam para a cidade, estranhos eventos acontecem. Símbolos começam a aparecer em seus corpos, crianças choram à noite, visões arrepiantes confundem os olhos. Aí eles percebem que talvez não tenham deixado a floresta sozinhos. O sucesso do filme fez com que uma grande indústria de turismo fosse criada em torno de Burkittsville, onde o videotape fora rodado. Com isso, um empresário local criou a “Caça à Bruxa de Blair”, uma excursão repleta de aventura em plena floresta onde o primeiro filme fora rodado, em que os interessados em participar devem se inscrever pela internet. Entretanto, quando os primeiros turistas chegam ao local, bruxaria, fatos bizarros e assustadores começam a ocorrer de forma descontrolada, fazendo com que todos tentem de qualquer maneira escapar da floresta e da maldição da Bruxa de Blair.
Crítica: Quando do surpreendente passamos para o medíocre. Bruxas de Blair 2 é uma das maiores decepções do cinema, simplesmente porque tem o nome ligado ao mega sucesso Bruxa de Blair no título e esquece toda a ousadia que surpreendeu no seu original. O modo de filmagem Found Footage, a perseguição, o marketing que foi algo real, nada disso está mais no atual filme e uma direção equivocada no roteiro do filme sobre fantasmas, possessões e amnésia passam a ser utilizada de maneira inusitada e até incompreensível, usando a desculpa de estarem na mesma região da famosa Bruxa de Blair, onde tudo pode acontecer. É como se fizessem um filme da franquia Atividade Paranormal com Aliens, seria simplesmente fugir ao conceito original da série. Pena que pior do que isso, se você quiseesse pelo menos ver um bom filme de terror, o filme não assusta em nada, vivendo de registros da câmera gravado pelos amigos da noite em que perderam a memória e uma reação inexplicável dos que viveram a experiência. A menina que é Wicca é a única coisa engraçada do filme, no final das contas, por amar a natureza, mas derramar sangue feito uma louca. Enquanto seu original fez com US$ 22 mil a bilheteria de US$ 249 milhões, sua continuação com um orçamento de US$ 15 milhões conseguiu somente a receita de US$ 47.737.094, o que para um filme de terror normal não é tão ruim assim, mas para esta encerrou a franquia de maneira vergonhosa.
A Bruxa de Blair (2016):
Direção Adam Wingard, produtores Keith Calder, Roy Lee, Steven Schneider, Jessica Wu, roteirista Simon Barrett, elenco: Brandon Scott, Callie Hernandez e Valorie Curry. Produção Lionsgate e Distribuição Paris Filmes.
Sinopse: Um grupo de estudantes de Milwaukee, durante uma viagem para acampar em uma das florestas da região, decide penetrar ainda mais no coração das árvores do que o previsto e acaba descobrindo que a floresta esconde seres perigosos.
Crítica: Com lançamento marcado para 22 de Setembro, dezesseis anos após seu original, será que A Bruxa de Blair ainda tem folego para uma terceira parte? O diretor de filmes B Adam Wingard e seu parceiro, ator e roteirista Simon Barrett, parecem estar bem a vontade com o meio, já que tem uam grande quantidade de filmes desconhecidos juntos. Do elenco não há nada o que se dizer, pois realmente não conheço ninguém ali. É assistir para ver no que dá.
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