Crítica: Feito na América (2017) | Porque para Tom Cruise, o céu não é o limite!

Dizem que para ser rico, você precisa se comprometer com esse objetivo principal definido e batalhar pra se tornar um bilionário. Todavia, em meio a tantas pessoas que se dão bem na vida, ralando dia e noite em seus empregos com a intenção de juntar uma boa grana e investir em algo valioso, outros precisaram usar apenas a astúcia e por que não, aparente inocência pra logo mergulhar de cabeça num “mar de dinheiro”, que até hoje é algo essencial em nossa sociedade. Um desses sortudos foi Barry Seal, piloto de avião que virou um marco na história dos EUA, pois foi passando do lixo ao luxo que Barry desfrutou dos prazeres desse “deus”, até se dar conta de que tudo tem um preço e basta uma ação errada pra que você coloque tudo a perder. Com base nisto, a Universal Pictures lança hoje nos cinemas de todo o Brasil o filme Feito na América, longa dirigido por Doug Liman (A Identidade Bourne) e estrelado por astros como Tom Cruise, Caleb Landry Jones e Domnhall Gleeson. Imagine que Narcos encontra O Lobo de Wall Street e os dois resolvam colocar as cartas na mesa, revezando as semelhanças nesta célebre biografia diante das telonas. Pois então venham comigo saber o resultado dessa bela mescla de dois marcos e tenham uma boa leitura a partir daqui!

A trama, que se passa na década de 1980, retrata a vida do piloto oportunista da Trans World Airlines, Barry Seal, que traficava drogas e armas para a CIA e o cartel de Medellín ao mesmo tempo. Inesperadamente recrutado, ele participará de uma das maiores operações secretas da história dos Estados Unidos em Mena, Arkansas, EUA (local a que o título se refere) e onde ocorriam várias atividades ilegais sob os narizes dos presidentes Ronald Reagan, George H.W. Bush e do então governador do Arkansas, Bill Clinton.

Bom, a princípio, eu estava com uma leve expectativa, pois é difícil um filme do Tom Cruise ser ruim. Assim, o desenvolvimento inicial é lento (sim, pra variar fiquei com um pouco de sono), mas no decorrer dos eventos, “a batata vai esquentando” e o caminho seguido pelo roteiro foi prendendo a minha atenção aos poucos, abrindo espaço pra poucas e boas risadas no decorrer de suas quase 2 horas de projeção. Inclusive, posso dizer que não conhecia a história de Barry Seal (só a do Pablo Escobar), mas com certeza curti a performance do Cruise; o cara ainda leva jeito atuando (independente das patadas recebidas em A Múmia) e merece todo destaque aqui, assim como Domnhall Gleeson (Questão de Tempo), outro ótimo ator que está com um desempenho incrível sobre o seu papel Monty Schafer (ou não, entendedores entenderão). Já Caleb Landry Jones (Corra!) interpreta o descuidado Bubba (quem conferir, vai sacar), e a atriz Sarah Wright também teve um desempenho plausível como a mulher de Barry, Lucy (exceto a desnecessária cena da comemoração no avião; que coisa mais besta foi aquilo!). Ademais, é lógico que o roteiro ainda teve uns probleminhas; no entanto, tais elementos não transformam o filme num lixo completo.

Dessa forma, atraído por cargas de aventura e montes de dinheiro, Barry embarca com a família em uma operação que a princípio só o traz benefícios, porém basta somente um deslize até que tudo desmorone, e não pensem que isso não vá se suceder. Tudo vem com um preço a pagar, e a despeito de tudo isso, Cruise soube incorporar um pai de família divertido e dedicado e, mas seriamente grave. Além disso, um detalhe que chamou a minha atenção – e provavelmente há de chamar a dos outros – é o fato do protagonista ser encarado como uma pessoa brincalhona ou boazinha demais, quando na verdade, o verdadeiro Barry Seal era um homem deveras sério.

Por outro lado, pra compensar o primeiro ato que andava um pouco devagar, o desenrolar se mostrou frenético e o rumo tomado pela história rendeu um plot twist que causará tanto estranheza quanto surpresa ao público, irá variar de pessoa pra pessoa. Apesar disso, lembremos que o filme se trata de uma história real (mesmo que com pequenas alterações, como várias obras originais sofrem), então não há o que fazer. Entretanto, pelo menos aqui o Tom atua sem todas aquelas explosões catastróficas, pulos em arranha-céus e corridas ininterruptas a que estamos tão acostumados. Liman merece sim palmas pela ótima direção que realizou sobre o ator!

Baseado nos aspectos citados acima, diria que entre cenas de descontração e instantes tensos mais sérios, Feito na América é, de fato, uma boa pedida pra quem curte o gênero policial, e ainda que não tenha sido 100% fiel à história original (sim, todos estamos cientes de que nada mais comum do que isso acontece quando Hollywood resolve lançar longas baseados em fatos reais), acredito que convém assistir uma vez e aproveitar a experiência deste entretenimento de qualidade em tela grande (até IMAX se você assim preferir). Muito bom!

Título Original: American Made
Direção: Doug Liman
Duração: 115 minutos
Nota:

Confira o trailer:

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5 Comments

  • O comentarista é meio indeciso. Hora elogia, hora fala que o filme não é “um lixo total”, como se ele beirasse ser um lixo. Outra hora fala que filmes do TC “não podem ser tão ruins”, e termina recomendando e dando 4 estrelas. Eu concordo com as 4 estrelas, mas dou 2 estrelas e meia pra resenha.

    • Bom, quanto a este AMERICAN MADE, as 2 estrelas que faltaram pra totalizar 5 foram apenas por alguns elementos, não o filme todo, só achei alguns momentos desnecessários, nesse sentido; por isso o termo “lixo”. Tom Cruise é um baita ator, e gosto dos filmes dele, mesmo que em ‘A Múmia’ muitos tenham detestado a sua atuação, entende? Mas obrigado pelo feedback e a sinceridade no comentário, procurarei melhorar nas próximas resenhas, pode deixar…heheh 🙂

  • Hehehe beleza. Mas A Múmia é ruim demais kkkk

    • hahah, é, houve muita gente que achou bem fraco, um porre mesmo com o Tom Cruise. E pensar que THE MUMMY foi apenas o início da saga da Dark Universe, então pense…srsrsrs

  • Críticas o filme A Múmia merece, porém é preciso lembrar que Thor foi bem ruim, assim como o terceiro Homem de Ferro que fazem parte do MCEU. É preciso ter paciência e torcer para que os produtores ouçam o público e nós, críticos especializados. Em suma, apesar de um filme bom, mas não excepcional, creio que a Múmia e todo o Dark Universe merecem nosso voto de confiança.

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