O Conde de Monte Cristo

Já falei algumas vezes pelo meu fascínio pelos filmes de época. Por um lado eu amo história, então qualquer filme que retrate um momento histórico já é um atrativo para mim. Do outro, amo ver os figurinos de cada época, dependendo do local onde se passa, e o modo de cada geração de falar.

O filme escolhido de hoje, “O Conde de Monte Cristo” (“The Count of Monte Cristo – 2002), não tem base em um fato histórico, mas no romance da literatura francesa, “Le Comte de Monte-Cristo”, escrito por Alexander Dumas, aquele mesmo de “Os Três Mosqueteiros”. Ainda não li o livro (quero muito ler), mas sou apaixonada pelo filme e direi minhas razões.

Quando eu era pequena, e o filme passava na Tela-Quente da Globo, eu me achava tão erudita e madura, porque conseguia ficar acordada até tarde para assistir um filme de época. Naquela época eu nem sei porque gostava, eu simplesmente não me cansava de assistir. Hoje, eu assisto (e já algumas muitas vezes) e percebo os detalhes geniais da trama.

Antes de continuar com as minhas razões devo contar um pouco da história, até porque faz parte de toda a graça.

Edmond Dantès é um jovem de um família humilde de Paris e servia como imediato em uma embarcação, ele tem uma namorada, praticamente noiva, Mercedès. Eles dois têm um amigo em comum, Fernand Montego, que vinha de uma família rica, era muito ambicioso e tinha ciúmes do casal, queria a moça para ele.

Ferdnand se aproveitou da ingenuidade de Edmond, conseguiu arquitetar um plano junto com outros amigos de sua classe social para o incriminar. O resultado é que Edmond é acusado e condenado a prisão no Castelo de If, o crime foi, supostamente, ser Bonapartista (simpatizante de Napoleão Bonaparte), porque encontraram uma carta que estava endereçada ao líder exilado.

Edmond passou anos preso no tal Castelo, seu companheiro de cela era um clérigo, que o ensina alguns truques para conseguir fugir dali. Depois que seu amigo morre (de velhice), Edmond consegui sair dali e encontrar abrigo em um navio, o “The Young Amelia”, aprendendo a como se defender e, principalmente, como se vingar. Ele saí do navio e leva com ele Jacopo, o marinheiro, para que ele o ajude em sua empreitada.

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Primeiro Edmond vai até Paris, ver como estão vivendo aqueles que armaram para ele e rever um velho amigo de seu pai (para saber o destino dele). Depois ele vai atrás de um tesouro, que seu amigo de cela havia falado tanto. O Tesouro estava nas cavernas de lugar chamado Monte Cristo. Agora com dinheiro, Edmond se torna o Conde de Monte Cristo e começa a sua vingança muito bem aramada.

Ninguém o reconhece, a não ser Mercedès, que está casada e tem um filho com Ferdnand. Mas ele tenta despistar o antigo amor, porque acha que ela estava envolvida na traição. Podendo passar despercebido pela corte parisiense, Edmond entrega a polícia cada um de seus antigos inimigos.

Contudo percebe que não está no caminho certo, ele ver que não encontraria a paz de espírito que tanto procurava desta forma. Além disso descobre de Mercedès nada sabia da traição e agora é o momento deles finalmente ficarem juntos.

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Ufa! O moço passa de um simples funcionário, quase casado com o amor de sua vida, para traidor e prisioneiro, depois volta a trabalhar em um navio, mas aí consegue ficar rico e se torna conde, tudo para voltar a viver onde vivia e ter uma consciência limpa, mas se arrepende da forma como o fez.

Muita coisa é passada nesta história, o fato de nem todos ao seu redor merecem sua confiança e amizade; as várias lições que podemos tirar de cada situação que passamos, por mais ruim que possa ser; a vingança pode parecer boa, mas realmente pode matar a alma do vingador; nem todo o dinheiro do mundo pode te fazer feliz, se você não fizer o que é certo; todo mundo tem um pouco de escuridão em você, que pode se manifestar diante de situações extremas; e, a mais melosa de todas, o amor se reconhece apesar de toda uma vida passada.

Acho que deu para entender porque gosto tanto do filme, ele passa lições que só uma literatura tão densa, quando a francesa do século XIX poderia fazer. Além do mais tem pelo menos um fato histórico no cenário geral: o filme começa em 1815, data do exílio de Napoleão em Elba, fato que contribui para a condenação do moço.

Como sempre, tem minha paixão pelo elenco. Para minha defesa, quando eu era pequena não tinha muita ligação com ator, fui saber mesmo quem era o elenco do filme há algumas semanas, logo o elenco me encantou mesmo eu não sabendo quem eram.

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Edmond Dantès é interpretado por Jim Caviezel, conhecido pela recente série “Person of Interest”, aquele que tem um carinha que era de “Lost” (vilão da ilha). Ok, não vou confundir vocês, falei isso porque é a única coisa que sei dessa série.

Fernand Montego é Guy Pierce. Esse ator é excelente, apesar de não ser tão conhecido como deveria. Ele consegue fazer filmes seríssimos, como “O Discurso do Rei” (“The King’s Speech – 2010) até filmes cômicos, como “O Faz de Conta que Acontece” (“Bedtime Stories” – 2008) com Adam Sandler, onde ele faz um vilão. Outro filme que ele é o vilão, mas tem uma postura completamente diferente, é em “O Homem de Ferro 3” (“Iron Man 3” – 2013).

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Outro conspirador foi J.F. Villefort, que é interpretado por James Frain. Apesar dele ter feito alguns filmes e séries bem conhecidos, como “24 horas” (mais uma razão para ficar a madrugada acordada assistindo Globo, bons tempos kkkkk), eu só conheço mesmo por causa de uma série atual: “Gotham”. Ele faz o vilão da segunda temporada da série, é simplesmente impecável! Ah, para aqueles que estão na modinha de “Orphan Black” (que inclusive eu já assisti série com aquele menina, ela era figurante da figurante!) ele também está por lá.

Jacopo é vivido pelo melhor ator porto-riquenho da vida (até agora), mas que só faz papel coadjuvante, ele é Luis Guzmán. Não sabe quem é ele? Já assistiu “Tratamento de Choque” (“Anger Manegenment” – 2003), com Adam Sandler e Jack Nicholson? E que tal “Arthur” (2011), com Russel Brand e Helen Mirren? Já sei, toda a primeira temporada de “Narcos”? Pode procurar a cota latina que Cuzmán estará lá, às vezes até se sobressaindo ao protagonista.

Apesar de ter várias outros atores que eu poderia citar, não posso finalizar este artigo sem mencionar a participação dele, que fez vocês usarem uma insigna em forma de “S” nos cinemas em 2013, Henry Cavill (desculpa meninos, mas preciso dizer: “oh homem lindo”). Preciso nem dizer da onde ele é conhecido, né? Vocês já pegaram a deixa. Só tenho a dizer que só vim perceber que era ele mês passado, quando assisto o filme pela centésima vez. Ah, ele faz Albert Montego, filho de Mercedès e Fernand.

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Bom, já tendo aberto meu coração para o homem de aço (apesar de eu ser #TeamBatman, beleza num pode passar desapercebia, não é), posso dizer xauzinho e até a próxima semana!

Ah, quem gosta do filme e tem suas impressões, comenta aí. A mesma coisa para quem leu o livro, quero muito ler, séria ótimo ter opinião de vocês sobre isso.

Beijinhos.

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