Hancock: clichê, mas divertido.

Hancock lançado em 2008, dirigido por Peter Berg e estrelado por Will Smith e Charlize Theron. Possuindo um alto orçamento de cerca de cento e cinquenta milhões de dólares e arrecadando aproximadamente seiscentos e cinquenta milhões de bilheteria, o filme conta a história do super herói politicamente incorreto Hancock que desconhece a própria origem e busca ser alguém na sociedade onde vive, apesar de seus problemas pessoais.

Foco na diversão

Desde início é bom dizer que Hancock é um daqueles filmes para quem busca um entretenimento simples e rápido, mas com um mínimo de qualidade. Com esse fato esclarecido e voltando ao que interessa, o primeiro fato que deve ser ressaltado é que não seria exagero comparar Hancock aos filmes de ação dos anos oitenta e noventa, onde era frequente a junção de humor e ação com algum ator de renome para atrair público. Esses filmes – em sua maioria eram – focados apenas no entretenimento que a projeção poderia gerar para qualquer um que decidisse encarar a sala de cinema e mergulhar nesse universo. A proposta de Hancock é justamente essa: colocar um ator famoso no papel principal e adicionar humor e ação para entreter o público.

Mas mesmo usando essa estrutura que costuma desprezar muitas vezes qualquer construção de personagem, Hancock faz diferente. O filme resgata clichês de filmes de heróis que existiam até então – como os filme do Superman de Christopher Reeve e a trilogia do Homem Aranha dirigida por Sam Raimi – e os adapta ao que o filme necessita de modo que, mesmo usando uma estrutura já conhecida como o protagonista descobrindo a si mesmo, o longa consegue fazer com que o publico se identifique com os personagens ali presentes e torçam por eles.

Apesar de obter várias conquistas Hancock ainda falha em certos aspectos técnicos um deles é o CGI do longa que – para o orçamento do filme – não consegue convencer em certos momentos, nada que diminua a qualidade do filme, mas incomoda em algumas cenas. Uma delas é a sequência inicial onde o protagonista prende um carro a um prédio ou mais à frente quando ocorre um tornado em que a qualidade do efeito oscila muito, mudando a cada corte, o que acaba incomodando um pouco o espectador mais atento.

As atuações são em sua maioria boas e pouco robóticas, dando destaque a Charlize Theron que atua de acordo com o tom do filme não tendo medo de arriscar ou tentar coisas diferentes, entregando uma personagem que consegue se encaixar com o longa tanto nas partes mais sérias quanto nas voltadas mais para a diversão e entretenimento do publico.

Conclusão

Hancock merece sim ser assistido. Ainda que não possa ser classificado como um filme digno de prêmios nas mais variadas categorias, o longa se assemelha às produções dos anos 80 e 90. Sendo assim é uma daquelas  opções para quem procura um filme para assistir apenas por passatempo e para ter boas risadas. Enfim, não é exagero afirmar que Hancock é um bom filme já que o cinema não vive apenas de aspectos técnicos, mas também de diversão e entretenimento sem discriminação.

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