Hacksaw Ridge de Mel Gibson (Oscar 2017):

Salve Nosetmaníacos. Moura assistiu ao filme e indica.

Até o Último Homem (2016):

Direção Mel Gibson, produção Terry Benedict, Paul Currie, Bruce Davey, William D. Johnson, Bill Mechanic, Brian Oliver e David Permut, roteiro Andrew Knight e Robert Schenkkan, elenco Andrew Garfield, Sam Worthington, Luke Bracey, Teresa Palmer, Hugo Weaving, Rachel Griffiths e Vince Vaughn. Produção Pandemonium Films, Permut Productions, Vendian Entertainment e Kylin Pictures, distribuição UnidosSummit Entertainment, Icon Film Distribution, NOS Audiovisuais e Diamond Films. Hacksaw Ridge é um drama biográfico americano  que narra a trajetória real do soldado adventista Desmond Doss durante a Segunda Guerra Mundial. A história completa de Desmond Doss pode ser lida no recém-lançado livro Soldado Desarmado, editado pela Casa Publicadora Brasileira, baseado em memórias da sua esposa Frances.

Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, o médico do exército Desmond T. Doss (Abdrew Garfield) se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas, porém, durante a Batalha de Okinawa ele trabalha na ala médica e salva mais de 75 homens, sendo condecorado. O que faz de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.

Crítica: Hacksaw Ridge é com certeza, um dos melhores filmes de drama que já assisti, comparável a O Resgate do Soldado Ryan (1998) ou A Lista de Schindler (1993), principalmente pelo personagem principal e seu diretor, que a sua maneira, transforma conceitos sociais através do heroísmo pessoal, mostrando que dá para fazer algo diferente do convencional tanto na vida real quanto no cinema. O diretor Mel Gibson é um dos ícones da minha geração, filmes que atuou como Máquina Mortífera, Coração Valente, Sinais e Hamlet, provam a versatilidade do diretor, mas ainda dirigindo os polêmicos A Paixão de Cristo (2004) e Apocalypto (2006), mostram que como diretor, tem um diferencial que muitos outros não têm peito de fazer.   Em Hacksaw Ridge, Gibson leva o público a sair da mesmice e ver um filme profundo, com conteúdo, que faz você pensar nas decisões que toma no dia a dia, ainda mais sabendo que o filme é biográfico e que um homem tomou a decisão de ser ele mesmo, salvar vidas ao invés de salvar a própria, e ser exemplo em uma nação fixa e fechada nos seus próprios conceitos. O cuidado de Gibson ao contar as história por camadas, não revelando tudo o que transformou o personagem principal naquele perfil, mas soltando pequenas partes durante o filme, mostra a maturidade do diretor para contar uma história onde não há vilões, mas um drama a ser entendido. Até os Japoneses são respeitados pelo diretor. A guerra e as mortes são o recheio do bolo, quase como uma história a parte do drama do personagem principal. A cena da tomada de Hacksaw Ridge é incrível em tudo, de tirar o fôlego em todos os momentos. A convicção de Doss é o ponto principal do filme eo roteiro roda em cima de suas decisões de vida. Agora imagina isso no maior exército do mundo que não aceitava mexer em um centímetro de suas regras, é que é a história que faz o bolo.

No elenco Andrew Garfield (Homem Aranha) faz um incrível papel principal convincente como Desmond T. Doss e se redime, saindo da sombra do filme da criticada franquia da Sony e se você acha que a cara de eterno garoto poderia estragar a interpretação do personagem, no final do filme aparece as fotos do verdadeiro Doss e é assustador a semelhança entre os dois. Além disso o ator Vince Vaughn, atuando como Sergeant Howell, parece finalmente ter amadurecido e incorporado personagens que o façam atuar com qualidade. Outra boa atuação é de Sam Worthington como Captain Glover, principalmente porque não é o papel principal e mesmo assim o faz bem como coadjuvante. A cereja do bolo é Hugo Weaving, como o amargurado pai de Doss (Cabo Tom Doss). Weaving se torna um coringa nas mãos do diretor Gibson, que abusa do talento do ator que já atou em Capitão América, V de Vingança, Senhor dos Anéis, Hobbit, entre outros e aqui se transformando, como um camaleão, em cada cena até a rendição e comprovação do seu talento no final do filme. Com um baixíssimo orçamento de US$ 40 milhões, este belo filme já bateu a casa dos US$ 150 milhões, além de ser indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Direção, Ator, Mixagem de Som, Edição de Som e Edição. Agora é torcer.

Att.

Marcelo The Moura

 

Mais do NoSet

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *