Good Omens – 1ª Temporada na Amazon Studios (2019)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de uma série sensacional do mestre das HQs mitológicas Neil Gaiman de 2019.

Good Omens (2019): Criador Neil Gaiman, baseado em Good Omens: The Nice and Accurate Prophecies of Agnes Nutter, Witch, de Terry Pratchett & Neil Gaiman,  diretor Douglas Mackinnon, produtores executivos Neil Gaiman, Caroline Skinner, Chris Sussman, Rob Wilkins e Rod Brown, roteirista Neil Gaiman. Elenco David Tennant, Michael Sheen, Anna Maxwell Martin, Jon Hamm, Josie Lawrence, Adria Arjona, Michael McKean, Jack Whitehall, Miranda Richardson e Nick Offerman. Empresas de produção Narrativia, The Blank Corporation, BBC Studios e Amazon Studios, emissora de televisão original Prime Video. Os seis episódios da série foram lançados em 31 de maio de 2019 no Amazon Prime Video e serão transmitidos semanalmente pela BBC Two no Reino Unido.

Sinopse: Ambientada em 2018, a série segue o anjo Aziraphale (Sheen) e o demônio Crowley (Tennant), que, acostumados com a vida na Terra, procuram impedir a vinda do anticristo e com ele a batalha final entre o Céu e o Inferno. Aziraphale é um anjo que vive na Terra desde sua criação até dos dias de hoje, no romance original era o anjo encarregado de guardar os portões orientais do paraíso. Ele e Crowley servem como representantes do Céu e do Inferno, respectivamente como guardiões, na Terra. Crowley é um demônio que vive na Terra também desde o início da criação, originalmente chamado de “Crawly”, ele é a serpente que tentou Eva com a maçã da árvore do conhecimento do bem e do mal. O

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Crítica: Eu adoro os trabalhos de Gaiman para as HQs como em Sandman, Lucifer, Morte, Livros da Magia e Orquídea Negra, e o esforço do mesmo para adaptá-las em filmes e séries, sempre com um cuidado incrível e uma qualidade de roteiro questionável devido a dificuldade da transferência de linguagem da HQ para telas. Filmes e séries como o belíssimo mas incompreendido Stardust (2007), passando pelo carismático Lucifer (2016), ao extravagante American Gods (2017) e até ó ótimo trabalho de Gods Omens (2019), todos os trabalhos baseados nas obras de Gaiman demonstram apenas como estamos longe de conseguir ver uma adaptação de qualidade de Sandman nas telonas, e isso é mesmo frustrante.  Good Omens é, a meu ver, o melhor trabalho de Gaiman para o meio cinematográfico, é completo, com muita ação e humor ácido, tem dezenas de referências bíblicas, o que era de se esperar, mas dezenas de  easter eggs para filmes de terror, principalmente a franquia The Omen (1976) ou A Profecia no Brasil, e ainda conseguindo manter o clima no começo, meio e fim, deixando uma porta aberta para uma possível seqüência.

Mas o bom entretenimento da série esta ligado diretamente a atuação do elenco principal, que é quase como um casal de velhas senhoras que não se suportam, mas que passam a eternidade se encontrando para cochichar sobre tudo que acontece no seu bairro.  David Tennant (Doctor Who e Jessica Jones) e Michael Sheen (Anjos da Noite) estão simplesmente únicos e hilários com uma atuação surpreendente de prender sua atuação em todos os capítulos, seja pelas situações loucas que se metem ou apenas pelo prazer de implicar um com o outro.. Não que seja uma novidade uma dupla tão diferente dar certo no cinema e séries, como em Bad Boys e Máquina Mortífera, esta seqüência de tira bom e tira mal já funciona a muito tempo, mas ambos trabalhando para proveito próprio talvez e com uma química tão boa é muito raro.

Talvez, se tiver que dar minha única crítica negativa a série seja o capítulo final, onde a narrativa e os “efeitos especiais” na discussão familiar entre Lúcifer e seu filho caem tanto na galhofa que quase põe tudo a perder. A escolha de um Demônio CGI foi péssima ao invés de um ator, lembrando um desenho animado de sessão da tarde, ficou mais parecido com um Power Ranger, do que a marca de qualidade de todos os capítulos apresentado pela série.

Curiosidades: Pratchett e Gaiman planejaram adaptar Good Omens como um filme por anos, com vários diretores e escritores ligados ao projeto em vários momentos. Em 2011, uma série de televisão, escrita por Terry Jones e Gavin Scott, foi relatada pela primeira vez, mas nenhum outro plano foi anunciado. Após a morte de Pratchett, Gaiman se recusou a considerar trabalhar na adaptação sozinho, mas mudou de idéia quando recebeu uma carta de Pratchett, escrita para ser enviada após sua morte, pedindo-lhe para terminar o projeto. Em 19 de janeiro de 2017, foi anunciado que a Amazon Prime Video havia dado luz verde a uma adaptação em série do romance a ser co-produzida com a BBC no Reino Unido. Os produtores executivos foram definidos para incluir Gaiman, Caroline Skinner, Chris Sussman, Rob Wilkins e Rod Brown. Gaiman também foi definido para adaptar o romance para a tela e servir como showrunner para a série. As empresas de produção envolvidas com a série foram programadas para serem compostas pela BBC Studios, Narrativia e The Blank Corporation. A distribuição da série foi entregue à BBC Worldwide.

As filmagens da série começaram em setembro de 2017, com Gaiman twittando uma foto de Tennant e Sheen fantasiados no set. Em outubro de 2017, a produção foi filmada em Surrey. A série também foi filmada em St. James’s Park, em Londres, e foi finalizada em março de 2018 na Cidade do Cabo, África do Sul. Em 6 de outubro de 2018, a série realizou um painel na New York Comic Con anual em Nova Iorque. O painel foi estrelado por Whoopi Goldberg, o criador Neil Gaiman, o diretor Douglas Mackinnon, e os membros do elenco Michael Sheen, David Tennant, Jon Hamm e Miranda Richardson. Durante o painel, o primeiro trailer da série foi estreado e posteriormente lançado online.

Good Omens recebeu críticas positivas dos críticos. No Rotten Tomatoes, tem uma taxa de aprovação de 79% com base em 43 avaliações com uma pontuação média de 6,91 em 10. O consenso crítico do site é: “Com um resumo de imagens celestiais e hilaridade irreverente, Good Omens funciona graças a química de Michael Sheen e David Tennant que é quase sagrada (ou talvez não sagrada?),  embora, com apenas seis episódios, é uma adaptação rara que pode ter se beneficiado de ser um pouco menos fiel ao bom livro.” No Metacritic, a série recebeu uma taxa de aprovação de 61 com base em 12 avaliações, sendo que dessas nenhuma foi negativa. No IMDb, a série recebeu uma taxa de aprovação de 9 em 10, com base em 487 avaliações, tornando-se um sucesso para o público.

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