American Horror Story Apocalipse: 8ª Temporada

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de mais uma temporada de American Horror Story. AHS é uma série de televisão americana de terror criada e produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk. Descrita como uma série antológica, cada temporada é concebida como uma história independente, seguindo um conjunto de personagens e ambientações distintas, e um enredo com o seu próprio “começo, meio e fim”.

A primeira temporada, intitulada Murder House, tem como tema principal a infidelidade. Explorando temas como o amor, a família, e o perdão. A história ocorre em 2011, seguindo a família Harmon do psiquiatra Ben, sua esposa Vivien, e sua filha adolescente Violet que se mudam de Boston para Los Angeles depois de que Vivien tem um aborto, e Ben tem um caso extraconjugal. Os Harmon se mudam para uma mansão restaurada e logo se encontram com os ex-residentes da casa, os Langdon: Constance Langdon, e seus dois filhos, Tate, e Addie, e o desfigurado Larry Harvey. Ben e Vivien tentam reacender seu relacionamento, como Violet, sofrendo de depressão, encontra conforto com Tate. Os Langdon e Larry frequentemente influenciam a vida dos Harmon, como a família descobre que a casa é assombrada pelos fantasmas de seus antigos habitantes.

A segunda temporada, intitulada Asylum, tem como tema a sanidade. A história se passa em 1964 e acompanha os pacientes, médicos e freiras que ocupam a Instituição Mental Briarcliff, fundada para tratar e abrigar os criminosos insanos. Os administradores que dirigem a instituição incluem a severa Irmã Jude, a segundo em comando Irmã Mary Eunice e o fundador da ordem, o Dom Timothy Howard. Os médicos encarregados de tratar os pacientes no manicômio incluem o psiquiatra Dr. Oliver Thredson e o sádico cientista Dr. Arthur Arden. Os pacientes, muitos dos quais afirmam ser injustamente institucionalizados, incluem a jornalista lésbica Lana Winters, o acusado de assassino em série Kit Walker, e a suposta assassina Grace. Há também elementos espirituais e científicos que manipulam os habitantes do Briarcliff, incluindo possessão demoníaca e extraterrestres.

A terceira temporada, intitulada Coven, tem como assunto principal a opressão, especificamente das minorias. Mais de 300 anos se passaram desde os dias dos julgamentos de Salem, e o remanescente que conseguiu escapar está à beira da extinção e correndo perigo. Misteriosos ataques contra as bruxas estão aumentando e jovens garotas seguem para uma escola especial aberta em Nova Orleans, com o objetivo de aprender novas formas de proteção. Uma das novas alunas é a recém-chegada Zoe, que guarda um terrível segredo. Alarmada pelas recentes agressões, Fiona, a grande líder que estava afastada há um longo tempo, retorna para a cidade determinada a proteger o grupo das bruxas. A temporada possui elementos espirituais e relacionados com feitiçaria, incluindo caça às bruxas, feiticeiras, gnomos e vodu.

A quarta temporada, intitulada Freak Show, tem como tema principal a discriminação, com a história se tratando de acontecimentos em torno de um espetáculo de aberrações. As gravações dessa temporada foram realizadas em Nova Orleans, no entanto, a história se passa em Jupiter, Flórida, no ano de 1952. Ryan Murphy disse: “Se você olhar historicamente o que aconteceu no ano de 1952, há mais algumas pistas nesse ano. É um filme de época. Tentamos fazer o oposto do que fizemos antes. Jessica Lange já começou a praticar seu alemão, por isso estou muito animado!”.

A quinta temporada, intitulada Hotel, tem como principal tema o vício, passando-se nas dependências de um hotel macabro. O detetive John Lowe investiga uma série de crimes que o leva ao Hotel Cortez, onde ele encontra seu filho que havia desaparecido anos antes. O hotel é ambientado por fantasmas e funcionários que ali vivem. Dentre eles, estão Iris e Liz Taylor, as recepcionistas do hotel; Donovan, filho de Iris; e Sally, uma viciada em drogas que morreu na década de 1990. A proprietária do hotel, a Condessa, é uma vampira que faz de tudo para manter seu status e seus filhos, além de precisar matar sua sede de sangue.

A sexta temporada, intitulada Roanoke, tem como assunto principal a exploração. O enredo gira em torno de três partes, a primeira parte é dividida entre o episódio 1 ao 5, falando sobre os acontecimentos retratados por Shelby Miller, Matt Miller e Lee Harris sendo interpretados pelos atores Audrey Tindall, Dominic Banks e Monet Tumuslime. A segunda parte se divide entre os episódios 6 ao 9, com a renovação da série, Shelby, Matt, Lee, Audrey, Dominc, Monet e Rory voltam à casa onde moraram e gravaram, só que todos da produção morrem, sobrevivendo somente um. A terceira parte está abordada com o que ocorreu depois dos acontecimentos da “segunda temporada” da série e o que ocorreu com o sobrevivente de Roanoke.

A sétima temporada, intitulada Cult, tem como tema o medo. Após as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016, a cidade fictícia de Brookfield Heights, em Michigan, fica dividida. A proprietária do restaurante local, Ally Mayfair-Richards, está completamente perturbada pela vitória de Donald Trump e várias de suas fobias de longa data, incluindo coulrofobia, hemofobia e tripofobia, se intensificam com os recentes acontecimentos e ela tenta conseguir a ajuda de sua esposa, Ivy, e seu psiquiatra, Dr. Rudy Vincent, para curar suas fobias. Um dos residentes de Brookfield Heights, um sociopata manipulador chamado Kai, se alegra com os resultados das eleições e fica inspirado a seguir o poder político. Então, Kai forma um culto para conseguir realizar suas ideologias, contando com a ajuda de seus seguidores; entre eles, sua irmã Winter, os vizinhos Harrison e Meadow, além do detetive Jack Samuels e da repórter local Beverly Hope.

A Oitava Temporada estreou em 12 de setembro de 2018. O criador e produtor executivo da série, Ryan Murphy, anunciou que a temporada se passaria 18 meses no futuro, em outubro de 2019, e contaria com um tom de Asylum e Coven. Inicialmente, Ryan Murphy afirmou que a nona temporada provavelmente seria a temporada do crossover entre Murder House e Coven, no entanto, a oitava temporada foi escolhida para isso. Uma temporada crossover foi anunciada pela primeira vez em 30 de outubro de 2016. Em 19 de julho de 2018, foi anunciado na San Diego Comic-Con que o título da temporada seria Apocalypse. As filmagens da temporada começaram em 16 de junho de 2018. Em 1 de outubro de 2017, foi anunciado que Sarah Paulson, retornará para a oitava temporada e retrataria uma mulher usando aparelhos dentários. Em 20 de março de 2018, foi anunciado que Kathy Bates e Evan Peters iriam voltar e liderariam a temporada com Paulson. Em 4 de abril de 2018, foi anunciado que a atriz Britânica Joan Collins havia se juntado ao elenco como a avó do personagem de Evan Peters. Alguns dos atores de Cult como Adina Porter, Cheyenne Jackson, Billy Eichner, e Leslie Grossman também foram confirmados para retornar. Em 18 de maio de 2018, foi anunciado que a atriz Billie Lourd retornaria para a oitava temporada. Em 17 de junho de 2018, Emma Roberts, revelou que ela retornaria para a oitava temporada e estaria reprisando seu papel como Madison Montgomery de Coven. Ryan Murphy anunciou que todas as outras bruxas de Coven foram convidadas a voltar. Nesse mesmo mês, Murphy também afirmou que pediu Anjelica Huston para se juntar ao elenco, enquanto Paulson confirmou que ela reprisará seu papel em Coven, Cordelia Goode. Em julho de 2018, foi relatado que Jeffrey Bowyer-Chapman e Kyle Allen seriam convidados a participar da temporada. Em 26 de julho de 2018, Murphy revelou através de sua conta no Twitter que Cody Fern, ex-integrante do elenco de American Crime Story, se juntaria ao elenco como Michael Langdon na fase adulta, o Anticristo nascido durante os eventos de Murder House. Em agosto de 2018, o ex-integrante do elenco de Pose, Billy Porter, anunciou através de seu Instagram que apareceria na temporada. Mais tarde, durante a turnê de imprensa da Television Critics Association, foi anunciado que Jessica Lange apareceria no sexto episódio da temporada como sua personagem em Murder House, Constance Langdon. Depois que a FX lançou o primeiro teaser da temporada, a atriz Lesley Fera revelou através de seu Twitter que apareceria no primeiro episódio da temporada. Mais tarde, Ryan Murphy confirmou através de seu Twitter que Taissa Farmiga, Gabourey Sidibe, Lily Rabe, Frances Conroy e Stevie Nicks apareceriam durante a temporada, com Gabourey Sidibe reprisando seu papel de Coven, Queenie. No mesmo mês, Angela Bassett, que apareceu em quatro temporadas anteriores, confirmou que não apareceria na temporada.

Crítica:

O que mais gosto em AHS é a inovação, não importa se eu amo o desenrolar ou não, tudo na série é mutável, polêmico, camaleônico, conceitual e as vezes nonsense, as situações são completamente fora do padrão televisivo e raramente eu desisto de uma temporada. As minhas preferidas são Murder House, Asylum, Hotel e Roanoke, mas principalmente as duas primeiras temporadas que eu assistiria facilmente de novo e que foram bem polêmicas. Tudo é bem feito, cheio de identidade e referências sociais, além do próprio conteúdo no Universo AHS. Posso dizer que a oitava temporada me pegou despreparado, não pelo conceito “The Walking Dead”, que já conhecemos tão bem, de mundo pós apocalíptico, onde cada ser humano esquece seus conceitos sociais ou religiosos, e revela todo pior que há em sua alma, mas pelo clima claustrofóbico, pelas referências as primeiras temporadas e pelo simples fato de que tudo pode ser uma pegadinha clássica e todos serem enganados por motivos ainda não explicáveis, há um que de “Big Brother” na própria série, ou mesmo de “Reallity Show” em que uma farsa não seria assim tão implausível, ou na verdade, a cara do programa. Como a série é curta, isso na verdade sempre foi um ponto forte, pois as séries de 24 capítulos tendem a monotonizar, a enrolar no meio da temporada, para criar um clima final, mas AHS costuma a ser direta, com desfechos no meio da temporada, com grandes viravoltas garantidas no roteiro, para pegar o espectador de jeito.  Voltando ao clima claustrofóbico e pagão da 8ª temporada, gostei do que vi e ainda espero mais para frente. Não vou discutir, que mesmo assim, está bem longe das duas primeiras e excelentes temporadas, mas uma crítica não pode deixar de elogiar a inovação, e por mais erros que AHS tenha, cada temporada é uma história nova de histeria popular, conto americano, terro beirando o gótico e lendas urbanas. Tudo isso vale muito a pena.

 

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