The Boys por Garth Ennis (HQs):

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de uma das mais controversas HQs que vai virar uma série pela Amazon.

The Boys: As primeiras edições da HQ foram publicadas pela DC Comics, através de sua linha editorial Wildstorm, e o restante a da série foi publicado pela Dynamite Entertainment. The Boys narra uma série de eventos ocorridos entre 2006 e 2008 num universo onde super-heróis existem, mas em sua grande parte tiveram seus valores morais corrompidos pela fama e celebridade que alcançaram, e não raro se comportam de forma irresponsável. Por isso um esquadrão de agentes da CIA, conhecidos informalmente como “The Boys”, é responsável por monitorar as atividades da comunidade de seres super poderosos. Ennis declararou antecipadamente que pretendia superar a quantidade de imoralidades, cenas violentas e perversões que havia incluído em sua série Preacher,” e manteria esse nível por toda a duração de The Boys.

DC Comics e Dynamite Entertainment:

As primeiras edições foram publicadas pela Wildstorm, mas após seis edições, a DC Comics decidiria cancelar a série por estar incomodada com tom das histórias, crítico aos HQs de super-heróis. O encerramento do contrato se deu de forma amigável, e, donos dos direitos sobre a revista e seus personagens, Robertson e Ennins passaram a buscar outra editora disposta a dar continuidade à publicação e em fevereiro e 2007 a Dynamite Entertainment anunciou que assumiria a série. Em 2009, também pela Dynamite, foi publicado o primeiro spin-off da série, a minissérie Herogasm, ilustrada por John McCrea e Keith Burns. A minissérie não envolvia o time diretamente, e era uma sátira dos típicos eventos crossover das histórias de super-heróis. Após a conclusão da série, Ennis declararia ao site americano Comic Book Resources que o encerramento do contrato com a Wildstorm lhe permitiu escrever a série com mais liberdade , sem frustrações. Em 2008, The Boys foi indicada ao Eisner Awards na categoria “Melhor Série” e em 2010, ao Scream Awards, na categoria “Best Comic Book or Graphic Novel”.

ennis

Garth Ennis: Premiado roteirista de HQs norte-irlandês, nasceu em 16 de janeiro de 1970 na cidade de Belfast, Irlanda do Norte. Começou a escrever profissionalmente para a revista britânica Crisis. Quando a publicação de Crisis foi interrompida, Ennis passou a trabalhar na revista 2000ad, onde escreveu para seu carro-chefe: Juiz Dredd. Seu primeiro trabalho em uma HQ americana foi um arco da revista Hellblazer, onde alcançou a fama no selo da Vertigo da editora DC Comics. Após vários anos trabalhando neste selo, Garth Ennis deixou a DC e assinou contrato com sua principal rival, a Marvel Comics. Lá, escreveu para a revista Justiceiro: um anti-herói violento, estilo de personagem com que ele já trabalhou antes. Além de ter escrito arcos de histórias de personagens famosos como Hellblazer, Darkness e Justiceiro, Ennis também criou várias séries próprias de destaque, como True Faith, Goddess, Troubled Souls, Crossed, Wormwood, Hitman, em parceria com o também norte-irlandês John McCrea, e seu trabalho mais famoso e polêmico: Preacher.

Justiceiro (The Punisher):

O Justiceiro é o personagem da Marvel com o qual Ennis mais trabalhou. Tudo começou com a revista do Punisher, na qual o Justiceiro lutava contra a organização criminosa dos Gnucci, chefiada pela maligna matriarca Ma Gnucci. O que mais chamou atenção nessa revista foi a mistura de humor negro com ação e drama. Momentos sombriamente hilários infestavam as histórias, contrabalançando cenas de violência cruel e drama pesado. Nessa revista, Ennis criou personagens marcantes como o gigantesco O Russo e os vizinhos do Justiceiro: Joan, Mr. Bumpo e Spacker Dave. As histórias foram ilustradas pelo parceiro habitual de Ennis: Steve Dillon. Em The Punisher, o humor negro atingiu níveis inacreditáveis, o Russo voltou com seios dignos de Pamela Anderson, efeito colateral de uma injeção de hormônios que ele tomou, e os super-heróis começaram a fazer participações especiais e Ennis se divertiu muito com isso. O Homem-Aranha é usado como escudo pelo Justiceiro, o Wolverine é atropelado por um rolo compressor dirigido pelo Justiceiro e outros super-heróis são usados como alívio cômico. Ennis nunca gostou de super-heróis, preferindo trabalhar com personagens mais sérios e violentos. Apesar do humor negro, a revista The Punisher teve histórias sérias e dramáticas, como Irmandande, Não Caia em Nova York, entre outras que mostraram que Ennis poderia ser um sucesso escrevendo as revistas do personagem, se conseguisse uma abordagem séria para ele. The Punisher teve vários artistas: Steve Dillon, Darick Robertson, Cam Kennedy e Tom Mandrake foram os principais. Ennis escreveu a maior parte da revista, apenas uma ou duas edições não foram de sua autoria. Então, surgiu a primeira revista mensal do Justiceiro para adultos: Punisher Max. Sem limites, podendo escrever quantos palavrões quisesse, Ennis logo partiu para um trabalho mais sério com o personagem. O humor negro tornou-se sutil, os super-heróis desapareceram e o Justiceiro se tornou um personagem dramático. A primeira história da revista Punisher Max foi Punisher: Born (Justiceiro: Nascido para Matar), que não é considerada parte da revista mensal e, sim, uma minissérie. Nela, Ennis mostra os horrores da guerra do Vietnã e como Frank Castle adquiriu o gosto para matar que o transformou no Justiceiro. A minissérie foi aclamadíssima, assim como seu ilustrador, Darick Robertson. Depois, começaram as histórias da revista mensal. A primeira edição contou com uma das cenas mais fortes da história dos quadrinhos: o massacre dos mafiosos de Don Cesare, desenhada por Lewis Larosa. A cena continha uma quantidade de sangue nunca antes vista numa revista. Uma curiosidade: todas as capas das revistas Justiceiro, da versão 3 à MAX, foram desenhadas por Tim Bradstreet.

Preacher (HQ e TV):

Esta série de Ennis, ilustrada pelo seu habitual parceiro Steve Dillon, narra as viagens de Jesse Custer, um ex-pastor ironicamente possuído por uma entidade chamada Genesis, pelo interior da América em busca de Deus, que ele julga ter abandonado a humanidade. É acompanhado por Tulip, sua ex-namorada e membro mais racional do grupo, e Cassidy um vampiro irlandês alcoólatra que desperta seu lado mais passional. A busca de Jesse é pontilhada por tudo o que há de mais estranho nesse e no outro mundo: anjos burocratas tentando manter as instituições, assassinos seriais ansiosos por fama e, talvez principalmente, como a busca por um valor superior de bondade pode se desviar para o fanatismo e a corrupção. A série foi aclamadíssima e ganhadora do prêmio Eisner de Melhor Série Contínua. Também foi a série que deu a Ennis o Eisner de Melhor Roteirista. Durou 66 edições normais e 6 edições especiais (uma clara alusão ao diabólico número 666). Todas as capas foram pintadas por Glenn Fabry, que graças a elas ganhou o Eisner de Melhor Capista. Em 2016 Preacher virou série de Tv.

The Boys (HQ, Cinema e TV):

Seu trabalho mais recente, ilustrado por arick Robertson. Narra a história de Hughie, que tem sua vida destruída quando um super-herói atropela sua namorada, matando-a instantaneamente. Logo, Hughie é convocado para fazer parte de um grupo de agentes da CIA que vigia os super-heróis para que não cometam atos catastróficos. A Variety informou em fevereiro de 2008 que a Columbia Pictures tinha os direitos das HQs para uma adaptação no cinema a ser produzido por Neal H. Moritz e Phil Hay, no roteiro Matt Manfredi. Em agosto de 2010, Adam McKay disse que foi contratado para dirigir o filme. McKay acrescentou: “Eles já têm um roteiro e estamos dando os retoques.” A Columbia Pictures informou em fevereiro de 2012 que desistiu de uma adaptação cinematográfica para The Boys. No entanto, Adam McKay disse em uma resposta pelo Twitter que Paramount Pictures demonstrou interesse na adaptação. Em 30 de abril de 2013, o Manfredi e Hay foram contratados pela Paramount para escrever o roteiro do filme. Uma possível série para TV de The Boys estaria nos planos de Seth Rogen , Evan Goldberg e Eric Kripke, mas nada oficial foi duvulgado.

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Herogasm (Mini Série):

Este primeiro Spin Off de The Boys narra o grupo se esgueirando em segredo em uma ilha exclusiva fechada para o bacanal anual dos super-herói: “Herogasm”. Financiado pela Corporação com a premissa para o público de ser uma batalha épica de super-heróis, os “heróis” passam um fim de semana em uma ilha resort se entregando de maneira selvagem e imprudentemente a libertinagem, sexo e drogas ilegais.

 

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