Reign – 1ª Temporada da The CW

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de mais uma série histórica adolescente que me surpreendeu, com uma trama bem interessante.

Reinado (A Primeira temporada)

Reign é uma série de TV americana de ficção histórica criada por Stephanie SenGupta e Laurie McCarthy. Estreou em 17 de outubro de 2015, na The CW e foi concluída depois de quatro temporadas no dia 16 de junho de 2017. A Série é baseado na verdadeira história de Mary, que foi rainha da Escócia de 14 de dezembro de 1542 a 24 de julho de 1567 e do seu período na França com o Príncipe Francis onde os dois se casam. No Brasil, a quarta e última temporada da série encontra-se disponível no streaming da Netflix e todas as temporadas na Claro Video.

Sinopse: A série conta a história de Mary Stuart, Rainha da Escócia e seu caminho até o poder, iniciando com sua chegada à França ainda na adolescência e seu noivado com o Príncipe Francis. Acompanhada de suas quatro melhores amigas, Mary precisa sobreviver às intrigas, inimigos e forças obscuras que tomam conta da corte francesa.

Crítica: Ao invés de ser uma Malhação Global de época, minha primeira impressão ao assistir o piloto da série, Reinado surpreende por sua ostentação, atenção com no elenco e com as histórias secundárias, principalmente com  a incrível atuação de Megan Follow como a Rainha Mãe e Allan van Sprang, como Rei Henry II. Ambos levam a primeira temporada nas costas, são violentos, sensuais, vilões e engraçados,  enquanto os jovens Adelaide Kane (Mary), Toby Regpo (Francis) e Torrance Coombs (Sebastian) tentam dar ritmo e charme no triangulo amoroso sem graça e que se trocam o tempo todo. Inclusive, Regpo e Coombs poderiam fazer Lestat e Luis dos Vampiros da Anne Rice que se sairiam muito bem com suas caras, cabelos e maquiagem. O cabelo de Francis nunca se despenteia e a maquiagem de Sebastian, principalmente o lápis nos olhos são demais da conta. Existe um outro subtrama que me interessei  de cara, que seria sobre o misticismo Francês  que apontaria nas mãos do ator Rossif Shuterland, filho do premiado ator Donald Shuterland  e irmão do famoso ator Kiefer Shuterland (24 Horas), mas na primeira temporada esta trama baseada no trabalho de Nostradamos não desenvolve com todo o potencial que até a série promete com A Escuridão e o Paganismo, e fica apenas como a porta da Peste Negra, que como vou falar a baixo, é só fogo de palha para dar enredo e completar o tempo da temporada. Apesar de todos os elogios a parte do elenco e a adaptação da história, é no ritmo do roteiro, as passagens de tempo e espaço e na quantidade de subtramas na temporada de 21 capítulos que a séria se perde. Pontos importantes perdem a força, portais são abertos para o deslocamento das pessoas, carruagens e o exército entre locais, facilitando respostas rápidas para que a nova trama possa dar entrada.  Esta técnica é interessante em uma série tão longa, evitando os enche linguiças, mas perde potência quando um assunto interessante se encerra de maneira conveniente para o roteiro dar continuidade. Foi assim com Mary na troca de Francis por Sebastian  vice versa.

Curiosidades: Reign é baseada na história real da rainha Maria da Escócia e sua rivalidade com sua prima Isabel I da Inglaterra. Há, porém, bastante liberdade poética na série, que difere da história real da rainha dos escoceses. Mary não cresceu em um convento, como é mostrado na série, e sim passou sua infância ao lado de Francis e as irmãs dele na Corte Francesa. Diane de Poitiers ficou responsável pela educação de Mary na França, ambas possuíam um bom relacionamento. Diane também correspondia-se com a mãe desta, Marie de Guise, para discutirem sobre a educação e o crescimento de Mary. Mary, na vida real, tinha uma estatura bastante elevada, quase 1.80. Ela também era conhecida pela sua pele muito branca, a ponto de algumas veias ficarem mais nítidas, além de ter os cabelos ruivos e olhos cor de mel, bem diferente da Mary de cabelos negros e olhos escuros da série. Francis não se envolve com nenhuma das damas de Mary, a bem da verdade, os relatos históricos revelam que eles possuíam uma relação carinhosa e amigável desde o dia em que se conheceram. Francis, na vida real, possuía uma saúde bem frágil, era gago e anormalmente baixo. Todas as quatro damas de companhia se chamavam Mary, este fato foi mudado na série para não gerar confusão e a relação de Kenna com Rei Henry é ficção.

Claude Valois tinha aproximadamente 11 anos na época em que Francis reinava. Leith nunca existiu. A princesa Claude, na vida real, se casaria com Carlos III, duque de Lorena, com quem teria 9 filhos. Na série, Francis rouba a armadura de Montgomery e mata seu próprio pai, mas na realidade foi o próprio Montgomery que acertou o Rei Henry. Don Carlos e Robert Dudley foram de fato pretendentes de Mary, mas eles nunca se encontraram pessoalmente. Alguns historiadores afirmam que o casamento de Mary e Francis nunca foi consumado, em decorrência da saúde frágil de Francis, e que o amor deles era fraternal. Na série, Rei Henry e Catherine de Médici tiveram 9 filhos, mas na realidade eles tiveram 12. Rei Henry teve 3 filhos bastardos, nenhum deles era Sebastian. Catherine nunca teve filhos fora do casamento, portanto Clarissa não existiu. Nunca existiu um Tomás de Portugal, o pretendente de Mary que aparece na 1ª temporada. Historicamente Mary cresceu e foi educada para ser uma rainha consorte da França, embora tenha virado rainha dos escoceses com apenas seis dias de vida ela não foi tão bem preparada para governar o seu país um dia, por isso encontrou muitas dificuldades em seu reinado. Quando regressou à Escócia, Mary parece ter ficado desencantada com seu país, pois havia crescido na bela França e encontrou na Escócia um país mais pobre e rural, além disso, ao pisar na Escócia, Mary era praticamente desconhecida por seus súditos.

Recepção da crítica: Em sua 1ª temporada, Reign teve recepção mista por parte da crítica especializada. Com base em 24 avaliações profissionais, alcançou uma pontuação de 53% no Metacritic. Por votos dos usuários do site, atinge uma nota de 7.9, usada para avaliar a recepção do público.

 

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