Empoderamento histórico – “Grace O’Malley – A Pirata Invencível”

A história da pirataria é recheada de fantasias e superstições, muitas lendas ainda permeiam a mente das pessoas e servem de inspiração para muitos livros, séries e filmes.

A Inglaterra tem muita relação com a pirataria, o governo da rainha Elizabeth I era terminantemente contra esta prática, surgindo várias leis neste sentido. O que tal governante não esperava é que ela iria encontrar outra mulher, com a mesma força de liderança, entre os piratas, ela era Grace O’Malley.

Grace O’Malley foi um pouco esquecida, no Brasil mal se sabe quem era ela, mas o livro “Grace O’Malley – A Pirata Invencível”, dos autores Heloisa Prieto e  Victor Scatolin, trouxeram à tona a incrível história de uma mulher que queria ser mais do lhe era de direito.

No século XVI havia um paradoxo, mulher não tinha muitos direitos, porém toda a região da Grã-Bretanha tinha fortes nomes femininos no poder, Elizabeth I na Inglaterra, Mary Stuart na Escócia e Grace O’Malley onde hoje é a Irlanda.

Filha de um líder de um grande clã, Grace tinha admiração e curiosidade com o mar. Logo cedo conseguiu conquistar a confiança do pai para o acompanhar nas aventuras marítimas, passando a ser grande entendedora do negócio dos piratas.

Apesar de toda sua independência e empoderamento, ela teve que se casar com o líder de outro clã, Dónal O’Flaherty. Eles foram parceiros e amigos, mas ela não o acompanhava nas missões, ficou em terra cuidando dos três filhos.

Tornou-se viúva muito jovem, conseguiu tomar o lugar do falecido marido frente ao clã, ganhou notoriedade e irritou a rainha Elizabeth. Ainda assim conseguiu se apaixonar mais algumas vezes, se casou-se novamente e teve outro filho.

Nada disso a impediu de continuar a navegar e liderar sua tripulação. Depois de muito ser perseguido pelo representante da rainha, ela foi presa, conseguiu fugir, mas anos depois teve seu filho mais novo raptado e criado pelos ingleses. Ele acreditava que assim as nações viveriam em paz (algo semelhante ocorreu com o filho de Mary Stuart).

Em 1594 conseguiu viver em liberdade e voltar a ativa. Já com seus 67 liderou um ataque a Escócia. Só veio falecer em 1903, por causas naturais, sem nada relacionado aos seus anos de mar.

A obra é muito direta, pequena, bem ao estilo daqueles paradidáticos. Ao final ainda apresenta uma linha do tempo dos principais acontecimentos de Grace e dois sonetos escritos em homenagem a ela, que apresentados de duas formas, primeiro no inglês gálico, original das obras, e em português.

Excelente forma de conhecer o inglês antigo!

A história é muito interessante, ver o quão o empoderamento é antigo e importante, mulheres guerreiras são muitas e suas histórias precisam ser conhecidas.

Vamos procurar saber mais sobre mulheres guerreiras pelo mundo?!

Beijinhos e até mais

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