Crítica: Power Rangers (2017) | Uma surpresa nostálgica diante do público!

Infância. Eis uma fase da vida que muitas pessoas curtiram. Já outras, nem tanto. Mas é impossível negar que bons tempos eram aqueles em que a gente levantava cedo e assistia TV Globinho, vendo desenhos que se vistos hoje em dia, podem até não causar o mesmo impacto daquela época, mas certamente nos prestigiam um sentimento nostálgico. É com esse espírito infantil que hoje lhes trago a crítica de um destes programas em questão e que por sinal era o meu 2º favorito quando criança (ficando atrás apenas de Scooby-Doo), o aguardado Power Rangers. Também era fanático por eles? Então clique no link e confira!

Na história, um grupo de estudantes do Ensino Médio adquirem misteriosos superpoderes e descobrem que a sua pequena cidade Angel Grove – bem como o mundo todo – estão à beira de ser destruídos por uma ameaça alienígena. Sendo os únicos capazes de salvar o planeta, eles precisam lidar com seus problemas da vida real e se unir como os Power Rangers. Primeiramente, com uma trama dessas, o espectador já pensa: “ah, isto aí é só mais uma bobagem de super-heróis, que reúnem forças para salvar toda a humanidade e blá, blá, blá”. Bom, até aí eu concordo. Afinal, é difícil encontrar uma produção de Hollywood hoje em dia que não possua sequer um chavão com relação à tal temática. Todavia, devido ao fato dos Rangers terem feito um enorme sucesso – pasmem, já faz 24 anos desde o lançamento do primeiro –, é provável que os fãs devotos tenham uma experiência mais gratificante em comparação com quem for conferi-lo sem os amar de paixão, concluindo-o apenas como bom e não espetacular. Vale ressaltar que a estratégia dos produtores foi utilizar um clichê bem trabalhado, que dá pra passar por cima, digamos assim. Dessa forma, o espectador se diverte conferindo o longa, com um roteiro batido, mas bem bolado.

A despeito das atuações, elas variam de fracas a notáveis. É interessante notar como cada Ranger, independente de sua cor, foi interpretado por atores pouco conhecidos pelo público (ao mínimo eu assim o penso), pois seus outros papeis nas telas não tiveram a mesma repercussão que esse provavelmente terá, tais como Becky G (Empire – 2ª Temporada), Dacre Montgomery (Safe Neighborhood), RJ Cyler (Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer), Ludi Lin (Marco Polo – 2ª Temporada) e Naomi Scott (Perdido em Marte) não tiveram. Fiquei imaginando: e se eles tivessem escalado rostos famosinhos pra incorporar esses heróis e heroínas que a gente respeita? Cheguei ao ponto de formulá-los em minha mente e a escolha foi um tanto inusitada: Logan Lerman – Ranger Vermelho, Saoirse Ronan – Ranger Rosa, Brendon Thwaites – Ranger Azul, Chloë Grace Moretz – Ranger Amarela e Dylan O’Brien – Ranger Preto. Parece besteira, mas se fosse esse o caso, a notoriedade com certeza seria bem diferente, vão por mim. Quem sabe um dia não saia uma versão onde astros mirins, como Jacob Tremblay, Joey King, David Mazouz, Maisie Williams e Millie Bobby Brown, né? Tudo é possível, caro leitor. Aguardemos!

Já outras celebridades como Elizabeth Banks, Bryan Cranston, David Denman e Bill Hader na voz do Alpha 5 (que por sinal está medonho), tiveram performances notáveis. Claro que nada tão extraordinário a ponto de serem excepcionais, porém não há motivo algum para descartá-los, uma vez que as suas participações contaram com um desenvolvimento apropriado na trama. Porém, o mesmo não se pode afirmar sobre o humor, que foi usado logo no início de forma desnecessária, mas que na sequência dos eventos, foram melhorando e tivemos piadas que funcionaram. Quanto à Bryan Tyler, responsável pela trilha sonora, felizmente não deixou a desejar. Pra falar a verdade, seus últimos trabalhos (Thor: O Mundo Sombrio e Vingadores 2: Era de Ultron e Velozes e Furiosos 7) também estão impressionantes e não é à toa que ele já ganhou o BMI Film & TV Awards. Foram ótimas faixas mergulhadas em sintonia de aventura (vide a música-tema Go Go Power Rangers). Sendo assim, haja tanta comicidade e nostalgia juntas em um longa de 2 horas!

No geral, é aquele entretenimento que tem o seu público-alvo definido. É por isso que agradar a todos os telespectadores não será nada fácil algo, devido ao CGI mediano. Está valendo para quem não se importar muito com isso e aproveitar o filme tem a oferecer, sem que seus efeitos especiais sejam a maior maravilha do mundo. Tomara que conforme o tempo passe, que venham mais adaptações semelhantes, sempre procurando solucionar aquele aspecto x, que várias vezes é a razão de tanta gente detestar ou “tirar onda” de filmes cujo estilo é simplesmente assim. Então por via das dúvidas, antes de ir ao cinema, desligue seu lado cinéfilo mais exigente, pois este é o único modo de evitar que o público se decepcione por completo. Valeu a pena!

Título Original: Power Rangers
Direção: Dean Israelite
Duração: 124 minutos
Nota:

Confira o trailer abaixo:

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