Crítica: Transformers – O Último Cavaleiro (2017) | Uma longa franquia cuja ação é excessiva, mas divertida.

Não é de hoje que no campo do cinema, franquias longas tendem a tomar dois rumos: o do tédio ou o da tolerância. No caso de Transformers, o caso não é nem a mudança de diretor, pois o cineasta Michael Bay é quem comanda todos os filmes. A questão é que desde uma simples troca de atrizes até a ausência de personagens principais, a partir do 4 filme, a saga chegou causando o maior reboliço, e virou motivo de chacota pra muita gente. Contudo, considerando que o foco em Optimus Prime, Bumblebee prevalece em todos os feitos, o quinto capítulo da saga levanta o seguinte questionamento: será que ele há de convencer até o fã mais devoto ou o mesmo já morreu para muitos espectadores? São perguntas como estas que hão de ser respondidas nas próximas semanas. Então fique comigo e saiba o que esperar desse blockbuster mais do que conhecido pela Paramount que chegou hoje em circuito brasileiro!

Na história, os humanos estão em guerra com os Transformers, que precisam se esconder na medida do possível. Cade Yeager (Mark Wahlberg) é um de seus protetores, liderando um núcleo de resistência situado em um ferro-velho. É lá que conhece Izabella (Isabela Moner), uma garota de 15 anos que luta para proteger um pequeno robô defeituoso. Paralelamente, Optimus Prime viaja pelo universo rumo a Cybertron, seu planeta-natal, de forma a entender o porquê dele ter sido destruído. Só que, na Terra, Megatron se prepara para um novo retorno, mais uma vez disposto a tornar os Decepticons os novos soberanos do planeta.

Há cerca de 10 anos, me recordo de entrar no cinema pra conferir o filme “sensação” do momento. Acompanhado de meu pai, um amigo dele e seus dois filhos, o filme ‘Transformers’, do diretor Michael Bay (até então admirado por mim pelo ótimo ‘A Ilha’), prestigiava o público com o que aparentava ser uma revolução no gênero de ficção. Ao final da sessão, se tem uma coisa que fascinou aquela criança de 11 anos foi a qualidade apresentada pelos efeitos especiais. Pouco tempo depois, o 2º saiu, e por incrível que pareça, me surpreendeu negativamente, pois até há uma ação presente ali, mas as sacadas e piadinhas apelativas foram um tanto forçadas, o que já desfavoreceu a minha aprovação. Aliás, um detalhe interessante é que o próprio diretor afirmou em uma entrevista que se arrependeu de ter feito o segundo filme (vide a polêmica briga que ele teve com Megan Fox). Dessa forma, está explicado.

2 anos depois, quando o terceiro saiu, a pessoa aqui aficionada pela série resolveu dar uma chance e acabou gostando do que viu, dado que apesar dos poréns, ele dera um banho no segundo. Agora do 4 em diante, percebi que independente dele ter tido críticas mega negativas, Bay pouco se importa com isso e mostra ter um estilo próprio de seus filmes, que comprovam bem essa pegada que só ele possui. No que diz respeito à reação do público, de um lado, houve uma chuva de comentários negativos de internautas. De outro, aquela galera que compreende que a nova trilogia nascida até poderia não conter o mesmo protagonista, mas ao mínimo foi substituída por rostos talentosos como os de Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Jack Reynor e Stanley Tucci (aliás, notem que o ator interpretou Joshua Joyce no anterior e aqui, ele é o mago Merlin).

Inclusive, atores como Josh Duhamel e John Turturro retomam seus papeis nesse último filme, mesmo que por razões desconhecidas não tenham aparecido no antecessor. Já a performance da atriz mirim Isabela Moner também é plausível e ela exibe segurança e destemor com a personagem Isabella. Em um apanhado geral, o elenco todo está na média, sem muito a declarar. Outro aspecto é a trilha sonora, liderada por Steve Jablonsky, que contém aquelas mesmas faixas que já ouvimos nos filmes anteriores, principalmente no instante final, acompanhado da clássica narrativa de Optimus Prime.

Ainda com relação às atuações, o mérito continua com o sempre ótimo Mark Wahlberg, que aparenta estar tão verossímil quanto esteve no 4º. Seja nas cenas de ação, nos momentos de tensão, ou nos instantes de carga emocional, Wahlberg demonstra domínio em todos eles, incorporando um Cade Yager seguro, carismático e que conquista a empatia do telespectador. Temos ainda novos robôs introduzidos na história, que conforme as sequências saem, parecem surgir cada vez mais e melhores. Destaque para a adição de Laura Haddock, que é criticamente importante para a trama e ganha até mais relevância do que Anthony Hopkins. Não que ele esteja mal, só poderia ter sido melhor aproveitado pelo enredo.

Em contrapartida, houve também certos pontos negativos, tais como: o fato de muita coisa é entregue e muitos detalhes inseridos na história são lançados para que o público digira. Por conseguinte, o desenvolvimento acaba sendo um tanto apressado e mal dá tempo de paramos pra respirar e formular nossas teorias sobre o que está havendo ali. Do mesmo modo, no decorrer de 2 horas e meia, o roteiro teve lá as suas falhas, isso é inegável. No entanto, pelo menos, visualmente falando, o filme está incrível, com batalhas bem executadas e um CGI alucinante, que além de excepcional, foi utilizado com maestria pelo o diretor nas cenas de ação filmadas com câmeras exclusivas para IMAX. Palmas a ele por tamanho esforço em trazer efeitos visuais de primeira categoria!

Ademais, com um enredo que mescla passado e presente de forma plausível (sim, curti bastante a batalha inicial, com o Rei Arthur lutando junto com os robôs), o longa pode não ser o melhor da franquia e não força a barra declinando pra tanta confusão, porém está longe de ser horrível. Ele carrega consigo seus pontos positivos e negativos, assim como todo filme de Hollywood, e merece ser visto pelos fãs, a fim de que tirem suas próprias conclusões. Entendamos que no fim das contas, é tudo tão simples: se você está a fim de assistir, pegue e vá. Se não quiser, porque teme que vá perder seu suado dinheirinho, então não confira. Baseado nisto, o filme é diversão pura e aquele entretenimento que talvez te irrite, mas no desfecho, irá te pacificar e deixar a esperança de que a recepção do 6º filme tenha uma recepção calorosa, seja por parte da imprensa ou dos espectadores. Então do meu ponto de vista, valeu a pena a experiência em IMAX, pois os efeitos em 3D foram surreais! Logo, Transformers – The Last Knight não é aquele filmaço nota 10. É bom, apenas isso.

Título Original: Transformers – The Last Knight
Direção: Michael Bay
Duração: 149 minutos
Nota:

Assista o trailer abaixo:

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2 Comments

  • Obrigado pela crítica do filme “Transformers: O Último Cavaleiro”. Estou pensando em assistir e assistir o novo episódio da franquia. Sua crítica me fez repensar e talvez eu dê uma chance ao filme (apesar de todos os comentários negativos que tenho lido e ouvido). Boa noite.

    • Ah, muito obrigado! Bom, pode ir ver se quiser e for fã de paixão pela franquia, afinal tirar as próprias conclusões é o que vale no fim das contas…heheh
      Boa noite!

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