Crítica: Dupla Explosiva | Mais uma ação humorada para a coleção anual

Se existe um gênero que ganhou filmes esse ano foi o de Ação. Eles variam no contexto, sejam eles de super heróis, ficção cientifica, suspense ou policial, como é o caso de Dupla Explosiva. O longa-metragem conta a história de um guarda-costas de elite Michael Bryce (Ryan Reynolds) que descobre que seu novo cliente é um assassino de aluguel Darius Kincaid (Samuel L. Jackson). Juntos eles terão 24 horas para viajar de Londres para Holanda, enquanto são perseguidos por agentes de um ditador do Leste Europeu Vladislav Dukhovich (Gary Oldman).

Bom, apenas pelo trio protagonista já dá pra ter uma ideia do nível do filme, inclusive, o ponto alto do dele é o elenco e a produção em diversos quesitos. Fora os três astros, o elenco conta com Salma Hayek, na pele de Sonia Kincaid esposa de Darius, Elódie Yung como Amelia Roussel par romântico de Michael e responsável por encarregá-lo de fazer a segurança de Kincaid, uma vez que a mesma resolve seguir seus instintos protegendo um assassino de aluguel por saber que ele guarda informações e provas importantes a respeito de Dukhovich. Inclusive, quase todo o clímax e ação de verdade começam a partir disso.

Voltando a falar um pouco da dupla (sim, pois é o que eles acabam se tornando) Bryce e Kincaid, no primeiro momento quase se matam, pois ambos tecnicamente deveriam ser inimigos, mas por razões maiores Bryce fica encarregado de proteger Kincaid. Enquanto um protegia, o outro matava, agora os dois protegem um ao outro numa aventura repleta de ação, trocas de tiros, perseguições, acidentes e explosões deixando o espectador completamente vidrado. Vale destacar também a atuação de Gary Oldman, o causador de toda a perseguição, o cara já parece ter um perfil nato para interpretar vilões, sempre mantendo a postura séria e maléfica.

A direção é de Patrick Hughes (Os Mercenários 3, 2014) e roteiro de Tom O’Connor (Fogo Contra Fogo, 2012), ou seja, caras que já estão habituados com ações. Somos prestigiados com o trabalho em equipe dos dois, pois Dupla Explosiva é impecável nesse aspecto. Há cenas em grandes planos, lugares turísticos e tudo aquilo que costumamos ver em filmes de ação, mas em lugares pouco convencionais para cenas que envolvem acidentes, carros capotando, alta velocidade, correria. O ritmo é vertiginoso e ganha vulto com o uso de vários ângulos. É pra deixar qualquer um pilhado e na expectativa para ver no que aquilo vai dar, ainda que, como qualquer outro filme do gênero, o final já é um pouco previsível.

Sobre o aspecto negativo do filme, com certeza, é a questão do humor que parece não ter sido bem desenvolvida. Por exemplo, na relação entre Michael e Darius ela funciona bem, pois trata-se de uma amizade que surge de uma situação atípica, os dois com personalidades distintas e tudo funciona à base de ironias e muitos palavrões, o que gera algumas cenas engraçadas. Com destaque, é claro, para Samuel L Jackson que está extremamente engraçado. Sozinho, Ryan Reynolds não é tão engraçado. Mas, quem falhou foi a personagem Sonia (Hayek), a única coisa que ela faz é xingar, o que deveria ser uma mulher durona e temida, nitidamente acaba sendo apenas uma maneira para preencher espaços no filme.

Dupla Explosiva não é um filmão ou vai ser um dos melhores do ano, por exemplo. Mas, é um filme grandioso, com muita ação e um elenco de ponta, elevando-o a classe de filmes: vale a pena assistir!  No mais, é apenas mais um clichezão do gênero, com alguns momentos bem humorados e com bastante adrenalina.

P.S.: o uso no trailer de I Will Always Love You, música tema de O Guarda-Costas (interpretada por Whitney Houston), foi absolutamente genial!

Nota: 6,5/10

Trailler

 

 

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