Crítica: Correndo Atrás de Um Pai | Uma comédia reflexiva

Chega, finalmente, ao circuito nacional uma comédia que conta com Owen Wilson (Extraordinário) e Ed Helms (Se beber, não case), interpretando os irmãos Kyle e Peter Reynolds, respectivamente. Após descobrirem que seu pai não morreu, os dois embarcam numa viagem fora de série em busca do seu verdadeiro pai. Correndo Atrás de Um Pai, é mais um daqueles filmes que você vai assistir de maneira despretensiosa e acaba se surpreendendo.

Com roteiro de Justin Malen (Roteirista em A Última Ressaca do Ano, 2016) o filme que seria apenas mais uma comédia pastelão, no caso do Brasil a primeira do ano, pois todo ano são lançados esses filmes de comédia que, geralmente, não tem nada ou muito pouco a acrescentar, mas faturam uma grana porque motivam as pessoas a irem aos cinemas dar meia dúzia de risadas.  Nesse quesito, Correndo Atrás de Um Pai consegue se sobressair, porque por mais que o filme envolva as diversas trapalhadas dos irmãos Reynolds, numa sequência de encontros fracassados, mas repletos de cenas hilárias o final do filme tem um plot twist que causa uma reflexão bacana. Sem contar o laço dos dois irmãos que fica mais fortalecido diante de tantas circunstâncias das quais eles jamais poderiam imaginar que passariam.

A direção do longa-metragem ficou a cargo de Lawrence Sher, que apesar de ter muitos títulos em sua filmografia como: Se beber, não case I e II, Um Parto de Viagem e Godzilla: King Of The  Monsters. Este último também será lançado esse ano. Em todos esses filmes e em outros Sher comandou apenas a Direção de Fotografia, como Diretor mesmo ele é estreante. Mas, bagagem e preparação ele tem, basta notar elementos básicos como a escalação de um bom elenco, o que torna o filme ainda mais atrativo, a composição e a maneira de mesclar o humor em situações simples e ao mesmo tempo avacalhar em outras. Isso tudo funcionou em perfeita harmonia com o roteiro de – também quase iniciante – Justin Malen.

Já que citei o elenco não poderia deixar de pontuar algumas coisas como o fato de Ed Helms que interpreta o irmão Peter, estar muito semelhante ao personagem Stu de Se beber, não case, digo a interpretação mesmo, por mais que ele esteja com um visual bem diferente, a maneira de se portar e falar dos dois personagens está simplesmente idêntica (será que é proposital?). Vale citar as várias participações especiais como de Terry Bradshaw (Armações do Amor, 2006), J.K Simmons (Liga da Justiça, 2017), Christopher Walken (Mogli – O Menino Lobo, 2016) e Ving Rhames (Guardiões da Galáxia Vol. 2, 2017)

 

Considerando o fato de ser uma comédia e que fala de família pode ser um bom programa para a família ou para os casais, pois é um filme divertido e com uma história bacana, mas não chega a ser uma obra-prima do bom humor. Na parte técnica, dentre fotografia, trilha sonora e outros elementos tudo funciona de maneira harmônica, destacam-se as cenas em que o foco é comoção e emoção, mas não vou dar mais detalhes se não vira spoiler. Vale a pena dar uma conferida em Correndo Atrás de Um Pai, pois você vai aprender a valorizar o que você tem e não apenas aquilo que desejaria ter, mas que nem sabe se é o que realmente precisa, talvez o que precise é o que você já tem.

Nota: 

Título Original: Father Figures

Diretor: Lawrence Sher

Elenco: Owen Wilson, Ed Helms, Glenn Close, Terry Bradshaw, J.K. Simmons, Christopher Walken, Ving Rhames

Sinopse: Quando descobrem que a mãe (Glenn Close) sempre mentiu para eles a respeito de seu pai biológico, os irmãos gêmeos Kyle (Owen Wilson) e Peter (Ed Helms), que não têm nada em comum, decidem cruzar os Estados Unidos em busca do genitor que tanto sonharam conhecer.

 

 

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