Ney Matogrosso – Homem com H, curta temporada no Teatro OPUS Frei Caneca

O bem-sucedido musical Ney Matogrosso – Homem com H, uma produção da Paris Cultural, ganha sete novas apresentações entre os dias 22 e 30 de setembro, no Teatro OPUS Frei Caneca. Por lá, na mesma época, também estará em cartaz outro grande sucesso da produtora, o musical Silvio Santos Vem Aí (com apresentações nos dias 18 e 24/9 e 1º/10). Os espetáculos contam com os recursos de Libras e Audiodescrição em algumas sessões* e ações de democratização de acesso à cultura. Os ingressos estão à venda em uhuu.com e na bilheteria do Teatro, a partir de R$50, podendo ser aplicada a meia entrada.

Ney Matogrosso – Homem com H tem texto de Emilio Boechat e Marilia Toledo, que assina também a direção ao lado de Fernanda Chamma, e direção musical de Daniel Rocha. O cantor camaleônico Ney Matogrosso, grande homenageado no musical, é vivido no palco por Renan Mattos, que venceu o prêmio Destaque Imprensa Digital 2022 e foi indicado ao APCA, ambos na categoria de melhor ator por este papel.

 

O elenco ainda conta com Bruno Boer (Cover Ney Matogrosso), Daniela Cury (Fã), Enrico Verta (Gérson Conrad), Fábio Lima (Simonal), Giselle Lima (Beíta), Hellen de Castro (Rita Lee), Ivan Parente (Moracy do Val), Ju Romano (Lena), Maria Clara Manesco (Luli), Maurício Reducino (Ensemble), Matheus Paiva (João Ricardo), Murilo Armacollo (Ney jovem), Rafael Aragão (Matto Grosso),Tatiana Toyota (Elvira), Vinícius Loyola (Cazuza) e Yudchi (Vicente Pereira).

A ideia de montar essa produção, de acordo com a diretora e autora Marília Toledo, surgiu depois que ela soube que seus sócios Marcio Fraccaroli e Sandi Adamiu tinham adquirido os direitos para realizar um longa-metragem sobre a vida de Ney Matogrosso. “Eu logo pedi para que eles também adquirissem os direitos para levar a história para o teatro. Tivemos um almoço com o Ney, quando pudemos compartilhar com ele nossa visão sobre esse espetáculo musical”, revela.

“Ney é um artista único, com uma visão cênica impressionante. Ele cuida de todas as etapas de sua performance. Além da escolha de repertório e banda, pensa no figurino, na iluminação, na direção geral.  E, quando está em cena, transforma-se em diferentes personagens. Ele nunca estudou dança e, quando o vemos em cena, parece que nasceu sabendo dançar. Mas ele jamais se coreografa. É sempre um movimento livre”, admira-se a encenadora. 

Já para Renan Mattos é extremamente desafiador interpretar uma figura tão importante para a nossa cultura. “O Ney é um ser camaleônico, tem um lado íntimo reservado, mas ao mesmo tempo é catártico no palco e apresenta um leque de personas a cada música. Cada uma dessas personas tem algo de místico, de misterioso, de selvagem, um ser ‘híbrido’ como definido por muitos, indecifrável. Então eu não me sinto interpretando o Ney e sim pedindo licença e pegando emprestado tudo aquilo que ele transformou na música e na vida das pessoas, todos os caminhos que ele abriu para pessoas e artistas como eu e isso é muito significativo”.

O musical chega para apresentar ao público essa figura tão importante para a nossa cultura, “algo obrigatório para qualquer brasileiro”, como considera Toledo. “A discografia de Ney Matogrosso passeia pelos compositores mais importantes do nosso país, o que reflete a nossa história. E sua história de vida é extremamente interessante. Ele sempre foi um homem absolutamente autêntico. Experimentou e ousou como nenhum outro artista, enfrentando os militares de peito aberto e nu, literalmente”.

A montagem: Ney Matogrosso – Homem com H explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor sem seguir necessariamente uma ordem cronológica. A história começa em um show do Secos & Molhados, em plena ditadura militar, quando uma pessoa da plateia o xinga de “viado”. Essa cena se funde com momentos da infância e adolescência do artista. E, dessa forma, outros episódios vão se encadeando na cena.

Para contar essa história, Marilia Toledo e Emilio Boechat mergulharam nas três biografias já publicadas sobre Ney Matogrosso, além de matérias jornalísticas, vídeos e o próprio artista. “Com a ajuda do próprio Ney, tentamos ser fiéis aos fatos mais importantes de sua vida privada e profissional, mas com a liberdade lúdica que o teatro pede”, revela a diretora.

Em relação às canções do homenageado, o musical também não segue uma cronologia – exceto naqueles momentos em que a dramaturgia precisa ser mais fiel à realidade. As músicas vão sendo encaixadas no contexto de cada cena e as letras acabam estabelecendo um diálogo interessante com a vida de Ney Matogrosso.  

Quanto à encenação, as diretoras apostam em um ensemble potente, que irá apoiar o protagonista do começo ao fim – e praticamente sem sair de cena. As trocas de figurinos e até maquiagens, inclusive, serão feitas na frente do público, brincando com as ideias de oculto e o explícito o todo o tempo. 

Além da própria trajetória do homenageado, o musical discute um tema cada vez mais relevante para a realidade brasileira: a liberdade. “Principalmente, a liberdade de ser quem se é, a qualquer custo. Ney combateu a ditadura não com palavras, mas com sua atitude cênica, entrando maquiado e praticamente nu no palco e na televisão, na época de maior censura que o país já viveu. As ambiguidades que ele sempre trouxe para o público foram pauta na década de 70 e permanecem em pauta até os dias de hoje. Ele também sempre foi adepto do amor livre e deixou clara a sua bisexualidade desde o início”, destaca Toledo.

Outro aspecto que tem bastante importância na montagem são os icônicos e provocantes figurinos de Ney Matogrosso. A diretora conta que a figurinista Michelly X está mergulhada em uma intensa pesquisa dos trajes originais usados pelo artista-camaleão para poder reproduzi-los com bastante fidelidade.

“Para a direção musical, demos total liberdade a Daniel Rocha na concepção musical e sonora. Ele tem uma inteligência profunda na arte de contar histórias por meio de seus arranjos e escolhas de instrumentos e vozes para cada momento da trama.

Ficha Técnica

Texto: Marilia Toledo e Emílio Boechat
Direção: Fernanda Chamma e Marilia Toledo
Coreografia: Fernanda Chamma
Direção Musical: Daniel Rocha
Cenografia: Carmem Guerra
Figurinos: Michelly X
Visagismo: Edgar Cardoso
Desenho de som: Eduardo Pinheiro

Desenho de luz: Fran Barros & Tulio Pezzoni

Preparação vocal: Andréia Vitfer
Realização: Paris Cultural

 
Apresentado por: Petrobras Premmia

Patrocínio master: EMS
Produção Geral: Paris Cultural

 

Elenco por ordem alfabética:
Bruno Boer – Cover Ney Matogrosso

Daniela Cury – Fã 

Enrico Verta – Gérson Conrad

Fábio Lima – Simonal

Giselle Lima – Beíta

Hellen de Castro – Rita Lee

 Ivan Parente – Moracy do Val

Ju Romano – Lena

Maria Clara Manesco – Luli

Maurício Reducino – Ensemble

Matheus Paiva – João Ricardo

Murilo Armacollo – Ney jovem 

Rafael Aragão – Matto Grosso 

Renan Mattos – Ney Matogrosso

 Tatiana Toyota – Elvira 

Vinícius Loyola – Cazuza

Yudchi – Vicente Pereira

 

Sobre a Paris Cultural 

Criada pelos sócios Marcio Fraccaroli, Sandi Adamiu e Marilia Toledo, a Paris Cultural é uma empresa cem por cento brasileira dedicada ao desenvolvimento e produção de espetáculos teatrais, musicais e exposições originais focadas em personalidades e temas nacionais. Com a intenção de valorizar dramaturgos, diretores, compositores e outros artistas brasileiros, a primeira estreia foi o musical Silvio Santos Vem Aí, em março de 2019. Acreditando no potencial dos nossos talentos, a Paris Cultural afirma seu compromisso na criação de um legado para a cultura nacional.

 

Serviço

SERVIÇO “Homem Com H”

Ministério da Cultura e Petrobras Premmia apresentam: “Homem Com H”

Data: 22/09 às 21h30

23/09 às 17h e às 21h

29/09 às 17h e às 21h30

30/09 às 17h e às 21h

 

*Sessão acessível em Libras e Audiodescrição: 23 de setembro, 17h

Local: Teatro Opus Frei Caneca

Classificação: 14 anos. Acesso de menores somente acompanhados dos pais ou maior responsável.

Mais informações e compra de ingressos em uhuu.com

Lei Federal de Incentivo à Cultura

Patrocínio: EMS

Planejamento cultural: Opus Entretenimento

Realização: Ruthers Promoção de Eventos Culturais, Ministério da Cultura, Governo Federal, Brasil – União e Reconstrução

 

Teatro Opus Frei Caneca

600 lugares, incluindo 4 poltronas adaptadas para obesos e mais 6 lugares reservados para cadeirantes.

Endereço: Rua Frei Caneca, 569, Consolação

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