Meu relato da CCXP Tour Nordeste – primeiro dia

Experience“. Não sei o real motivo desta palavra estar presente junto à Comic-Con, formando a já famosa sigla CCXP. Mas, pra mim, o sentido é esse: cada um vai viver a sua comic-con de um jeito único. São tantos painéis, stands, lojas e demais atrações que é impossível você fazer tudo – ou ao menos tudo que você gostaria. Então a pessoa deve curtir a CCXP do seu jeito. E hoje eu vou contar como foi a MINHA experiência na CCXP Tour Nordeste – Recife (que, na verdade, foi em Olinda). E vou ter que dividir em mais de um post, mesmo resumindo o máximo que eu puder. Porque eu tenho muita coisa pra contar.

A CCXP Tour foi anunciada ainda em São Paulo, ao final da edição de 2016. Eu estava lá no evento. E naquele dia já assumi o compromisso comigo mesmo. Eu tinha que ir! Se fui capaz de comprar passagem pra São Paulo só pra CCXP em pleno dezembro ($$$), por que não algumas horas de carro Mossoró-Recife (mais precisamente, 8 horas)? Era só me organizar para Abril, o que foi feito. Pra melhorar mais ainda minha situação, meu editor-chefe Jack me avisou que o NoSet havia conseguido credenciais de imprensa para os 4 dias. Que felicidade! No primeiro momento, me empolguei mais pela economia do que pelo cargo em si, já que em SP tivemos uma credencial de 2 dias de imprensa e não consegui absolutamente nada com isso, além de pegar uma fila menor para a entrada. Ah, como a vida nos reserva surpresas… Nunca imaginei que este seria o MELHOR EVENTO que fui na minha vida.

Já era de se esperar que o evento em Recife fosse menor que em São Paulo. O pessoal do Omelete já havia dito que ia acontecer. Afinal, era um tour. Uma demonstração de como é uma Comic-Con. E como era a primeira vez que tal evento iria acontecer fora de sua sede, eu já fui mentalmente preparado que seria um teste. Não vejo isso como um Evento-B e muito menos como menosprezo ou preconceito com o Nordeste, como li em alguns lugares. O evento pra mim teve uma sensação de pocket-show. Sabe quando você assiste uma apresentação de sua banda favorita num local mais aconchegante, pra poucas pessoas, e ela de quebra ainda canta algumas de suas músicas favoritas? Foi exatamente isso que aconteceu aqui comigo.

É de se lamentar que poucos estúdios toparam a iniciativa do “teste” e tiveram atitude de levar seus produtos para a CCXP Tour. Por isso, desde já o nosso aplauso e o nosso respeito para a Fox e para a Warner, que trouxeram seus lançamentos para os painéis e montaram seus stands (o da Warner foi sem dúvida o mais lotado, em virtude de seus brindes e sua loja de produtos oficiais). E é claro que temos sempre que louvar a Netflix (sua linda!!!), que sempre faz um stand caprichado, com muitos brindes e atividades, além de levar astros do seu primeiro time para os painéis no auditório. Senti muita falta da Paramount, Sony e, principalmente, da HBO, que foi destaque absoluto em SP. Espero que os dados frios nas planilhas possam confirmar o meu sentimento de que houve uma ótima recepção e aceitação do público e, em uma próxima edição, eles acreditem no evento e levem seus produtos. É verdade que não lotou. Pelo que eu soube, não esgotaram os ingressos, mas estava bem cheio. E quer saber? Ainda bem. Quem foi aproveitou muito mais.

Outra reclamação clássica do público, mas que é parte das CC’s, são as filas. É chato, mas é impossível fugir delas. Poderia haver algum outro tipo de controle de fila ou acesso? Sinceramente não sei. Mas é assim em todas as Comic-Con’s mundo afora. Basta ver as fotos e vídeos. Não é privilégio do Brasil. Então, se você quer muito ir conferir um painel e ver seu artista favorito, considere como sua principal opção acordar bem cedo, levar um livro, celular com carregador ou marcar ponto de encontro com sua turma, e pegar algumas horas de fila.

Óbvio que vou ter que resumir muito, já que os 4 dias foram intensos. Mas vamos começar do início – primeiro dia. Fui com a minha esposa, companheira de todas as horas e praticamente um membro honorário do NoSet. Como compramos a credencial comum para ela, nos separamos na entrada e ficamos nos comunicando por mensagem. Chego cedo para a fila de imprensa para pegar minha credencial. E quando a moça pergunta o veículo, e eu respondo todo empolgado e orgulhoso NO-SET! Ela procura… rasga o saquinho com o nome do site e me diz: aqui só tem a entrada da Nanda Gray. Gratidão a Deus e ao universo por ter realizado um treinamento de PNL (Programação Neuro-Linguística) pelo Instituto Você, 15 dias atrás. Em outros momentos já teria tido um infarto lá mesmo. Mas mantive a calma, controlei a respiração, pedi pra chamar a supervisora e solicitei consultar o banco de dados. Lá estava meu nome, problema resolvido.

A caminho do auditório Twitch passei pelo Artist’s Alley. Minha área de conhecimento é cinema. Sou quase nota zero em HQ’s e Comics (que, por sinal, são o carro-chefe do evento, com convidados de altíssimo nível), então essa parte vou deixar para meu amigo Welton, que é especialista no ramo, fazer seus comentários em outro post. Mas não pude deixar de notar essas artes LINDAS da Adriana Melo. E meu cartão de crédito foi acionado pela primeira vez, com direito a autógrafo e tudo.

Para esse dia, minha programação era ver o painel de abertura com o Maurício de Souza (CHEIO de novidades. Dois filmes live-action, Mônica Toy voltado para conteúdo Nerd, novas Graphic Novels, entre outras coisas)  e o painel do Mr. Brau (com o elenco em um bate-papo animado sobre a série e depois sobre séries em geral). Perdi o painel da Fox Channel, pois quis dar uma volta para conhecer mais do pavilhão e depois retornar para o painel da Fox Film (como eu disse, não tem como fazer tudo). Pude ter esse privilégio de sair e voltar para o auditório pois a chefia já havia conseguido com antecedência uma reserva de imprensa no auditório (leia-se uma pulseira mágica laranja que me deixava entrar sem fila nesse painel). Olha aí a credencial funcionando!!!! E o painel da Fox foi ótimo! Conteúdo exclusivo de Alien, trailers de animações (Lino, As aventuras do Capitão Cueca e O Touro Ferdinando) e encerrando com Planeta dos Macacos: A Guerra. Logo depois, estava agendada uma entrevista com a diretora de Marketing da Fox Film, Camila Pacheco, que foi super atenciosa comigo. A entrevista vocês conferem nesse link aquiNinguém conta pra ela, mas foi a primeira vez que fiz uma entrevista como imprensa na minha vida. Espero não ter falado besteira.

Após a entrevista, fui para o stand da Warner pegar uma fila para conseguir brindes. Coisa de 1 hora. Quando me aparece exatamente ao meu lado a Fernanda de Freitas e a Thais Araújo. Fotos, claro! Não consegui foto com o Lázaro Ramos, que estava com uma máscara de Chewbacca.

Finalizei o dia, como em todos os outros, tirando foto com os cosplayers. Dos mais simples aos mais produzidos, tinha de (quase) tudo. Eu sei que os cosplays são de personagens de quadrinhos, games e filmes/séries, mas, gente, estamos no Nordeste! Eu esperava ver pelo menos um Lampião ou Maria Bonita. Garanto que se a CCXP fosse em Mossoró estaria cheio deles… Segue algumas fotos que tirei do primeiro dia, incluindo alguns dos colecionáveis maravilhosos da Iron Studios.

Aqui preciso dar uma pausa para contar algo que me fez sentir a pessoa mais sortuda do mundo naquele dia. Era a primeira vez que iria passar mais de um dia em Recife. Não conhecia praticamente nada. Saí pedindo indicações e me disseram que um bom lugar para se hospedar era em Boa Viagem. Comecei a procurar pelo AirBnB (opção bem mais barata que hotel ou pousada). Escolhi um com um preço bem legal, combinei com a proprietária, tudo certo. Ao chegar lá, vi que o endereço era um hotel. Estranhamos, e minha esposa Dany foi na recepção. Era um daqueles empreendimentos parte hotel, parte flats particulares, mas o mesmo prédio. À noite, ao chegar do evento, passo pela recepção, chamo o elevador, e quem é que sai de lá? FINN JONES!!! Fiquei em um ligeiro estado de petrificação… Ele olhou pra mim, viu aquela estátua olhando pra ele e me estendeu a mão com um (tradução MODE ON) “Tudo bem?” Eu respondi: “Bem-vindo ao Brasil”. Dany disse: “ele é seu fã”. E ele: “É mesmo? Que legal!” E ele simplesmente PEGOU A CÂMERA DA MINHA MÃO E COMEÇOU A TIRAR SELFIES COMIGO. E dizia: “Agora fecha o punho”, “Agora faz assim”, “Agora lutando”. Aí chamaram ele para o estacionamento, se despediu de mim, e só fiquei com aquele sorriso idiota na face. Uma aula de simpatia!!!!

Mas antes de subir no elevador, também consegui uma foto com o Tom Pelphrey, que também apareceu para ir ao estacionamento. A Alisha Boe (13 razões) passou por mim, mas não deu parar tirar fotos. Subo no elevador rumo ao terceiro andar. O elevador para no mezanino. Quem entra? Miguel Àngel, o Lito de Sense8. A essa altura, já estava com o modo cara-de-pau ligado e pedi uma foto, que foi prontamente atendida. No outro dia, percebi que todos os convidados do evento estavam no mesmo hotel que eu, incluindo o Richard de Supernatural (esse eu não vi em momento algum), o Mauricio de Souza e o Carlos Villagrán, o Quico!!!! Mas aí a cota de sorte já havia acabado. Quando tentei chegar perto dele para uma foto, minha visão quase escureceu. Dois segundos depois, notei que era o terno preto dos seguranças me impedindo de me aproximar… Mas pelo menos eu vi o Villagrán de perto, né? Tentei muito encontrar a Vaneza Oliveira, de 3%, mas não consegui. O motivo de eu querer este encontro eu conto outro dia…

Continua na parte 2…

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