A Estrela de Belém (2017) – Animais falantes salvam o Natal

O Natal representa uma data importantíssima para os cristãos. Baseada nas profecias judaicas sobre a vinda de um messias, a celebração marca o início da história do fundador de uma das religiões mais seguidas do mundo. Essa mitologia envolve figuras sagradas como Deus e os anjos, lendárias como Reis Magos, históricas como o imperador Julio César e a região atualmente conhecida como Oriente Médio. Ao longo da história do cinema, sempre houve produções trazendo essa temática. No caso dessa, é contada sob o ponto de vista dos animais.

Tudo começa quando Abby uma ratinha (Kristin Chenoweth) após receber um pedaço de pão da Virgem Maria (Gina Rodriguez), presencia a visita do Arcanjo Gabriel (Joel McCrary) trazendo as Boas Novas para a Escolhida. Então, no céu noturno, aparece a estrela mais brilhante jamais vista que dá titulo ao filme.

Tal qual os humanos, poucos animais dão atenção ao fato, incluindo o protagonista: o burro de moinho Bo (Steven Yeun) cujo sonho é se juntar a Cavalaria Real para viajar o mundo acompanhado do seu amigo Dave, o pombo de rua (Keegan-Michael Key). Porém, após uma fuga desesperada, acaba com a pata quebrada e é abrigado na casa do carpinteiro José (Zachary Levi). Mas quando o Rei Herodes (Christopher Plummer) envia um assassino atrás do novo rei, Bo precisa unir uma legião de animais para defender o bebê como agradecimento pela gentileza daquela mulher grávida.


É o primeiro trabalho de direção em animação 3D de Timothy Reckart, indicado ao Oscar 2012 de Melhor Curta de Animação e vencedor de melhor curta pelo Júri e Público no brasileiro Anima Mundi por Head Over Heels (2012). Apesar de se basear na sua idéia original chamada The Lamb (A Ovelha), o roteiro recebeu autoria e crédito a .
O longa de animação tridimensional é a mais nova aposta comercial da Sony Animation após Hotel Transilvânia e Emoji, o filme.

Ela uniu os maiores astros da TV como a apresentadora Oprah Winfrey, do cinema como Christopher Plummer, o durão patriarca da família Von Trapp da Noviça Rebelde, e da música como Mariah Carey, todos dando vozes a animais como personagens principais, secundários e de ponta para narrar essa história. No Brasil, os dubladores conhecidos por fãs fieis faz parte do elenco. Os animais têm a função de alivio cômico cujas piadas de roteiro estão reservadas para as particularidades de cada espécie. Não há espaço para a comédia religiosa.

Não há somente astros na empreitada. Estão presentes Jim Henson Company, criadora dos Muppets, e a Walden Media, especialista em efeitos especiais por computação gráfica. Por isso, a direção de arte é um deleite visual. Boa definição na computação gráfica, cenários com profundidade e realismo anatômico em cada espécie. A trilha sonora é eclética, indo além das musicas de louvor, possui ritmo pop e hip hop para os climas leves e de tensão. The Star, música-tema do filme (interpretada por Mariah Carey), Can you See, de Fifth Harmony e outras vindas de bandas gospel vencedoras do Grammy. O único porém, na versão dublada, está no fato de não terem feito as versões brasileiras das músicas, o que dificulta a compreensão por parte das crianças menores.
O filme, apesar de não trazer originalidade em roteiro e tema, é boa pedida para a família cristã. Representa o melhor da mitologia. Dar vozes a animais como serpentes, pombos e burros para demonstrar o grandioso poder de Deus (além da sarças ardente) foi uma boa ideia.

 

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