Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um ótimo filme nacional que me pegou de surpresa.
Entre Abelhas (2015): Direção Ian SBF, produção João Daniel Tikhomiroff, Michel Tikhomiroff, Hugo Janeba e Eliane Ferreira, coprodução Fábio Porchat, Ian SBF e Tereza Gonzalez, produção executiva Lili Nogueira, roteiro Fábio Porchat e Ian SBF, elenco Fábio Porchat, Irene Ravache, Marcos Veras, Luis Lobianco, Giovanna Lancellotti, Marcelo Valle e Letícia Lima. Produzido pela Orion Pictures, Globo Filmes, RioFilme, Mixer e Fondo Filmes, distribuição Imagem Filmes.
Sinopse: Coisas estranhas começam a acontecer na vida de Bruno (Fábio Porchat), um jovem de quase 30 anos, editor de imagens e que acaba de se separar da mulher (Giovanna Lancellotti). Bruno tropeça no ar, esbarra no que não vê, até perceber que as pessoas ao seu redor estão desaparecendo só para ele. Os dias correm e a situação só piora. Com a ajuda de sua mãe (Irene Ravache), Bruno tentará descobrir o que se passa em sua vida e porque não está mais conseguindo ver as pessoas. Além de tentar se adaptar a esse novo mundo com cada vez menos gente.
Crítica: Belíssimo, ousado e confuso filme da dupla Porchat e SBF (Porta dos Fundos), o filme tinha tudo para ser um novo cult ou clássico nacional, mas aparentemente não consegue evoluir mais do que apresenta, principalmente da metade para o final, onde o já esperado acontece, nada. Porchat está ótimo no papel principal e SBF consegue até a metade do filme contar uma trama intrigante e inteligente de um personagem em mundo solitário a parte de um mundo real, deixando claro que esta situação só acontecia para o personagem principal que a cada momento se desligava do mundo. Mas o filme se perde em sua conclusão, os personagens a volta de Porchat são superficiais demais, assim como o próprio Porchat, e esse superficial demais fica sem essência, se perde o clima em 90 minutos sem solução, onde o público aflito decide como o filme acaba em sua cabeça. É aquele famoso chavão, deixe o público confuso para que ele o próprio possa pensar como acabou, Bruno morreu ou a prostituta o trouxe de volta a vida? Do elenco é bom saber que Fábio Porchat (Bruno) tem talento para algo mais que só piadas, Irene Ravache (Ângela, mãe de Bruno) ótima como a mãe preocupada, Marcos Veras (melhor amigo de Bruno) desnecessário no elenco de apoio, Giovanna Lancellotti (Regina, ex-mulher de Bruno) sem peso e qualquer relevância no filme e Marcelo Valle como um psiquiatra extremamente desinteressado. Com um orçamento baixíssimo, o filme bateu apenas R$ 6,5 milhões no cinema e passou batido para o público em geral, assim como para as abelhas que também desapareceram.
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