Mandrake de Lee Falk (HQs, Animações, Séries, mas cadê o Filme?):

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de uma dos mais clássicos personagens das HQs.

Lee Falk: Leon Harrison Gross, mais conhecido pelo nome artístico Lee Falk, nascido em St. Louis, 28 de abril de 1911 e falecido em Nova York, 13 de março de 1999, foi um célebre escritor, quadrinista, diretor e produtor teatral americano, famoso por ter criado os personagens de HQs como (O Fantasma) e Mandrake, o Mágico. Ele literalmente escreveu suas histórias de 1936, quando chegou a Nova Iorque para mostrar seu trabalho ao King Features Syndicate, até seus últimos dias de vida. Seus dois personagens principais estão ainda na ativa e populares. Lee morreu de ataque cardíaco em 1999. Filho de pais judeus, Leon nunca conheceu o pai, Albert Gross, que morreu quando ele ainda era bebé. Entretanto, a mãe, Eleanore Aleina, casaria com Albert Epstein que se tornou a sua figura paternal. Passou a infância e a adolescência em Saint Louis e terminados os estudos universitários, Leon adotou o pseudónimo Lee Falk. Desconhece-se o que o levou a escolher “Falk” mas “Lee” era a sua alcunha desde criança. Quando iniciou a sua carreira como escritor de banda desenhada, a sua biografia oficial apresentava-o como um experimentado viajante que explorara o mundo e que estudara com grandes místicos do Oriente. A verdade, porém, é que inventou esses dados de modo a tornar mais credíveis as histórias de Mandrake e do Fantasma, ambos aventureiros cosmopolitas. A viagem a Nova Iorque para dar a conhecer Mandrake à editora King Features Syndicate foi, com efeito, a maior que fizera na sua vida até então. Posteriormente, viajaria à volta do mundo, em parte para evitar o embaraço de ser desmascarado por aventureiros autênticos.

Mandrake e Fantasma por Lee Falk:

Após se graduar na Universidade de Illinois, trabalhou numa agência de publicidade como redator e escreveu e produziu programas de rádio para uma emissora de sua cidade natal. Foi então que conheceu um jovem ilustrador chamado Phil Davis. Juntos criaram a tira Mandrake, que venderam para o King Features Syndicate, de Nova Iorque. A tira estreou em 11 de junho de 1934 e no ano seguinte ganhou as páginas coloridas dos suplementos dominicais. Mandrake evocava a essência dos mágicos de vaudeville, que faziam espetáculos itinerantes pelo sul dos Estados Unidos, muito populares entre 1880 e 1920. As apresentações combinavam números de dança e acrobacias, música popular, encenações de operas e peças de teatro, adestramento de animais e todo tipo de “maravilhas exóticas de toda parte do mundo”. Estes elementos marcaram a infância de Falk e se tornaram a matéria prima das aventuras do mágico e seu fiel companheiro, o nobre africano Lothar. O rosto do personagem, baseado no do próprio Falk, reunia todos os traços típicos do homem de aventuras exóticas que o cinema da época tinha se encarregado de mistificar: elegante, viril, enigmático, cavalheiresco e pronto para a ação. Com o sucesso de Mandrake, Lee Falk tinha encontrado a galinha dos ovos de ouro. Criou, então em colaboração com o desenhista Ray Moore, O Fantasma, um dos mais célebres e duradouros mitos das histórias em quadrinhos. Antes dele já existiam heróis justiceiros, mas aquele mascarado era o justiceiro no sentido mais puro. Ele lutava sempre em defesa dos oprimidos. Seu combate – e como combatia- era contra piratas, traficantes, a ralé da espécie humana. Antecipando em muito os heróis com malha colante, o herói trazia o rosto coberto com uma máscara, alimentando a aura de mistério que o rodeava. E, como se fosse pouco ainda estavam os cenários exóticos como o golfo de Bengala – na melhor tradição de Emilio Salgari, a cova da caveira, os pigmeus Bandar e a lenda da imortalidade. Se não bastasse o roteiro primoroso, o desenhista Ray Moore, criador visual da historia, caprichou com seu traço misterioso, estilo filme noir, cheio de sombras sugestivas, cenas noturnas, contornos suaves e mágicos. O Fantasma, que saiu nos jornais no dia 17 de fevereiro de 1936, foi um sucesso absoluto.  No teatro, Falk encontrou uma nova paixão a partir dos anos 50. Ele produziu pelo menos 300 peças durante toda sua vida, tendo dirigido mais de 100. Ele também trabalhou como dramaturgo escrevendo 12 peças autorais, entre as quais duas eram os musicais Happy Dollar e Mandrake the Magician. Os elencos de suas peças incluiram, além de Brando, Heston e Newman citados acima, Celeste Holm, Constance Moore, Basil Rathbone, Ezio Pinza, James Mason, Jack Warner, Shelley Winters, Farley Granger, Eve Arden, Alexis Smith, Victor Jory, Cedric Hardwicke, Eva Marie Saint, Eva Gabor, Sarah Churchill, James Donn, Eddie Bracken, Ann Corio e Robert Wilcox. Lee Falk morreu em 13 de março de 1999, de ataque cardíaco. Morava em Nova York, em um luxuoso apartamento defronte ao Central Park.

Mandrake: O Mágico.

Mandrake, o mágico, é um personagem de HQs criado em 1934 por Lee Falk, mesmo autor do Fantasma. Falk encarregou o desenhista Phil Davis do desenho de suas histórias. Mandrake é um ilusionista que se valia de uma incrível técnica de hipnose, aplicada com os olhos e gestos das mãos, e de poderes telepatas. Quando o narrador informava que ele executava seu gesto hipnótico, a arma do vilão se transformava em um buquê de rosas ou numa pomba. O personagem foi baseado em Leon Mandrake, um mágico que fazia performances no teatro pelos anos 20, usando uma cartola, capa de seda escarlate e um fino bigode. O desenhista Davis conheceu Leon, relacionando-se com ele por muitos anos. Mandrake apareceu pela primeira vez no Brasil na revista Suplemento Juvenil número 101 de 10 de agosto de 1935, edição de sábado,  três estrelas, com a história “Sorcin, o sábio louco”. A estreia foi antecedida de bastante publicidade nas revistas anteriores daquele título. Na primeira ambientação nos anos trinta, a história nos mostra Mandrake elegantemente vestido em finos ternos, usando cartola e luvas e uma capa forrada em vermelho. Morando em Xanadú, propriedade fantástica no alto de uma colina, combatia os criminosos usando a hipnose como arma. Sua noiva, a princesa Narda de Cockaigne, fictício reino na Europa oriental, e seu companheiro inseparável, Lothar, gigante príncipe africano que abandonou sua tribo para acompanhar o mágico e surrar os bandidos com sua força, eram os personagens mais constantes nas histórias. Lothar, provavelmente, foi o primeiro personagem negro nas HQs, mesmo que de uma forma caricata, usando roupas de pele e um chapéu típico turco.

Mandrake nas HQs e suas Influências:

Mandrake foi muitas vezes reimpresso em HQs em várias editoras. A Dell Comics publicou uma história inédita em uma edição da revista Four Color. Em 1995, a Marvel Comics publicou uma minisérie, escrita por Mike W. Barr e ilustrada por Rob Ortaleza. Foram publicadas apenas duas das três edições planejadas. Mandrake é destaque juntamente com o Fantasma em The Phantom Annual número 2, escrita por Mike Bullock e Kevin Grevioux e publicado pela Moonstone Books. Em 2013, a Dynamite Entertainment lançou uma minissérie de crossover em cinco edições chamada King’s Watch, onde assim como na série animada como em Defenders of the Earth, Fantasma se une com Mandrake e Flash Gordon. Em 2015, publicou outra minissérie como parte da série “King”, em comemoração ao centenário do syndicate. Esta série foi escrita por Roger Langridge e ilustrada por Jeremy Treece. Em maio de 2016, os heróis da King Features são reunidos novamente em Kings Quest, escrito por Ben Acker e Heath Corson e ilustrado por Dan McDaid. Em 1987, Star Comics (selo infantil da Marvel Comics) publicou uma HQ que durou apenas quatro edições. Roteirizada por Stan Lee na primeria edição e e Michael Higgins, da segunda a quarta edição e ilustrada por Alex Saviuk e Fred Fredericks. A última edição contou com uma legenda “next issue”, porém, a quinta edição não foi publicada. A série teve uma linha de action figures, livros e um jogo para computador.mandrake influenciou um mundo de heróis e vilões mágicos nas principais casa de HQs como a Zatanna da DC Comics, quase uma versão feminina do mágico, inclusive por suas roupas de palco ou até mesmo Dr. Estranho da Marvel Comics, é possível ver em ambos a influência do primeiro grande mago.

Mandrake na TV e Rádio:

Warren Hull, ator que personificou o Mandrake em um seriado. Em 1939, a Columbia Pictures, inspirada no sucesso das HQs, resolveu fazer o seriado Mandrake the Magician, sob direção de Norman Deming e Sam Nelson e estrelado por Warren Hull. O seriado teve 12 capítulos. Em 1967, foi lançado um filme turco não-oficial Mandrake Killing’e karsi, onde Madrake encontra Kiling, personagem de fotonovelas italianas. Em 1972, apareceu no longa-metragem de animação Popeye Meets the Man Who Hated Laughter, exibido como parte do The ABC Saturday Superstar Movie, ao lado de Popeye e outros personagens de tiras de jornal distrbuídas pela King Features: Katzenjammer Kids, Flash Gordon, Barney Google e Snuffy Smith, Blondie, Recruta Zero, O Fantasma, Príncipe Valente, Little Iodine, Little King, Hi and Lois, Henry, Steve Canyon, Tiger e Tim Tyler’s Luck. Em 1979, a NBC exibiu um longa-metragem, estrelado por Anthony Herrera. Em 1986, o desenho animado Defenders of the Earth mostrou Fantasma em ação com seus colegas do King Features Syndicate, Flash Gordon e O Fantasma. Em 1994, a Hearst Corporation apresentou uma série de futurista do Fantasma em desenho animado, Phantom 2040, Mandrake aparece no episódio The Magician. Entre 1935 e 1941, o herói teve quatro livros da coleção Big Little Books. Entre 1940 e 1942, Mandrake teve um programa de rádio transmitido pela Mutual Broadcasting System.

Mandrake em animações:

Defenders of the Earth: Defensores da Terra (Defenders of the Earth, no original) é uma animação americana produzido em 1986 e trazia os personagens: Flash Gordon, O Fantasma, Mandrake e Lothar. Bem como os filhos destes Richard “Rick” Gordon (Flash), Jedda Walker (Fantasma) e LJ ou Lothar Junior (Lothar). Juntamente com estes havia a pantera Kisa de Jedda e o menino, filho adotivo de Mandrake, Kshin. Kshin tinha um mascote chamado Zuffy, um zufóide, uma espécie animal de Mongo trazida à Terra por Rick Gordon.

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