The Handmaid’s Tale: O Conto de Aia – Primeira temporada na Globoplay

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de mais uma badalada série que me deixou de queixo caído com sua qualidade de roteiro, visual e elenco. Eu, que tenho uma grande dificuldade de gostar de séries e filmes que são extremamente divulgados no boca a boca ou em trailers fantásticos, como em A Casa de Papel (que gostei) e Bird Box (que torci o nariz), hoje em rendo a mais um belíssimo trabalho. Como a série vai ter sua primeira temporada agora divulgada na Globoplay, preferi dividir a crítica em duas partes, fazendo a primeira temporada agora e a segunda temporada depois. O intuito é de você conhecer bem a trama, com alguns spoiler inevitáveis, mas demonstre o ótimo trabalho da série.

O Conto da Aia: O Livro.

Autor Margaret Atwood, gênero de romance distópico, ficção científica e ficção especulativa, editora McClelland and Stewart, lançamento em 1985. Edição brasileira com tradução de Márcia Serra, Editora Marco Zero e lançamento em 1987. The Handmaid’s Tale, O Conto da Aia ou A História de Uma Serva, é um romance distópico de 1985 da autora canadense Margaret Atwood situado na Nova Inglaterra de um futuro próximo, que agora é parte de uma teonomia totalitária fundamentalista cristã que derrubou o governo dos Estados Unidos. A obra explora os temas da subjugação das mulheres e os vários meios pelos quais elas perdem individualismo e independência. O título do romance ecoa os componentes de Os Contos de Cantuária de Geoffrey Chaucer, que compreende uma série de histórias conectadas. The Handmaid’s Tale ganhou o Prêmio do Governador Geral de 1985 e o primeiro Prêmio Arthur C. Clarke em 1987; também foi nomeado para o Prêmio Nebula de 1986, o Prêmio Booker de 1986 e o Prêmio Prometheus de 1987. O livro foi adaptado para um filme (1990), uma ópera (2000), uma série de TV (2017), além de outros meios de comunicação.

Sinopse: Após um ataque terrorista matar o presidente e a maioria do Congresso dos Estados Unidos, um movimento fundamentalista de reconstrução cristã autointitulado “Filhos de Jacó” lança um golpe e suspende a Constituição dos Estados Unidos sob o pretexto de “restaurar a ordem”. Eles rapidamente tiram os direitos das mulheres, em grande parte atribuídos a registros financeiros armazenados eletronicamente e rotulados por sexo. O novo regime, a República de Gileade, trabalha velozmente para consolidar seu poder e reorganizar a sociedade americana ao longo de um novo modelo totalitário, militarizado e hierárquico de fanatismo religioso e social inspirado no Antigo Testamento entre suas castas sociais recém-criadas. Nesta sociedade, os direitos humanos são severamente limitados e os direitos das mulheres são ainda mais restritos; por exemplo, as mulheres estão proibidas de ler.

A história é contada em primeira pessoa por uma mulher chamada Offred (literalmente Of-Fred). A personagem é parte de uma classe de mulheres mantidas para fins reprodutivos e conhecidas como “servas” pela classe dominante em uma era de nascimentos em declínio devido à esterilidade por poluição e doenças sexualmente transmissíveis. Offred descreve sua vida durante sua terceira tarefa como serva, neste caso na residência de Fred (referido como “O Comandante”). Intercalados em flashbacks estão porções de sua vida de antes e durante o início do golpe, quando ela descobre que perdeu toda autonomia para seu marido, depois de uma tentativa fracassada de escapar do país com sua família para o Canadá. Ela então passa a ser doutrinada para ser uma serva. Offred descreve a estrutura da sociedade de Gileade, incluindo as diferentes classes de mulheres e suas vidas circunscritas na nova teocracia cristã.

A novela acaba com um epílogo metaficional que explica que os acontecimentos do romance ocorreram pouco depois do início do chamado “Período de Gileade”. O epílogo é “uma transcrição parcial dos trabalhos do Décimo Segundo Simpósio de Estudos Gileadeanos”, escrito no ano de 2195. De acordo com o “palestrante” do simpósio, o professor Pieixoto, ele e seu colega, o professor Knotly Wade, descobriram a história de Offred gravada em fitas cassete. Eles transcreveram as fitas, chamando-as coletivamente de “o conto da serva”. Através do tom e das ações dos profissionais nesta seção final do livro, o mundo da academia é destacado e criticado, e Pieixoto discute a busca de sua equipe pelos personagens nomeados no conto e a impossibilidade de provar a autenticidade das fitas. No entanto, o epílogo implica que, após o colapso da república teocrática de Gileade, uma sociedade mais igualitária, embora não os Estados Unidos que existiam anteriormente, reaparece com a restauração dos direitos plenos das mulheres e da liberdade de religião.

A Decadência de uma Espécie (O filme de 1990)

Direção Volker Schlöndorff, produção Daniel Wilson e roteiro Harold Pinter. Die Geschichte der Dienerin, A decadência de uma espécie, ou A história da Aia, é uma co-produção de ficção científica americana-alemã de 1990, com 109 minutos de duração. O roteiro foi escrito por Harold Pinter e baseado em romance de Margaret Atwood. Elenco Natasha Richardson (Kate / Offred), Faye Dunaway (Serena Joy), Aidan Quinn (Nick), Elizabeth McGovern (Moira), Victoria Tennant (Tia Lydia) e Robert Duvall (Comandante Blanche Baker). O filme foi indicado ao Urso de Ouro no mesmo ano. O longa-metragem fala sobre um futuro, ambientado na fictícia República de Gileade, onde a maioria das mulheres são estéreis e o governo é totalitário, escravizando as mulheres férteis que cometem crimes para procriarem à força.

The Handmaid’s Tale (Primeira Temporada 2017)

Autor Bruce Miller, baseado em The Handmaid’s Tale de Margaret Atwood, produtores Margaret Atwood e Elisabeth Moss, produtores executivos Bruce Miller, Warren Littlefield, Reed Morano, Daniel Wilson, Fran Sears e Ilene Chaiken, distribuída por Hulu. Elenco Elisabeth Moss, Joseph Fiennes, Yvonne Strahovski, Alexis Bledel, Madeline Brewer, Ann Dowd, O. T. Fagbenle, Max Minghella e Samira Wiley. Empresas de produção Daniel Wilson Productions, Inc., The Littlefield Company, White Oak Pictures, MGM Television e Hulu Originals, emissora de televisão original nos Estados Unidos Hulu, no Brasil Paramount Channel.

O Conto da Aia é uma série de televisão americana criada por Bruce Miller, baseado no romance homônimo de 1985 da escritora canadense Margaret Atwood sobre a distopia de Gileade, encomendada pelo serviço de streaming Hulu, para produção de 10 episódios, com produção no final de 2016. Os três primeiros episódios da série estrearam em 26 de abril de 2017, com os subsequentes sete episódios adicionados semanalmente a cada quarta-feira. Em maio de 2017, foi renovada para uma segunda temporada, que estreou em 25 de abril de 2018. A terceira temporada tem data de lançamento em 5 de junho, com exibição dos três primeiros episódios. Novos capítulos serão disponibilizados semanalmente, às quartas-feiras, pelo Hulu. Esta temporada tem 13 episódios encomendados pela Hulu. The Handmaid’s Tale venceu os prêmios de Programa do Ano e Série Dramática no Television Critics Association e oito Prémios Emmy do Primetime, incluindo Melhor Série Dramática, em 2017.

Sinopse: Em um futuro próximo, as taxas de fertilidade caem em todo o mundo por conta da poluição e de doenças sexualmente transmissíveis. Em meio ao caos, o governo totalitário da República de Gileade, uma teonomia cristã, domina o que um dia foi um território dos Estados Unidos, em meio a uma guerra civil ainda em curso. A sociedade é organizada por líderes sedentos por poder ao longo de um regime novo, militarizado, hierárquico e fanático, com novas castas sociais, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, possuir propriedades, controlar dinheiro ou até mesmo ler. A infertilidade mundial resultou no recrutamento das poucas mulheres fecundas remanescentes em Gileade, chamadas de “aias” (Handmaid), de acordo com uma interpretação extremista dos contos bíblicos. Elas são designadas para as casas da elite governante, onde devem se submeter a estupros ritualizados com seus mestres masculinos para engravidar e ter filhos para aqueles homens e suas respectivas esposas.

Crítica: Uma das mais aclamadas e a melhor séries de ficção científica e dramática que já assisti na atualidade, O Conto de Aia traz algo dos clássicos filmes distópico futurista dramáticos do passado, onde a atuação é o ponto forte de uma sociedade que segrega. Sim, já vimos isso em outras séries e filmes, mas com um roteiro coeso e bem atrelado a trama, a série nos deixa confusos e curiosos do que aconteceu a sociedade americana no começo e através de doses bem controladas, vai nos trazendo a explicação da mudança social o que aconteceu no passado, não deixando espaço para respirarmos.

A série já começa no ápice da transformação social e religiosa da nova nação, devido a crise natalina, financeira e social que o mundo passa, algo que nos liga diretamente a série com o desgaste do Planeta Terra, os atentados, os novos políticos que escolhemos e o desemprego mundial, colocando várias referências de nossa época, incluindo musical e cinematográfica, e demonstrando que esse poderia ser um futuro alternativo nosso. Um dos pontos que a série repete durante toda a primeira temporada é o preconceito sexual, seja com o lado feminino ou das escolhas sexuais. Existem várias pichações com palavrões contra homossexuais e várias referências bíblicas a inaptidão feminina a trabalhos masculinos, mas em vários momentos a série “brinca com uma inversão” mostrando a inaptidão masculina e a força feminina na série.

Não me lembro de ver questões raciais explícitas, mas não vi nenhum “comandante de cor”, mas pode ser que não me atentei a isso, algo que estamos tão acostumados a séries que lidam com escravidão e etc, pois a série em nenhum momento fala explicitamente sobre preconceito racial, mas isso pode constar no livro e por opção dos roteiristas foi omitido para um segundo plano, para dar foco no movimento feminismo de resistência e revolução.

Do elenco me surpreendeu Elisabeth Moss (June Osborne/Offred) que faz um ótimo e surpreendente papel dramático. As cenas iniciais que misturam seu pensamento com o que ela pode falar são hilárias e ao mesmo tempo dramáticas, nos deixando incomodados por rir de algo assim. Yvonne Strahovski (Serena Joy Waterford) é o contra ponto de Elisabeth Moss e o centro de um mostro que a mesma criou e nãos abe como lidar agora. Joseph Fiennes (Comandante Fred Waterford) é o terceiro elemento do triangulo amoroso e dramático. Fiennes, mas conhecido por papéis fortes como Shakespeare Apaixonado, Ressurreição e Elizabeth, aqui demonstra com clareza toda a fraqueza masculina por poder, seja político, financeiro ou mesmo sexual.   Não posso deixar de citar Madeline Brewer (Janine/Ofwarren/(mais tarde Ofdaniel), que faz uma incrível serva com uma psique frágil que teve seu olho direito removido como punição por mau comportamento.

Curiosidades: As filmagens da série ocorreram em Toronto, Mississauga, Hamilton e Cambridge, todas localidades do Canadá, de setembro de 2016 a fevereiro de 2017. O primeiro trailer completo da série de televisão foi lançado pela Hulu no YouTube em 23 de março de 2017. Em 3 de maio de 2017, The Handmaid’s Tale foi renovada para uma segunda temporada que estreou em 2018. Moss disse aos meios de comunicação que os episódios subsequentes abordarão novos desenvolvimentos na história, preenchendo algumas das perguntas sem resposta e continuando a narrativa já “terminada” no livro. A segunda temporada consistirá em 13 episódios e começou a ser filmada no outono de 2017. Alexis Bledel retornará como uma personagem regular. Bruce Miller prevê que o seriado dure por até dez temporadas para contar toda a história. Na Nova Zelândia, a série foi lançada no serviço de atendimento por assinatura sob demanda no Lightbox em 8 de junho de 2017. Na Austrália, a série estreou no serviço de streaming de vídeo do canal de TV SBS on Demand em 6 de julho de 2017. Um dia após a premiação dos Primetime Emmy Awards 2017 e a série ter conquistado 8 de 13 estatuetas, Tiago Worcman vice-presidente sênior e gerente geral da MTV e Paramount Channel na America Latina anunciou através do Twitter os direitos de exibição de The Handmaid’s Tale para o Paramount Channel cujo primeiro episódio foi ao ar em 11 de março de 2018 e terão exibição semanal aos domingos, às 21h.

Em 31 de julho de 2018 durante o fórum PayTV, João Mesquita, diretor geral do Globoplay, anunciou a chegada da série no catálogo da plataforma, cuja compra foi confirmada em 5 de dezembro do mesmo ano. A série teve sua primeira temporada disponibilizada no serviço de streaming em fevereiro de 2019. Em promoção a estréia da temporada, o primeiro episódio de The Handmaid’s Tale também foi exibido na Rede Globo, em TV aberta, no dia 13 de fevereiro no especial “Cine Globoplay”. No mesmo dia que estreou no Globoplay, The Handmaid’s Tale também chegou ao FOX App, streaming dos canais FOX Premium.

The Handmaid’s Tale recebeu aclamação da crítica. No Metacritic, tem uma pontuação de 92 de 100 com base em 40 avaliações, indicando “aclamação universal”. A temporada tem uma classificação de aprovação de 100% no Rotten Tomatoes, com uma pontuação média de 8,94 (de 10) com base em 82 críticas. O consenso crítico do site é: “Assombroso e vívido, The Handmaid’s Tale é uma adaptação infinitamente absorvente do romance distópico de Margaret Atwood, ancorado por uma ótima performance central de Elisabeth Moss”. Daniel Fienberg, do The Hollywood Reporter, chamou-a de “provavelmente o melhor programa da primavera e certamente o mais importante”. Jen Chaney da Vulture deu uma revisão altamente positiva e escreveu que é “uma adaptação fiel do livro que também traz novas camadas para o mundo totalitário e sexista da maternidade forçada criado por Atwood” e que “esta série é meticulosamente estimulada, brutal, visualmente deslumbrante e tão tensa de momento a momento que somente no final de cada hora você se sentirá totalmente em liberdade para soltar o ar”. Houve controvérsia sobre se poderia ser estabelecido um paralelo entre a série (e, por extensão, o livro no qual ela se baseia) e a sociedade americana e após a eleição de Donald Trump e Mike Pence como presidente dos Estados Unidos e vice-presidente dos Estados Unidos, respectivamente.

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