Everybody Hates Chris: Todo Mundo Odeia o Chris (2005 a 2009)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais uma clássica serie de TV que virou um ícone de várias gerações baseado na infância do humorista Chris Rock.

Everybody Hates Chris: Todo Mundo Odeia o Chris.

Criadores Chris Rock e Ali LeRoi, diretor Andrew Orenstein, produtores Adrienne Carter, Don Reo e Kali Londono, produtores executivos Chris Rock, Ali LeRoi, Michael Rotenberg, Dave Becky, Howard Gewirtz e Don Reo, distribuição CBS Television Distribution. Narrador Chris Rock, elenco Tyler James Williams, Terry Crews, Tichina Arnold, Vincent Martella, Tequan Richmond e Imani Hakim. Tema de abertura “Everybody Hates Chris Theme Song”, música Marcus Miller, empresas produtoras CR Enterprises, Inc., 3 Arts Entertainment, Paramount Television e CBS Paramount Television. Emissora original UPN (2005–2006) e The CW (2006–2009).

Transmissão original de 22 de setembro de 2005 a 8 de maio de 2009, com 4 temporadas e 88 episódios, Everybody Hates Chris é uma série de televisão americana de comédia dramática inspirado nas experiências pessoais do ator e comediante Chris Rock no bairro de Bed-Stuy, em Nova Iorque, durante a década de 1980. A série é estrelada por Tyler James Williams e o elenco principal formado por Terry Crews, Tichina Arnold, Tequan Richmond, Imani Hakim, Vincent Martella, a série é narrada pelo próprio Chris Rock.

Chris Rock (Ator, humorista, produtor e roteirista)

Christopher “Chris” Julius Rock III, nascido em Andrews, 7 de fevereiro de 1965, é um comediante, ator, roteirista, produtor, dublador e cineasta americano, ganhador de quatro prêmios Emmy e três prêmios Grammy, conhecido por criar, escrever e narrar o seriado Todo Mundo Odeia o Chris, baseado em sua vida real.

Após trabalhar como comediante de stand-up e atuar em inúmeros papéis coadjuvantes, Rock ganhou destaque ao atuar em uma série de especiais de comédia aclamados da HBO e ao se tornar membro de elenco do Saturday Night Live no início dos anos 90. Passou a aparecer em filmes de maior destaque, com papéis principais em O Céu Pode Esperar (2001), Um Pobretão na Casa Branca (2003), Golpe Baixo (2005), Acho Que Amo Minha Mulher (2007), Gente Grande (2010), Gente Grande 2 (2013) e No Auge da Fama (2014), além de dar voz à zebra Marty na franquia Madagascar da Dreamworks.

Chris Rock apresentou o Oscar 2005 e o Oscar 2016. Foi votado pela Comedy Central como o 5º melhor humorista de todos os tempos. No Reino Unido, também foi votado como o 9º melhor humorista dos 100 Maiores Stand-Ups do Channel 4 e novamente em 2010, na lista atualizada, como o 8º melhor humorista.

Pouco depois de seu nascimento, seus pais se mudaram para o bairro de Crown Heights, no Brooklyn, Nova Iorque. Alguns anos depois, eles se mudaram e se estabeleceram em uma área de classe trabalhadora chamada Bedford-Stuyvesant. Sua mãe, Rosalie Tingman, era professora e assistente social para deficientes mentais; seu pai, Julius Rock, era motorista de caminhão e entregador de jornais. Julius morreu em 1988, após uma cirurgia de úlcera. Os irmãos mais novos de Rock, Tony, Kenny e Jordan, também atuam no ramo de entretenimento. Seu meio-irmão mais velho, Charles, morreu em 2006, depois de uma longa batalha contra o alcoolismo. Rock disse que foi influenciado pelo estilo de atuação de seu avô paterno, Allen Rock, que foi pastor.

A história da família de Rock foi retratada na série African American Lives 2 da PBS em 2008. Um teste de DNA mostrou que ele descende de Camarões, especificamente do povo Udeme, do norte do país. O tataravô de Rock, Julius Caesar Tingman, foi escravo por 21 anos antes de servir na Guerra Civil Americana como parte das United States Colored Troops (USCT). Na década de 1940, o avô paterno de Rock se mudou da Carolina do Sul para Nova Iorque para trabalhar como motorista de taxi e pastor.

Rock frequentou escolas em bairros predominantemente brancos do Brooklyn, onde sofria bullying e apanhava de alunos brancos. Conforme cresceu, o assédio piorou, e seus pais o tiraram da James Madison High School. Ele largou o ensino médio, mas obteve um GED (equivalente ao Exame Supletivo) posteriormente. Depois disso, Rock trabalhou em diversos restaurantes de fast food.

Everybody Hates Chris (primeira temporada): A história começa no condado de Brooklyn em Nova Iorque nos anos de 1982 e 1983. A família Rock se muda para uma casa no bairro de Bed-Stuy (onde só doido vai), vindos de um conjunto habitacional. Chris tem 13 anos e é o primogênito do casal, Julius e Rochelle, ele é o irmão mais velho de Drew, um garoto atlético e bonito que sempre é paquerado pelas garotas, bem diferente do Chris e da caçula Tonya, que é fã do cantor Billy Ocean e adora infernizar a vida dos irmãos.

Sua mãe, Rochelle, é uma mulher autoritária que tenta manter a família toda na linha, seu maior medo é que seus filhos usem drogas ou acabem no crime. Ela vive pedindo demissão de seus empregos e se gaba que seu marido tem dois empregos. Fã declarado da série, o educador ítalo-brasileiro Pierluigi Piazzi (1943-2015), comentou sobre a personagem: “Eu adoro. Meu ídolo, é a Rochelle. Se toda mãe fosse que nem a Rochelle, não teria problema nenhum.”

Seu pai, Julius, é uma pessoa extremamente trabalhadora, que luta pelo sustento de sua casa em dois empregos. Ele não gosta de gastar dinheiro excedente do necessário, fato que se tornou piada frequente na série.

Rochelle acha que se Chris estudar em uma escola fora de Bed-Stuy, ele terá chances melhores na vida, então ele acaba sendo matriculado na “Escola Secundária Corleone”, onde começa a cursar o sétimo ano. O problema é que a escola é longe de sua casa e é frequentada apenas por pessoas brancas, isso na época em que o racismo estava em seu auge em toda a América. Para piorar a situação, no primeiro dia de aula ele briga com o valentão da escola, Joey Caruso, um garoto racista, que passa a infernizar sua vida. Entre uma surra e outra, Chris acaba fazendo amizade com Greg, um garoto nerd que não sabe brigar, mas assim como Chris, sabe correr dos valentões. A escola ainda conta com a professora Morello, que tenta ser politicamente correta, mas acaba reforçando estereótipos raciais. Em meio a isso tudo, Chris vive seu primeiro amor (não correspondido) por sua vizinha, Keisha.

Everybody Hates Chris deveria se passar nos anos 1970, pois a infância de Chris Rock foi nessa década, porém estava sendo exibida uma outra série de muito sucesso que se passava nos anos 70, que se chamava That ’70s Show, então os produtores resolveram fazer uma mudança estratégica e trouxeram a série para os anos 1980. O título da série também é uma parodia da sitcom Everybody Loves Raymond.

Everybody Hates Chris (segunda temporada): Nesse período a história se passa nos anos de 1984 e 1985. Chris começa a trabalhar na Mercearia do Doc (DOC’s) para ajudar no sustento da família. Ele também começa a se apaixonar por sua vizinha Tasha, porém a avó de Tasha, Louise (Whoopi Goldberg), é uma mulher rabugenta que não gosta dele.

Nessa temporada, Chris resolve se candidatar a presidente do grêmio escolar, concorrendo contra Caruso, e também resolve ser DJ. Durante um assalto no DOC’s ele acaba conhecendo o bandido Malvo. Rochelle aluga o apartamento de cima para o Sr. Omar, um mórbido dono de uma funerária. Um professor substituto negro começa a dar aulas na Corleone, ficando no pé de Chris. Chris e Greg decidem matar aula para ir ao cinema assistir Os Caça-Fantasmas. Também é revelado que Julius é grande fã de novelas.

O ator Antonio Fargas, que ficou conhecido como Doc Harris, dono do DOC’s, interpretou o personagem Sr. Harris (Formigāo), na primeira temporada.

Everybody Hates Chris (terceira temporada): Nesse período a história se passa nos anos de 1985 e 1986. Nessa temporada, o próprio Chris Rock, participa no episódio “Todo Mundo Odeia o Orientador”. Ocorre também a primeira vez o qual Chris dirige, tendo que ir até a escola com o carro do pai (“Todo Mundo Odeia Dirigir”), tem a presença de um outro garoto negro na Corleone (“Todo Mundo Odeia O Novato”), e a tentativa de Chris de se tornar um descolado (“Todo Mundo Odeia Ser Descolado”).

Greg vai dormir na casa de Chris e conhece o pessoal de Bed-Stuy. Rochelle entra em um desfile de cabelos, promovido por Vanessa, e as meninas do salão fazem um penteado em forma de tsunami em seu cabelo. Julius descobre que é mais barato celebrar o Kwanzaa (cerimônia africana) do que o Natal. Chris vira um bad boy para impressionar Tasha. Ele também arruma um emprego no restaurante chinês do Senhor Fong. No dia das Dia das Mães, Chris presenteia Rochelle com um perfume “Pure Vodoo”, falsificado. Chris e Greg se despedem da Corleone.

Everybody Hates Chris (quarta temporada): Por fim a última temporada da série, passada em 1986 e 1987, Chris está com quinze anos, e já começa a manifestar algumas atitudes da adolescência como, desobedecer a mãe Rochelle. Chris e Greg vão para o Colégio Tattaglia, o qual não era composto somente por brancos, como a Corleone, porém Chris continua na mesma, além de ter que aguentar a Senhorita Morello, que também acaba indo para o Tattaglia, como diretora.

Somos apresentados a Peaches (Tisha Campbell-Martin), a mãe de Tasha que acabou de sair da cadeia e quer muito ser amiga da Rochelle. Tonya começa a trabalhar com Rochelle no salão de beleza da Vanessa. Julius começa a trabalhar para a funerária do Sr. Omar, recolhendo cadáveres. Chris decide entrar para o time de luta greco-romana para conseguir uma jaqueta do time e impressionar as garotas. Rochelle se esforça para perder peso fazendo toda a família entrar na dieta com uma bebida de emagrecimento. Chris e Greg compram identidades falsas para ir a um show. Greg quebra a perna, depois de ser atropelado acidentalmente por Chris e passa uma semana aos cuidados de Rochelle.

No último episódio, é revelado que no Tattaglia existe um limite de atrasos. Chris chegou 30 vezes atrasado e é “reprovado” no 1° Ano, então ele decide fazer o supletivo, onde precisa tirar 800 de 1000 para passar. Na última cena, quando Julius estaciona o caminhão, há uma câmera que filma o número 735 pintado em seu caminhão. Isto sugere a pontuação do supletivo de Chris, que, portanto, não passaria. Ainda no último episódio, durante a cena no restaurante, um homem, com óculos escuros e casaco cinzento fica encarando o Chris. Esse homem, seria, na vida real, o agente de Chris Rock que o levaria para ser comediante. O último episódio também é uma paródia do final da série The Sopranos.

Curiosidades: Os motivos do cancelamento da série são incertos. Há quem diga que a série terminou porque a audiência na emissora The CW estava muito baixa. A outra vertente é que, como 1988 foi o ano em que Julius Rock (pai de Chris Rock) faleceu na vida real, não havia sentido em incluir isso na série, tampouco continuá-la depois desse fato.

No Brasil, foi exibida em quatro emissoras, inicialmente no canal Sony e posteriormente na Record TV, TBS, e no Comedy Central. A série foi adquirida pelo Grupo Globo, e está disponível no catálogo do Globoplay desde agosto de 2019.

Em sua primeira temporada, Everybody Hates Chris teve aclamação por parte da crítica especializada. Com base de 32 avaliações profissionais, alcançou uma pontuação de 88% no Metacritic. Por votos dos usuários do site, atinge uma nota de 8.1, usada para avaliar a recepção do público. Everybody Hates Chris ganhou um NAACP Image Awards de melhor roteiro em 2007. Também foi indicado ao Globo de Ouro e ao Emmy Awards. Ao todo a série ganhou 13 prêmios.

Apesar e adorar todo o elenco da série, eu não poderia deixaria de falar de um dos maiores ícones da televisão e do humor moderno, Terry Crews, que no vídeo abaixo tem uma participação épica com o programa da Globo Casseta e Planeta Urgente.

Terry Crews: Terrence Alan Crews, conhecido como Terry Crews, nascido em Flint, 30 de julho de 1968, é um ator, comediante, apresentador, dançarino, ilustrador, ativista, dublador e ex-jogador de futebol americano estadunidense. Frequentou a Western Michigan University, onde jogava futebol. Jogou seis anos na NFL e, em 1996, usou sua experiência para co-escrever e co-produzir o filme independente “Young Boys Incorporated”. Aposentou-se da NFL em 1997 e se mudou para Los Angeles com o desejo de ser ator. Sua estreia ocorreu em 1999 quando foi selecionado para um programa de esportes radicais chamado “Battle Dome” com outros atores-atletas do mundo. É conhecido por ter interpretado Julius Rock na série Todo Mundo Odeia o Chris, Hale Cesar na série de filmes Os Mercenários, Nick Kingston-Person na série Are We There Yet? (série de tv), Latrell no filme As Branquelas, Sargento Terry Jeffords na série Brooklyn Nine-Nine e por suas aparições nos comerciais da marca Old Spice. Também estrelou um reality sobre sua própria família: The Family Crews.

Crews, um defensor público dos direitos das mulheres e ativista contra o sexismo, compartilhou histórias dos abusos sofridos por sua família nas mãos de seu pai violento. Foi incluído no grupo de celebridades nomeadas como Pessoas do Ano da revista Time, por compartilhar histórias de abuso sexual com o público.

Terry Crews cresceu em uma rigorosa casa, onde foi criado principalmente por sua mãe. Depois de ganhar o seu diploma do ensino médio na Flint Southwestern Academy, recebeu uma bolsa de estudos no prestigiado Center for the Arts em Michigan. Essa conquista foi logo seguida por uma bolsa na Art Excellence scholarship, e logo após ganhou uma bolsa de estudos integral, para futebol americano Western Michigan University.

Em uma aparição no programa Jimmy Kimmel Live, Terry Crews disse que seu primeiro emprego na indústria do entretenimento, estava trabalhando como um artista para WJRT em Flint, Michigan.

Atuou em A Mais Louca Sexta-feira em Apuros, Malibu’s Most Wanted, Starsky & Hutch, Um Voo Muito Louco, As Branquelas, Click, Os Mercenários e Todo Mundo em Pânico 5. Ganhou destaque por interpretar Julius Rock no seriado americano Todo Mundo Odeia o Chris. Crews também teve participação no clip Down da banda Blink 182 em 2004.

Também trabalhou em Golpe Baixo, com Chris Rock, Adam Sandler e Burt Reynolds, e em A Odisseia Final”, com Luke Wilson e Dax Shepard. Na televisão, Terry Crews participou da série “Platinum”, assim como de “CSI: Miami”, “The District”, “Todo mundo odeia o Chris”, “Eu, a Patroa e as Crianças” e fez uma participação especial no programa humorístico do Brasil, no quadro “Guerreiro, o bombeiro” do Casseta & Planeta, Urgente! exibido em 6 de maio de 2009. Está presente na série de comédia policial “Brooklyn Nine-Nine” do canal NBC que estreou em 17 de setembro de 2013 no papel do Sargento Terry Jeffords. Terry Crews foi escolhido para ter um personagem regular, o guerreiro urbano chamado T-Money. Segundo Crews, depois que participa nesta série diz que “defende a comédia e o feminismo”.

O primeiro trabalho de Crews na indústria do entretenimento foi como desenhista de tribunal em Flint, Michigan. Recebeu uma bolsa de arte da faculdade antes da bolsa de atletismo. Mais tarde, trabalhou como desenhista de esboço de tribunal para o WJRT. Durante sua carreira no futebol, Crews complementou sua renda criando retratos de colegas jogadores. Às vezes, era a renda principal da qual sua família dependia, normalmente trazendo US$ 5.000 para uma comissão de dois meses. Seu trabalho incluiu uma série de litografias licenciadas pela NFL. Ele acredita que seu lado imaginativo se transferiu para seu trabalho de ator.

Crews é co-fundador da empresa de design Amen & Amen, com a estilista Nana Boateng. Sua primeira coleção foi um conjunto de móveis e luminárias projetados por Ini Archibong.

No dia 11 de fevereiro de 2016, Terry Crews usou o Facebook por meio de um vídeo para desabafar sobre um vício que superou após muita luta, dificultado por conta da internet: o vício em pornografia. O ator contou que virava noites assistindo a conteúdo adulto e isso quase causou o fim de seu casamento, com Rebecca Crews. “A pornografia realmente bagunçou minha vida de várias formas”. Crews manteve o problema como um segredo durante muito tempo. Ele revelou o vício pela primeira vez em 2014, durante um talk show, e desde então dá declarações constantes sobre o tema para ajudar as pessoas que estão com o mesmo problema.

Em 2014, Crews lançou sua autobiografia, Manhood: How to Be a Better Man ou Just Live with One, onde revela que passou por uma reabilitação e, hoje, recomenda para as pessoas que passam por esse vício, que contem sobre o problema a pessoas de confiança, sendo esse o principal passo para a superação. Ele está livre da pornografia em excesso e fala que é “OK” ter o problema, pois muita gente sofre disso, mas é importante notá-lo e derrotá-lo. Segundo ele, a internet potencializa e alimenta esse vício – e o grande perigo é que a pornografia transforma pessoas em objetos e altera relações e sentimentos.

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