Johnny Depp fills the shoes of the Big Bad Wolf in “Into the Woods.” Based on the Tony®-winning musical by James Lapine, who also penned the screenplay, and legendary composer Stephen Sondheim, who provides the music and lyrics, the film is in theaters Dec. 25, 2014. ©2014 Disney Enterprises, Inc. All Rights Reserved.

Quem tem medo do lobo mau?

Olhando o convite de minha priminha, cujo tema será “Chapeuzinho Vermelho”, fiquei pensando: quem AINDA tem medo do Lobo Mau? Eu tinha. TINHA. Agora sou grande…rsrs. Mas, enfim, vamos afunilar melhor essa perguntinha: que criança hoje em dia ainda tem medo do lobo mau?

Lobo mau
 Percebo a tendência dos pequenos hoje a gostar mais dos vilões do que dos mocinhos. Há um certo “glamour” em ser vilão. Não deixa de ter uma lógica, pois eles são mais complexos, livres, sem regras. E isso é uma delícia para qualquer criança. Fazer o que quer, a hora que quer. Parece muito mais interessante que ser o herói cheio de regras e horários.

Até é exaltado o fato de trabalhar pouco e ganhar muito. Os exemplos são muitos. Quem precisa trabalhar muito é tido como doido, como coitado. O bonito é trabalhar pouco, passear, passar as pessoas para trás, levar vantagem em tudo. Que lindo ter ganhado troco a mais de R$ 0,10… Não é nada lindo para a pobre caixa que vai tirar do bolso dela. Isso é roubo do mesmo jeito. Milhões da Petrobrás ou um “troquinho” que embolsei.

Nem vou falar da mídia pois já é lugar comum. Todos sabemos os “lindos” exemplos que ela dá. Aliás, o exemplo mais ilusório que tive na vida é o de que se estudasse eu seria “alguém”. Na minha cabecinha, fazia faculdade e você logo virava um mini Sílvio Santos. Mas o que não me contaram é a parte do quanto ele trabalhou para chegar nisso.

É bem mais fácil ser Lobo Mau, gostar dele. Ele leva a vida na flauta. não trabalha. E sua punição? Bom, antes era a morte. Ou a barriga cheia de pedras. Agora, na nova versão politicamente correta e não traumatizante para as criancinhas do ano 2000, parece que no final ele se arrepende. Vira “novo homem”. Fica bonzinho. O primeiro final era mais realidade para os pequeninos. Era mais ensinamento. O de agora só ensina que se eu errar não tem problema. Sem entrar nas questões religiosas, tem problema sim.

Saudades do tempo do medo de Lobo Mau.

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