Saindo da Zona de Conforto – “O Que Te Move?”

Já imaginou se todo o conforto e estabilidade que você sente é por estar na zona de conforto? E se o conforto e a estabilidade não forem exatamente o que você deseja da vida, como você deverá sair da zona de conforto?

São essas e outras questões que Fernando Moraes, teólogo, sociólogo, filósofo e bacharel em direito, tenta resolver, ou mostrar meios de resolução, em seu livro “O Que Te Move?”.

Ele parte da premissa que todos os seres humanos têm propósitos de vida e que muitos se acomodam, aceitam o mínimo, acham que o tal propósito é impossível. Com isso ele desenvolve 19 capítulos com diferentes pontos de vista sobre como movimentar a vida, sempre, logicamente, saindo da zona de conforto.

Primeiro ele fala como ser protagonista da própria história, deixando de lado padrões para que a sua vida seja sua. No segundo capítulo entre em um assunto polêmico, o fazer o bem, afirmando que de nada vale fazer caridade, filantropia, quando o foco é ser bem visto na sociedade, não de fato fazer algo de bom a alguém.

Continuando no tema, o terceiro e quarto capítulos giram em torno de saber como ser bom a alguém e para si mesmo e como trabalhar o ego de forma positiva.

Daí muda-se o foco, começa a falar sobre como todos fazemos coisas mecânicas, sem pensar, e, talvez por isso, muitos detalhes do cotidiano são deixados de lado, impedindo-nos de evoluir. Para mudar isso é preciso treinar o olhar para esses detalhes, saber quais as prioridades e assim descobrir o que te move.

Ele afirma que uma vez que podemos pensar e aprender a dar prioridade podemos dar vida a sociedade, tomando cuidado com a história de cada membro dela. Logicamente devemos ser indivíduos, mas também precisamos aprender a dar a identidade aos grupos sociais em que vivemos, tornando objetivos individuais em objetivos comuns.

Vários são as expressões de Fernando de Moraes usa e até modifica o significado de outras. O que mais me chamou atenção foi como ele usa o termo “espantar”, ele o põe como elemento de transformação, é deixar de aquele movimento mecânico já citado para se deixar se espantar com novidades.

Nessa passagem ele diz que nós quase não nos espantamos ultimamente e isso me fez refleti que sou assim, não pelo comportamento mecânico, mas pelo cotidiano na “mesmice”.

E posso refletir ainda mais: não é assustador não nos espantarmos mais cm notícias de assassinatos e outros crimes bárbaros, simplesmente por estes serem tão comuns?! Será que isso nos deixa menos humanos?!

No último capítulo do livro ele mesmo apresenta o que o move e, suma, é o fato de dar esperança e possibilitar mudar vidas. Isso é bem marcante, uma vez que o prefácio é escrito por uma ex-aluna dele, ela afirma que ele a fez se a protagonista dela mesma.

Entre os capítulos ele traz frases de pensadores como Victor Hugo, Nelson Mandela, Nilton Bonder, Volteire, dentre outros. Ao longo dos capítulos ainda citou Paulo Freire e outros revolucionários da educação e da pedagogia, mostrando seu amplo conhecimento em diversas áreas para poder ter propriedade de nos mostrar o que nos move.

O livro é pequeno, 159 páginas, vale a pena a leitura de final de semana para começar a semana com outra visão e, que sabem, mudar os rumos da vida para um lado ainda mais positivo.

Beijinhos e até mais.

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