Crítica: LEGO Batman: O Filme (2017) | Quando o desenho da DC supera os níveis do filme

Prestes a chegar aos cinemas de todo o Brasil, a mais nova animação da Warner LEGO Batman: O Filme promete arrecadar uma bilheteria notável, pois existe literalmente uma “legião” de fãs devotos a esses icônicos super-heróis da DC Comics (cujos quais a gente só via em blockbusters lançados nas telas) e não obstante, os mesmos aguardam para ver a versão em desenho, conhecido por serem divertidíssimos, além de encantar tanto crianças quanto adultos ao redor do mundo!

Depois de uma série de passeios de animação direta sendo passados para vídeo em personagens da DC, onde na forma de LEGO, são gerados a partir de uma série de jogos de vídeo famosa. Desta vez, após seu tão elogiado antecessor, o protagonista do spin-off, Batman, enfrenta uma multidão de perversos vilões, enquanto tenta aceitar a ideia de que trabalhar em dois (ao invés de bancar o célebre “vigilante da noite”) é capaz de abrir portas para o triunfo e, por conseguinte, um bem-estar duradouro na vida. Nesse meio tempo, abriga um esquema para ser enviado ao portal denominado Zona Fantasma, onde planejada recrutar um novo grupo de bandidos capazes de derrubar o cavaleiro das trevas de uma vez por todas.

A história acompanha a comissária de polícia Barbara Gordon insistindo que Batman coopere com a Polícia de Gotham City. Caso contrário, deverá de uma vez por todas reter suas atividades como defensor da cidade. Enquanto isso, o Coringa bola um plano para ser banido para a Zona Fantasma, local em que pretende finalmente derrotar o cavaleiro das trevas. Mais perto de casa, Alfred propõe um desafio a Bruce Wayne: enfrentar o seu maior medo – que na película é dito como palhaço, cobra ou palhaço-cobra – sobretudo, confiar nos outros, aceitando, assim, a proposta do comissário Dick Grayson, um órfão Wayne que adotou por acidente em uma recente gala de caridade. Fere profundamente os sentimentos do Coringa.  No centro de LEGO Batman: O Filme, no entanto, está a relação entre Batman e Coringa, um super-vilão que mostra ser tanto codependente quanto adversário. Pelo menos, é assim que ele o teria. Todavia, as lutas recentes de Batman com o Superman, além da sua resistência ao empenho emocional de qualquer espécie, vê o Homem-Morcego de certa forma rejeitar o Príncipe Palhaço do Crime como seu verdadeiro inimigo e isso machuca o Coringa, bem lá no fundo.

Ao incluir ideias vindas justamente de dentro do universo LEGO, como por exemplo, ter personagens que utilizam materiais ao seu redor para construir veículos e ferramentas, o filme constitui uma cena que resgata a história de 78 anos do Batman, com belas referências a cada uma das adaptações já feitas no cinema até hoje! Sem contar os demais Easter Eggs e piadas que podem apresentar divergências, visto que o longa satiriza os seguintes aspectos: o passado da franquia, alguns vilões mal concebidos para costumes inadequados e a inerente natureza repetitiva de fórmula da marca. Em meio a tudo isso, o filme ainda acha tempo para reforçar inúmeros personagens reconhecíveis de outros filmes e sagas, e até mesmo inserir ao longo do caminho a tão rival franquia, Marvel.

Falando um pouco sobre o elenco, primeiramente temos o ator Will Arnett, que certamente encontrou o melhor papel de toda a sua carreira, dando a voz a um personagem deplorável, insensível, cuja falta de autoconsciência ressoa em contraste com todo o resto na fita e sem dúvida, termina por ser a verdadeira ameaça para Gotham e seus habitantes mais até do que o Coringa ou qualquer outra pessoa em Arkham Asylum. Junto com Arnett, contamos com a presença de outras vozes plausíveis, tais como a de Michael Cera trazendo um entusiasmo ingênuo no Robin, enquanto Rosario Dawson esbanjando autoridade como a Comissária Gordon. E o que dizer do hilário Zach Galifianakis, não é? Ele captou perfeitamente a insegurança em um Coringa que por mais incrível que possa parecer, não está sentindo tanto ódio de seu arqui-inimigo.

Inclusive, também digna de nota, o roteiro inclui a popular Liga da Justiça, utilizando-a de maneira cômica aqui. Enquanto o Superman, a Mulher-Maravilha e C&A estão no maior sossego, os mesmos acabam não sendo chamados para ajudar Batman em sua missão, apesar do grande arco narrativo do filme ter foco no Batman cooperando melhor com os outros personagens. Claro, tudo está na média e independente do que é exibido ao espectador ali ser o que muitos de nós gostaríamos de ver nas versões live action, outros ainda podem pensem o contrário.

Em síntese, LEGO Batman: O Filme é para todos os públicos. Como parte da sétima arte, nunca pensei que fosse gostar tanto de um desenho como este, o que me faz concluir que a animação se encaixa naquele entretenimento que nos prende a atenção do primeiro ao último minuto, sem deixar aquele gosto de “quero mais” no desfecho. Recomendado com certeza!

Título: The LEGO Batman Movie
Direção: Chris McKay
Duração: 104 minutos
Nota:

Confira o trailer:

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