A Morena mais gringa do Brasil

Nascida carioca em 2 de junho de 1979, Morena Silva de Vaz Setta Baccarin permaneceu até os seis anos no Brasil antes de ir para os Estados Unidos devido ao trabalho do pai como editor da TV Globo. A família se estabeleceu em Greenwich Village, New York. Lá, foi colega de escola de Claire Danes na New York City Lab School for Collaborative Studies com quem futuramente contracenaria em Homeland no papel de Jéssica Brody, cuja performance lhe deu uma nomeação ao Prêmio Emmy 2013 de melhor atriz coadjuvante em série de drama. Então, graças a Marvel da Fox Studios, ela ficou conhecida como Vanessa Carlyle, a namorada de Wade Wilson, vulgo Deadpool, e também interpretar a Dra. Lee Thompkins para a concorrente DC na série Gotham.

Se você fosse uma super-heroína, que poder você teria?

O poder de conciliar a maternidade e o trabalho. É difícil ter correr atrás das criancinhas, de poder acompanhar o crescimento e a educação delas por que ser mãe é isso: estar sempre por perto; mas por outro lado, amo o meu trabalho, e acho que quem for mãe e trabalhadora sabe disso. Sabe dessa necessidade. Mas eu soube que esse poder já existe né verdade? Qual o nome dele? Em português… cocaína (risos). Nunca provei, mas disseram que dá energia.

Percebi que esse filme é onde mais empregou comediantes, como é trabalhar com eles?
É um saco! É um ambiente repleto de piadas e brincadeiras, vira uma bagunça, não que eu não tenha gostado. Não. Mas se torna cansativo ter que permanecer engraçado todo tempo pois fazer comédia não é fácil, é tudo uma questão de criar situação, timing, não basta apenas contar com a edição e roteiro, a performance também é importante. É muito desgastante, fazer e refazer tomada. Mas, de novo, foi divertido.

Sobre aquela campanha do Deadpool onde ele chamou o pessoal para ir a Comic Com e fazer as tatuagens, aquela voz é sua?

Bem, foi divertida. Fiz a versão dublada dele. Não foi a voz do Google tradutor. Quando li o texto, que porra, aquilo não era português brasileiro nem a pau, contrataram uma tradutora vinda de Portugal pra escrever pra ele. Então, quando fui fazer a versão brasileira, fiz a adaptação com gírias brasileiras. Reuni com minhas primas que estavam em Nova York para me manter atualizada nas gírias. Mas o Ryan como meu amigo e colega de trabalho, confiou totalmente em mim. Ele ficou totalmente curioso com algumas expressões nos comentários do seu vídeo: What the fuck is amassar o kibe? Eu respondi a ele: Trust me. Forget it.

Como você vê o empoderamento feminino visto nas recentes campanhas sobre igualdade de salário e os casos de abuso recentes?

Bem, realmente é triste, não dá pra brincar com isso, embora o espirito de porco chega a fazer piada disso, e a internet tá cheia disso. Mas é uma luta constante. Afinal são décadas de prática na indústria secular dentro de um universo filho da puta. E realmente podemos nas bilheterias o resultado desse empoderamento como o caso da Mulher Maravilha. Ótima performance, ótimo enredo. Então eu vejo que está dando grandes resultados e exemplo para todo mundo sobre o respeito ás mulheres. Oscar esteve aí para isso.

Quais são os procedimentos a ser feito quando se está no estúdio durante a filmagem?

Para começar no set, não deve ser usada o celular. Nada de ler mensagens, nada de Instagram ou Lives de Face. Todo mundo assina um contrato de sigilo. Para evitar vazamento e spoilers sobre o longa metragem. Quando recebe o roteiro com seu nome marcado ao lado das falas e terminada a filmagem do dia, ele é devolvido. Você não tira do estúdio ou locação. Também não pode comentar sobre ele ou rumos dos acontecimentos para não estragar a surpresa.

Nesse filme, você lidou muito com efeitos visuais, qual foi a sensação?

Em primeiro lugar, é preciso ter muita imaginação. Você vai estar sempre olhando para o nada e precisa atuar fingindo que é alguma coisa. Assim, são os estúdios em Vancouver, Canadá, o cenário é totalmente azul, não como o verde usado para os cenários estáticos. Na tela azul, as possibilidades de efeitos visuais de movimento contínuo são maiores. Com isso, o trabalho do ator é maior pois é preciso reagir ao nada que é alguma coisa, já que na pós-produção ele irá se tornar o todo.

Se fosse para interpretar uma heroína, quem você seria?

A mulher-gato. Sério, eu amo ela demais. Gosto dela desde seu papel no filme do Batman de Tim Burton. Apesar do desastre do filme solo. Nada contra a Halle Berry. Também interpretaria qualquer outra heroína. Olha esse meu figurino. Já tô fazendo casting pro próximo papel. Adoraria um dia fazer um filme brasileiro. Ainda não há convites. Atuaria ao lado de Rodrigo Santoro e Wagner Moura.

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