Diablo Immortal: what the hell is going on?

A Blizzard é uma das mais conceituadas produtoras de jogos  do planeta. Responsável por games consagrados como Warcraft, Starcraft, Overwatch, Blackthorne, Hearthstone e Diablo (à exceção de Blackthorne, todos têm sequências). O acervo de games da Blizzard é magnífico e tem um público muito fiel, principalmente os fãs de WOW, Overwatch e Diablo.

Assim, feitas as devidas apresentações, vamos ao grande questionamento sobre o lançamento de um novo jogo da franquia Diablo, anunciado na Blizzcon no dia 02 de novembro. Caso não estejam por dentro da polêmica do novíssimo Diablo Immortal, seguem as explicações e o vídeo da conferência (em inglês).

Primeiro, a Blizzcon é maior convenção onde produtores da Blizzard e seus fãs se reúnem. Nessa convenção são anunciados os grandes lançamentos e os próximos projetos. Em um dos painéis a mais aguardada das notícias é lançada: lançarão um novo game de Diablo, cujo subtítulo é Immortal. A euforia é generalizada até que uma bomba cai entre a plateia quando noticiam que o jogo será exclusivo para smartphones e outras plataformas portáteis que usem os sistemas Android e iOS.

Caso você não seja um jogador de Diablo, certamente está confuso quanto à reação dos fãs. É um novo game, uma aventura que ficará situada entre Diablo II – Lord of Destruction e Diablo III. A sequência de jogos que começou em Diablo tem habitado as mentes dos fãs e a trama ganhou cada vez mais detalhes. Narrativamente, a mitologia do jogo é praticamente perfeita, assim como temos certeza que Immortal também não pecará no quesito qualidade da história.

Então, o que causou o furor na Blizzcon?

Ao contrário de jogos como Assassins Creed, God of War e outros, os fãs de Diablo são majoritariamente usuários de PC. Estes jogam há anos (desde 1996) em uma única plataforma e isso vem sendo respeitado pela Blizzard que lançou Diablo II e III (e suas expansões) para computador. Logo, munidos desse costume adquirido há mais de duas décadas e também motivados por uma espera de uma sequência direta de Diablo III, a maioria dos espectadores aguardava um lançamento para PC, mas jamais esperariam algo para smartphone. Há versões de Diablo para Nintendo Switch e consoles como PS4, PS3, XBox 360 e XBox One. Eu, honestamente, já imaginava algo para smartphone, o que certamente ampliaria o alcance da franquia, porém compreendo a decepção dos fãs que estavam na Blizzcon. Quem joga em PC não quer ver seu game minimizado para portáteis. Outra preocupação está na possibilidade de transformar o jogo em um caça-níquel igual a outros games portáteis onde, para evoluir, é preciso gastar uma fortuna.

O fato de ser também um game exclusivamente online não agrada aos fãs mais antigos que curtiam jogar contra a máquina (Inteligência Artificial) e upar seus personagens enquanto ganhavam experiência.

Sinal dos tempos…

A história de Diablo Immortal se passa entre os eventos de Diablo II®: Lord of Destruction® e Diablo III®.A Pedra do Mundo jaz em pedaços, mas resta muito poder em seus fragmentos corrompidos. Os lacaios de Diablo esperam explorar esse poder para provocar o retorno do Senhor do Medo.O arcanjo Tyrael está supostamente morto, e cabe à humanidade lidar com as consequências das ações dele. Os fragmentos da Pedra do Mundo profanam a terra, suscitando males ancestrais que buscam reunir o poder da pedra e usá-lo para controlar a humanidade.

Conheço a capacidade criativa da equipe da Blizzard e confio nos produtores de Diablo. A trama tem potencial e já faz parte da história de uma geração de gamers. Eles certamente não destruirão o trabalho de anos por causa do lucro, até mesmo porque a franquia é sucesso mundial. Resta esperar pacientemente e ver (ou melhor, jogar) para tecer comentários sobre Immortal.

A polêmica é grande, assim como também deve ser a paciência de quem realmente ama essa franquia. Seja como for, a Blizzard precisa reverter esse quadro com urgência, pois a quantidade de negativações em seus vídeos reflete uma provável perda de jogadores que optarão por outros jogos, inclusive os que não são da empresa.

Nesse embate entre gamers e empresa, torçamos para que Diablo IV venha logo. E que essa polêmica caia no esquecimento e seja usada com sabedoria no futuro pela equipe criativa da Blizzard.

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