Se Você não achou La La Land o melhor filme de todos os tempos, amigo, você não está sozinho no Universo.

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje defendo as pessoas que gostaram de La La Land, mas não acharam o melhor filme do século.

La La Land – Cantando Estações (2016): Direção Damien Chazelle, produção Fred Berger, Gary Gilbert, Jordan Horowitz e Marc Platt. roteiro Damien Chazelle, elenco Ryan Gosling, Emma Stone, John Legend, Finn Wittrock, Rosemarie DeWitt e J.K. Simmons. Música Justin Hurwitz, cinematografia Linus Sandgren, edição Tom Cross, produtora Gilbert Films, Impostor Pictures e Marc Platt Productions e distribuição Summit Entertainment.

La La Land – Cantando Estações: É um filme americano que segue a história de um músico e uma aspirante a atriz que se conhecem e se apaixonam em Los Angeles. O título é uma referência à cidade na qual o filme é ambientado e ao termo lalaland, que significa estar fora da realidade. Chazelle idealizou o roteiro em 2010, mas não conseguiu reproduzi-lo tão rápido devido à falta de estúdios dispostos a financiá-lo ou aceitá-lo como estava escrito. No entanto, após o sucesso de seu filme Whiplash (2014), o projeto foi apoiado pela Summit Entertainment. La La Land teve sua primeira aparição no Festival de Cinema de Veneza em 31 de agosto de 2016 e lançado de forma limitada em seu país de origem em 9 de dezembro. Desde então, arrecadou mais de 98 milhões de dólares em todo mundo.

O Longa recebeu inúmeras críticas positivas e foi considerado um dos melhores filmes de 2016. Os críticos elogiaram o roteiro e a direção de Chazelle, as performances de Gosling e Stone, a trilha sonora de Justin Hurwitz e os números musicais. Na edição do Globo de Ouro de 2017, a obra estabeleceu um recorde de mais prêmios conquistados, com sete vitórias: melhor filme de comédia ou musical, melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor roteiro, melhor trilha sonora e melhor canção por “City of Stars”.

Enredo: Em uma movimentada estrada de Los Angeles, Mia (Emma Stone), uma barista no estúdio e aspirante a atriz, cai em um momento de raiva com Sebastian (Ryan Gosling), um pianista de jazz. Sua audição mais atrasada vai mal apesar de seus esforços. Naquela noite, as companheiras de quarto de Mia a levam a uma festa luxuosa nos Hollywood Hills. Ela tem que dar um longo passeio de volta para seu apartamento depois de encontrar seu carro rebocado. Durante um show em um restaurante, Sebastian entra em uma apaixonada improvisação de jazz, apesar das advertências explícitas do proprietário (J. K. Simmons). Mia ouve a música ao passar pelo restaurante. Movida, ela entra no momento em que Sebastian é despedido. Enquanto ele sai, no meio de uma tempestade, Mia tenta cumprimentá-lo, mas ele a ignora. Meses mais tarde, Mia se depara com Sebastian em outra festa onde ele toca, com uma banda, músicas dos anos 80, onde ela brinca com ele. Após o show, os dois andam juntos para encontrar seus carros. Eles lamentam estar na companhia um do outro, apesar da química clara entre eles. Sebastian leva Mia para um clube de jazz, explicando sua paixão pelo jazz e seu desejo de dirigir seu próprio clube, além de reforçar sua paixão como atriz. Eles se aquecem um ao outro. Para ajudá-la a se preparar para outra audição, Sebastian a convida para um encontro no cinema. Mia sai de um encontro duplo com seu namorado e seu irmão e corre para o teatro, encontrando Sebastian assim que o filme começa.

Os dois concluem seu encontro com uma dança no Observatório Griffith (Planetário). Depois de mais várias audições fracassadas, Mia decide escrever uma peça pessoal de uma única atriz, por sugestão de Sebastian. Sebastian começa a tocar regularmente no clube de jazz e os dois vão morar juntos. Keith (John Legend), um colega de escola de Sebastian, o convida para tocar teclado em sua banda de jazz, que oferece uma fonte constante de renda. Sebastian está consternado com o estilo pop da banda, mas decide assinar com eles. Mia assiste a um de seus concertos, mas se preocupa, sabendo que esse não era o sonho de Sebastian. Durante a primeira turnê da banda, Mia confronta Sebastian, que por sua vez afirma que é o que ele queria, antes de acusá-la por gostar dele apenas quando ele era menos bem sucedido. Insultada, Mia sai. Na noite de estréia da peça de Mia, Sebastian não aparece devido a uma sessão de fotos que ele havia esquecido. Apenas algumas pessoas assistem ao show e Mia escuta comentários negativos dos bastidores. Deprimida, ela deixa Los Angeles e volta para casa para Boulder City, Nevada. Um dia, Sebastian recebe um telefonema de uma diretora de elenco que participou e apreciou a peça de Mia.

Ela convida Mia para uma audição na manhã seguinte. Sebastian dirige para Boulder City e persuade Mia para retornar. Mia é simplesmente convidado a contar uma história para a audição. Ela começa a cantar sobre sua tia que a inspirou a seguir atuando. Confiante de que a audição foi um sucesso, Sebastian afirma que Mia deve dedicar-se sinceramente à oportunidade. Eles dizem que sempre se amarão e verão onde as coisas vão entre os dois. Cinco anos depois, Mia é uma atriz famosa e casada com outro homem (Tom Everett Scott), com quem ela tem uma filha. Uma noite, o casal acaba entrando em um bar de jazz, supostamente, aleatório. Percebendo o logotipo do Seb, Mia percebe que Sebastian finalmente abriu seu próprio clube. Sebastian reconhece Mia na multidão e começa a tocar seu tema de amor, provocando uma sequencia de sonho em que os dois imaginam o que poderia ter sido em um estilo tradicional de Hollywood com eles beijando a primeira noite no restaurante, Mia sendo uma atriz e Sebastian tocando em seu clube, e eles vivendo feliz com seu filho. Mia sai com o marido. Antes de sair, ela compartilha com Sebastian um último olhar e sorriso, felizes pelos sonhos que eles conseguiram.

Crítica: La La Land é um sucesso de bilheteria e criticas, não vou negar. O filme tem o reconhecimento mundial como uma obra de arte do diretor Damien Chazelle, do incrível Whiplash (2014), sim, eu também vi isso. O trabalho do ator Ryan Gosling (Dois Caras Legais) é impecável, tanto cantando, dançando e tocando piano, também reconheço isso, mas é no roteiro lento, duvidoso e copiado que o filme me incomodou mesmo, na metade dando muito sono inclusive. La La Land é uma grande homenagem a filmes e musicais dos anos 50 e 60, principalmente como Cantando na Chuva (1952), inclusive modernizando os papéis principais de Geny Kelly e Debbie Reynolds. Só a atualização não tem um ritmo inovador, como Chicago (2002), Moulin Rouge (2001) ou Rock of Age (2012), é simplesmente um reboot, muito bem feito, é claro. Ok, como nosso casal preferido e meus chefes, CK e Jack the Ripper, defenderam o filme falando que diferente desses citados, La LaLland tem o ritmo dos anos 50 e fala de amor, incondicional e cheio de sacrifícios pessoais.

O amor pelos sonhos e o amor pelo próximo, entrando em conflito, apenas puro amor. Só que aí é que realmente me incomodou, não há um amor incondicional entre os dois personagens do filme. O personagem duro e mesquinha da atriz Emma Stone, não diminuindo o valor de sua atuação, não ama realmente o personagem de Ryan Gosling. Mia ama Sebastian e o incentiva apenas até que o sucesso bata a porta do músico e não a dela. A partir daí a personagem é mesquinha, abandona tudo e se tranca no seu fracasso. Cabe a Sebastian abandonar seu trabalho, arriscar seu sonho, arriscar seu amor por Mia, para que esta consiga, mimadamente, o que mais quer, ser uma atriz.

Ela já tinha desistido do amor e do trabalho, é Sebastian que a carrega nos braços e faz tudo para que ela seja alguém em Paris, e mesmo ele não tendo ninguém após anos, ela o esquece, casa e tem um filho. O amor de Sebastian representou um trampolim na carreira de Mia, apenas isso. Muitos vão dizer que isso, que este sacrifício de Sebastian é que vale o roteiro, mas não é verdade, porque a verdade sobre o sacrifício de Mia é que ele não existiu em nenhum momento. Isto realmente me incomodou e tirou meu foco da metade para o final do filme, talvez propositalmente feito pelo diretor ou não. Isso não tira a grandeza da produção, mas tira bastante a minha vontade de idolatrar o filme.

Curiosidades: Sendo baterista, Damien Chazelle demonstra forte predileção por filmes musicais. Ele idealizou o roteiro de La La Land em 2010, quando a indústria cinematográfica ainda parecia distante para o diretor. Sua ideia para o filme era de “retomar o velho musical, mas acrescentar elementos verossímeis, da vida real”, assim como homenagear e saudar pessoas que se mudam para Los Angeles, cidade onde se passa a história, para perseguir seus sonhos. A narrativa foi concebida quando ele ainda era estudante da Universidade de Harvard, ao lado de seu amigo Justin Hurwitz. Anteriormente, ambos exploraram o conceito em sua tese por meio de um musical de baixo orçamento sobre um músico de jazz de Boston, intitulado Guy and Madeline on a Park Bench. Chazelle foi influenciado por outros filmes musicais que prestaram homenagens a metrópoles, como Manhatta (1921) e Tchelovek s kinoapparatom (1929).

Depois de se formar, se mudou para Los Angeles (LA) e continuou a escrever o roteiro. “LA, ainda mais do que qualquer outra cidade americana, obscurece, às vezes negligencia, sua própria história. Mas isso também pode ser sua peculiaridade mágica, já que é uma cidade que se revela pouco a pouco, como uma cebola, se você tiver tempo para explorá-la.” Damien Chazelle recebeu vários prêmios e indicações pela direção e roteiro. Em vez de replicar LA aos encantos de Paris ou San Francisco, o cineasta deu preferência às qualidades e aos elementos que a tornam distinta: o tráfego, a expansão e a atmosfera. O estilo e o tom do filme foram inspirados nas obras Les Parapluies de Cherbourg (1964) e Les Demoiselles de Rochefort (1967), de Jacques Demy, especialmente o último, que tematiza o jazz e alude visualmente a clássicos de Hollywood, como Broadway Melody of 1940, Singin’ in the Rain e The Band Wagon. Há também certa semelhança com o último trabalho de Chazelle, Whiplash (2014), em termos de desenvolvimento dos temas, já que os dois “abordam a luta de ser artista e conciliar seus sonhos com as necessidades humanas; La La Land apenas os retrata mais serenamente”. Ele também admite que ambos os filmes refletem sua própria carreira como cineasta, a caminho do estrelato de Hollywood. La La Land é, em particular, uma história sobre suas experiências deslocando da costa leste estadunidense a Los Angeles, com a ideia preconcebida de que tudo seria “shoppings e autoestradas”.

Chazelle esteve incapaz de produzir o filme por anos, já que nenhum estúdio estava disposto a financiar um musical original contemporâneo sem canções familiares e fora dos padrões de construção de uma base de fãs. Além disso, The Hollywood Reporter chamou musicais de jazz de “gênero extinto”. O diretor, no entanto, não desistiu de colocar em prática o projeto e acreditou que Hurwitz e ele poderiam ter potencial para encontrar financiadores do filme. Portanto, conseguiram se contatar com amigos, que apresentaram Jordan Horowitz e Fred Berger, os quais se firmaram na Focus Features e liberaram um orçamento de um milhão de dólares. No entanto, o estúdio exigiu algumas modificações no roteiro: a protagonista masculina deveria ser alterada de pianista de jazz para músico de rock, o tema de abertura deveria ser menos complicado e o final poderia ser descartado. Chazelle não concordou com as exigências da Focus e desistiu de firmar o contrato. Dessa forma, o diretor decidiu escrever Whiplash primeiro, uma vez que apresentava um conceito mais fácil de atingir o público e um investimento menos arriscado.

Após receber inúmeros elogios pela crítica no Festival Sundance de Cinema, em janeiro de 2014, Chazelle continuou se esforçando tirar La La Land do papel. Um ano depois, sua obra recebeu cinco indicações ao Oscar 2015, incluindo melhor filme e melhor roteiro adaptado, arrecadando quase 50 milhões de dólares em todo o mundo e, por consequência, atraindo a atenção de estúdios. Enfim, cinco anos após a idealização de La La Land, a Summit Entertainment e a Black Label Media concordaram em investir no filme e distribuí-lo, juntamente com o produtor Marc Platt, após executivos do estúdio se impressionarem com o sucesso crítico e comercial de Whiplash. Patrict Wachsberger, que anteriormente trabalhou em Step Up, ajudou a aumentar o orçamento do filme com a justificativa de que “bons musicais não são baratos”.

Ryan Gosling teve que aprender sapateado e piano para compor sua personagem. Com o empecilho de Emma Watson, Emma Stone estrela como Mia, uma aspirante a atriz que trabalha como barista em um café da Warner Bros., em Los Angeles, servindo celebridades cinematográficas entre as audições. Stone revelou que é apaixonada por musicais desde quando assistiu Les Misérables com oito anos de idade, afirmando que “a explosão musical sempre é um verdadeiro sonho”; além disso, falou que seu filme favorito é a comédia romântica City Lights (1931), de Charlie Chaplin. Quando criança, era líder de torcida em sua escola e estudou balé.

Ela se mudou para Hollywood com quinze anos e conheceu Chazelle em 2014, enquanto trabalhava em Cabaret, sua estreia na Broadway. Após a repercussão positiva da peça teatral, o cineasta dialogou bastante com a atriz sobre La La Land, que demonstrou interesse em atuar. Em sua preparação para o papel, assistiu a diversos filmes de Fred Astaire e Ginger Rogers. Ryan Gosling foi selecionado para interpretar o par romântico de Mia, Sebastian, um pianista de jazz o qual sobrevive fazendo shows em bares sujos e almeja abrir seu próprio clube. Assim como Stone, Gosling também trouxe para o filme experiências pessoais. Chazelle se encontrou em um bar próximo a casa do ator, em Hollywood Hills, para confirmarem seu contrato, firmado após participar de The Big Short. O diretor demonstrou interesse por atores bem jovens, adequados à caracterização das personagens principais: recém-chegados em Los Angeles.  Chazelle afirmou que as protagonistas “se sentem como um velho casal de Hollywood, semelhante a Spencer Tracy e Katharine Hepburn ou Dick Powell e Myrna Loy”, além de que essa é a terceira colaboração entre Stone e Gosling, os quais já se encontraram em Crazy, Stupid, Love e Gangster Squad. Ambos tiveram que aprender a cantar e dançar as seis canções originais do filme.

O restante do elenco J. K. Simmons, Sonoya Mizuno, Finn Wittrock, Rosemarie DeWitt e John Legend  foi anunciado entre julho e agosto de 2015. Durante a fase de pré-produção, Miles Teller e Emma Watson estavam cotados para protagonização da obra; no entanto, Gosling e Stone os substituíram devido à realização de outros filmes, que buscaram a interpretação de Teller e Watson. O ator conversou com Chazelle durante as filmagens de Whiplash, mas entrou em conflito com a produtora executiva de War Dogs, a qual queria sua participação no filme. Em primeiro momento, The Hollywood Reporter informou que a saída de Teller se deu devido à demanda de pagamento de 4 milhões de dólares; todavia, o ator negou a notícia e falou que “tudo dito era besteira, uma publicação sensacionalista”.

O filme foi coreografado por Mandy Moore e os ensaios ocorreram em um escritório de produção da Atwater Village entre três e quatro meses, com início em maio de 2015. Nesse escritório, Gosling praticou piano, Stone trabalhou com Moore e a figurinista Mary Zophres teve seu próprio espaço de atividade. A coreógrafa enfatizou que a atriz principal deveria enfatizar a emoção em vez da técnica em sua atuação, o que seria fundamental para expressar a mensagem de La La Land. Para ajudar o elenco a obter criatividade, Chazelle exibia em seu estúdio filmes clássicos que serviram de inspiração, sextas-feiras à noite, como Top Hat e Boogie Nights.

O Judge Harry Pregerson Interchange e o Observatório Griffith servem para a cena de abertura e a cena em que Mia e Sebastian flutuam, respectivamente. Chazelle queria Los Angeles para ser o cenário principal do filme desde a idealização do roteiro, comentando que “há algo muito poético na cidade, habitada por pessoas com sonhos e que buscam torná-los realidade”. Desde o início, queria números musicais do início ao fim, com elementos da década de 1950, o uso do CinemaScope e a realização em um único take, como se apresentou nos filmes de Fred Astaire e Ginger Rogers.  A filmagem começou a ser executada em 10 de agosto de 2015 em mais de sessenta locais da cidade, incluindo o Centro, casas da Hollywood Hills, Angels Flight, Colorado Street Bridge, South Pasadena, Homer Laughlin Building e Watts Towers, com inúmeras cenas gravadas em uma só tomada. Essa fase do filme demorou 42 dias, finalizando em setembro de 2015. A sequência de abertura pré-créditos foi a primeira a ser filmada, a qual foi feita em uma rampa da rodovia que liga a Interstate 105 a Interstate 110, levando ao Centro de Los Angeles. Essa parte foi gravada em dois dias e exigiu mais de cem dançarinos.O designer de produção David Wasco comentou: “pensei que alguém cairia e morreria [na realização dessa cena]”. Como primeira impressão, Chazelle queria demonstrar a dimensão da cidade e comparou com a passagem de The Wizard of Oz (1939), a qual mostra a estrada de tijolos amarelos que conduz à Cidade das Esmeraldas.

Angels Flight foi reaberto por um dia apenas para a gravação de La La Land. O cineasta buscou lugares antigos que estavam a ruína ou foram arrasados. Um exemplo é Angels Flight, ferrovia fechada em 2013 após um descarrilamento; tentativas para reparar e reabri-la foram em vão. A equipe de produção conseguiu permissão para gravar no local por um dia. Mia, a protagonista, trabalha em um café próximo aos lotes de estúdio, os quais Chazelle considera como “monumentos” de Hollywood. O designer, Wasco, também criou diversos cartazes de filme falsos para aparecer no cenário; dentre esses pôsteres, estava uma versão de 1930 da primeira produção do cineasta, Guy and Madeline on a Park Bench (2009). A cena de seis minutos no Prius havia de ser realizada durante o breve momento da ‘hora mágica’ do pôr do sol.[16] Para sua conclusão, foram necessários oito takes e dois dias de filmagem.

Gosling e Stone erravam bastante entre as tomadas, principalmente nos números musicais, mas Chazelle se demonstrou compreensível. Ele passou quase um ano editando o filme ao lado de Tom Cross, em busca da configuração desejada para La La Land. As canções e a trilha sonora de La La Land foi composta e orquestrada por Justin Hurwitz, que estudou com Chazelle na Universidade de Harvard e já trabalhou nos outros dois longa-metragens do cineasta. As letras das canções foram escritas por Pasek and Paul, com exceção de “Start a Fire”, criada por Hurwitz, John Stephens, Marius de Vries e Angelique Cinelu. Foram repercutidos dois álbuns: La La Land: Original Motion Picture Soundtrack e La La Land: Original Motion Picture Score.

La La Land teve sua primeira aparição mundial no Festival Internacional de Veneza, como filme de abertura na noite de 31 de agosto de 2016. A obra também foi exibida no Festival de Cinema de Telluride e no Festival Internacional de Cinema de Toronto após 12 de setembro de 2016, no Festival de Cinema de Londres e no Festival de Middleburg no final de outubro do mesmo ano, no Festival de Cinema de Virgínia em 6 de novembro e, por fim, na AFI Fest em 15 de novembro de 2016. Inicialmente previsto para estrear em 15 de julho, foi anunciado que o filme teria lançamento limitado em 2 de dezembro, antes de se expandir em 16 de dezembro. Chazelle mudou a data de estreia porque acreditava que julho não era o momento certo para o contexto do filme. No entanto, a transmissão limitada foi adiada pela distribuidora em 9 de dezembro, quando apareceu em cinco locais; expandiu-se para duzentos cinemas no dia 16 e foi para todo o país de origem em 25 de dezembro de 2016. Estreou, no Brasil, em 19 de janeiro de 2017, com pré-estreia em 12 de janeiro, pela Paris Filmes e, em Portugal, no dia 26 de janeiro de 2017 pela Pris Audiovisuais. Em 19 de janeiro de 2017, La La Land já arrecadou 81,3 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos e no Canadá e 55 milhões em outros territórios, totalizando assim 136,3 milhões, contra um orçamento de produção de 30 milhões de dólares.

A obra cinematográfica de Chazelle teve um lançamento limitado em cinco teatros de Los Angeles e Nova Iorque em 9 de dezembro de 2016, faturando 881 104 dólares nessa aparição prévia, média de 176 221 por teatro. Uma semana depois, o filme se expandiu para duzentos cinemas e arrecadou 4,1 milhões de dólares, terminando em sétimo lugar na bilheteria estadunidense. Houve um aumento de 366% em relação à semana anterior. Emma Stone recebeu vários elogios por sua atuação. La La Land foi recebido com grande aclamação pela crítica estadunidense, com elogios ao roteiro e à direção de Chazelle, a performance de Stone e Gosling, a trilha sonora de Hurwitz e os números musicais. No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme recebeu 93% de aprovação baseado em 242 análises recolhidas, e foi descrito como: “[um filme que] respira a vida nova em um gênero antigo, com direção segura, interpretações poderosas e um excesso irresistível de leveza”. Pelo Metacritic, La La Land garante a mesma avaliação, agora com base em 51 comentários, ressaltando a “abrangência universal”. Peter Travers, da Rolling Stone, nomeou La La Land como seu filme preferido de 2016. O crítico britânico Peter Bradshaw, do The Guardian, deu ao filme cinco de cinco estrelas e o caracterizou como “uma obra-prima musical cheia de luz”. Tom Charily, da revista Sight & Sound, revelou que “Chazelle trabalhou com algo raro: uma comédia verdadeiramente romântica, uma rapsódia em azul, vermelho, amarelo e verde”. Diana Dabrowska pronunciou que “[o romance] parece com o mundo do qual sonhamos, mas também revela a crueldade que pode minar desses sonhos”. A. O. Scott, da The New York Times, elogiou o filme afirmando que “é composto por uma fantasia efervescente, uma fábula cabeça-dura, uma comédia romântica e um melodrama showbiz, artifício sublime e comovente autenticidade”.

A crítica Kelly Lawler, do USA Today, observou que a personagem de Ryan Gosling, Sebastian, é uma espécie de “salvador branco”, devido à “sua busca (e eventual êxito) para salvar o gênero musical tradicionalmente da cultura africana”. A visão de Lawler foi compartilhada com Ruby Lott-Lavigna, da Wired, Anna Silman, da New York Magazine, e Ira Madison III, da MTV News. La La Land recebeu quatorze indicações ao Oscar 2017 em treze categorias, igualando o número de nomeações de Titanic (1997), de James Cameron, e All About Eve (1950), de Joseph L. Mankiewicz. As categorias em que a obra está concorrendo são melhor filme, melhor diretor, melhor ator para Ryan Gosling, melhor atriz de Emma Stone, melhor roteiro original, melhor edição de som, melhor mixagem de som, melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor figurino, melhor edição e duas indicações a melhor canção original: “City of Stars” e “Audition (The Fools Who Dream)”.

Na edição do Globo de Ouro de 2017, La La Land recebeu sete indicações e venceu em todas as categorias nomeadas, estabelecendo um recorde na premiação. A obra conquistou os prêmios de melhor filme de comédia ou musical, melhor direção, melhor ator para Gosling, melhor atriz para Stone, melhor roteiro, melhor trilha sonora e melhor canção para “City of Stars”. A obra também foi a recordista de indicações no BAFTA 2017, que ocorrerá no dia 12 de fevereiro. No Critics’ Choice Movie Awards, La La Land conquistou oito prêmios, incluindo melhor filme, diretor e roteiro original.

Gostou da matéria, é só seguir o meu instagram para acompanhar lançamentos e opinar: https://www.instagram.com/marcelo.moura.thor/

Mais do NoSet

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *