Mãe! (2017, de Darren Aronofsky).

Tarefa ingrata fazer a crítica desse filme. É algo tão inovador, tão esplêndido, é uma obra-de-arte na tela do cinema. Que deve ser vista de peito aberto, e o quanto menos souber do filme, melhor.

Até pensei em colocar uma receita de um bolo gostoso (pois tem a ver com a obra). Mas achei desrespeitoso com os jornalistas da época da ditadura que faziam isso como forma de manifestar contra os militares.

Então vou tentar resenhar sem nenhum spoiler, e sem nenhum aspecto além do que está apontando as cenas que estão no trailer e um pouco de seu primeiro ato. Depois, de assistir novamente, trarei uma resenha mais completa em com detalhes da história.

Mãe! é o novo filme do diretor Darren Aronofsky (conhecido por Cisne Negro, mas tem outras grandes obras como Réquiem Para um Sonho e, o melhor para mim até então é O Lutador, estrelado por Mickey Rourke.

A história de Mãe! traz, no papel principal, a premiada atriz Jennifer Lawrence que é uma dona-de-casa que serve sua vida para satisfazer os desejos de seu marido escritor (interpretado por Javier Bardem), depois que um incêndio destruiu sua casa.

A relação dos dois é exposta sempre com muita desconfiança, através da câmera fluída do diretor que dança junto com a atriz, causando transtorno desde a primeira sequência.

O homem misterioso (Ed Harris) e o escritor, se dão muito bem e eles decidem que não há nenhum problema do homem passar a noite em sua casa.

Gradualmente, vão chegando outras pessoas na casa, que começam a serem muito invasivos com a personagem da principal, e isso começa a perturbá-la de uma forma esquizofrênica.

A história continua se desenvolvendo de forma muito instigante e cada segundo que passa é um segundo a mais de desconforto na cadeira do cinema, esperando alguma solução, mas sabendo que só terão dúvidas e mais dúvidas durante um longo tempo.

Perto de um cinema tão saturado dos últimos tempos, onde qualquer filme fora da curva, é colocado em posição de “novo-clássico” durante duas semanas e depois esquecido entre os outros 20 ou 30 “novos clássicos” que saíram no último ano. Este se destaca demais como o grande filme do ano por enquanto, sem dúvida. É tanta coisa para comentar e analisar desse filme, que conferi-lo apenas uma vez e carimbá-lo como um dos melhores filmes que já assisti, talvez seja um tanto quanto equivocado. Mas podem ter a certeza de que eu estou tão ansioso quanto vocês para a sua estreia no cinema, pra vê-lo novamente e determinar que sim, já é um dos meus filmes favoritos.

Mãe! é um avanço claro na filmografia de Darren Aronofsky, que conseguiu unir muitas qualidades de seus filmes anteriores (em especial Fonte da Vida de 2006), e trouxe ainda elementos novos pra fazer um filme extremamente vanguardista e que merece ser assistido por todos!

Nota: 11 de 10.

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