Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais uma clássica adaptação Live Action das HQs.
300 (2006):
De Zack Snyder com Gerard Butler, Rodrigo Santoro e Lena Headey. 300 é um filme americano baseado na HQ homônima de Frank Miller sobre a Batalha das Termópilas.
Sinopse: O filme começa com um orador espartano a contar a vida do jovem rei Leónidas I, revelando também o rigor e a disciplina a que foi submetido durante a sua infância. Aos sete anos, é tirado da sua mãe para iniciar o agogê, um período de privações a que todos os cidadãos de Esparta são submetidos. Passados trinta anos, o orador conta que um mensageiro persa chega a Esparta e comunica-lhe o desejo de Xerxes I em dominar a região, através de um pedido aparentemente inocente de “terra e água”. Leónidas, ofendido com tal mensagem, mata toda a comitiva persa e decide começar uma guerra com Xerxes. Como Esparta estava a celebrar a festa religiosa da Carneia, Leónidas não poderia entrar em guerra, então ele pega 300 homens de sua guarda pessoal e diz que vai dar um passeio – e marcha ao encontro dos invasores persas.
Crítica: Com uma química alucinante, um diretor inovador e um elenco muito bem enquadrado, além de técnicas de filmagens únicas e soberbas, 300 é o tipo de filme que pode alavancar a carreira de qualquer diretor e elenco ou mesmo afundá-los em um mar de lama e deixá-lo lá para sempre. Com um estilo de filmagem quase Noir em suas imagens, o mesmo estilo que já deu errado em filmes como Spirit (2008), adaptado da HQ homônima e roteirizado e dirigido por Frank Miller, o mesmo criador de 300 e também de Sin City, só que 300 dá a volta por cima, através de uma violência nunca vista no cinema. Gerald Butler está inesquecível no papel de Leônidas e sua morte ao final do filme o imortaliza, mas dificilmente voltaria para uma continuação.
Headey coloca toda força da mulher espartana a prova e dá uma dignidade ao papel que também será inesquecível, a altura de Butler. Santoro impressiona, não pelo seu tamanho aumentado digitalmente ou todos os pirces em seu corpo, mas por mais uma vez aceitar um papel tão diferente de seu estilo e ainda sim o fazê-lo tão bem. Mas é nas mãos de Zack Snyder, co-fundador da Cruel and Unusual Films, produtora que fundou em 2004, juntamente com sua esposa Deborah Snyder, que a história se concretiza de maneira pouco usual e perfeita.
300: A Ascensão do Império (2014):
De Noam Murro com Sullivan Stapleton, Eva Green, Jamie Blackley, Lena Headey, Hans Matheson e Rodrigo Santoro. 300: A Ascensão do Império é a continuação da saga 300, que traz a volta de Rodrigo Santoro ao papel do persa Xerxes criado por Frank Miller. A Ascensão do Império já faturou mais de US$ 140 milhões na sua primeira semana em exibição. Após a morte do pai, Xerxes (Rodrigo Santoro) dá início a uma jornada de vingança contra os Gregos.
Sinopse: A Batalha de Salamina deu-se no estreito que separa Salamina da Ática. Cujo enredo transcorre paralelo ao primeiro filme sobre a Batalha das Termópilas, as pernas em Tessália e em Termópilas. O Rei-Deus Xerxes I após a morte de seu pai Dario I dá início a uma jornada de vingança, continuando a campanha militar de seu pai contra à Grécia (que defendia o Peloponeso). Os coríntios e os 300 espartanos (liderados por Leônidas) defendiam uma aglomeração militar combatendo o Deus-Rei, porém foram derrotados e Xerxes invadiu e incendiou Atenas, desenrolando assim aquela que ficou conhecida pela Segunda Guerra Médica (ou Pérsicas).
Diante da necessidade de organizar a defesa e de equipar o exército, Atenas liderou a formação da Confederação de Delos, uma aliança entre várias cidades-estados gregas que deveriam contribuir com navios ou dinheiro nos gastos da guerra. O general ateniense Temístocles estava decidido a tentar uma estratégia para reconquistar a pólis Atenas e salvar a Grécia da conquista persa: atraiu a marinha persa liderado por Artemísia para um estreito canal, entre a ilha de Salamina e o continente e, assim tentar vencer a armada inimiga. No mar concentrou aproximadamente 300 embarcações que enfrentaram a frota persa, que apesar de grandiosa enfrentava dificuldades de navegação no espaço exíguo do canal, onde acabou sendo derrotada.
Crítica: Estava em uma grande expectativa para assistir a continuação de 300 e realmente não me decepcionei. A continuação, ou mesmo, a história paralela criada no filme é simplesmente sensacional, os efeitos continuam deslumbrantes e arrebatadores, mas, não se completam tão bem como o primeiro, talvez culpa da direção, do elenco ou por ser uma repetição do primeiro, mas não superam de maneira nenhuma o filme 300 original. Rodrigo Santoro segue os mesmo passos de atuação que mega ator Keanu Reeves sem tirar nem por e está ótimo no filme como Xerxes, que apesar de toda propaganda, não é exatamente dele que o filme fala e sim da criação de um Império de povos distintos por uma causa em comum. Senti a falta daquele tom de magia, tão comum em filmes sobre impérios e que no primeiro fluía tão bem, aqui no segundo ficou muito seco e apenas com algumas participações na criação do mito Xerxes.
Gostei do estilo de direção de Murro e dos atores Sullivan Stapleton e Eva Green, mas com certeza se comparar as histórias contadas, a do diretor Zack Snyder que tem a química dos atores Gerard Butler e Lena Headey tiram melhor proveito no filme e roteiro do que o elenco e direção do segundo. Talvez se comparasse menos seria melhor, mas é impossível fazer isso, já que o filme menciona o tempo todo a história original. Lena que retorna também nesta sequencia no mesmo papel, mantém a graciosidade do personagem que lhe deu fama. O filme, apesar de muito bom, soa mais como uma homenagem ao primeiro ou como um apêndice a história original, do que como uma continuação. Mas é imperdível da mesma maneira.
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