Valhalla – A Lenda de Thor (2019)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais uma adaptação do mitos nórdicos para o cinema. Valhalla é um filme dinamarquês de aventura e fantasia sombria de 2019, dirigido por Fenar Ahmad e baseado na HQ de mesmo nome de Peter Madsen .

Valhalla (2019)

Dirigido por Fenar Ahmad, produzido por Jacob Jarek, escrito por Fenar Ahmad e Adam Agosto, baseado em Valhalla de Peter Madsen. Estrelando Roland Møller, Dulfi Al-Jabouri, Jakob Lohmann e Stine Fischer Christensen. Distribuído por Nordisk Film, lançamento em 10 de outubro de 2019.

No elenco Roland Møller como Thor, Dulfi Al-Jabouri como Loki, Jacob Ulrik Lohmann como Tyr, Stine Fischer Christensen como Frigg, Asbjørn Krogh Nissen como Odin, Bjørn Fjæstad como Pai, Patricia Schumann como mãe, Andreas Jessen como Balder, Sanne Salomonsen como Elle, Saxo Molthke-Leth como Tjalfe, Cecilia Loffredo como Røskva, Reza Forghani como Quark, Uffe Lorentzen como Útgarða-Loki e Ali Sivandi como Skrymer.

Sinopse: As crianças viking Roskva e Tjalfe embarcam em uma jornada aventureira de Midgard a Valhalla com os deuses Thor e Loki. A vida em Valhalla, no entanto, acaba sendo ameaçada pelo temido lobo Fenrir e pelos arqui-inimigos bárbaros do deus, os Jotnar. Lado a lado com os deuses, os dois filhos devem lutar para salvar Valhalla do fim do mundo.

Crítica: Decepção, essa foi a sensação ao assistir ao fraco filme dinamarquês Valhalla de Fenar Ahmad (Guerreiro da escuridão) sobre o Ragnarok dos deuses nórdicos. Ahmad parece não se importar ao estilo do que está fazendo, misturando um filme sombrio com temática infantil ao atirar para todos os lados, tentando fazer um filme mitológico, cheio de críticas sociais como ao trabalho infantil, a classe mais pobre que aceita as demandas dos mais ricos ou poderosos e aos deuses egoístas e autoritários, tudo isso misturado em um filme bem Sessão da Tarde na Rede Globo onde uma criança humana, com toque para arrumar pedras no chão (sim, eu entendi que ela é uma Skald para os mais chatos), deve deter o crepúsculo dos deuses.

No primeiro arco, Ahmad adapta com certa propriedade o conto da visita de Thor e Loki a aldeões, em que Thor sacrifica seus bodes para que possam se alimentar. É sombrio, interessante e certamente não parece infantil, mas após esta seqüência de apresentação dos personagens e uma pequena introdução aos deuses, o roteiro estranhamente inverte seu protagonismo na menina, que com seu irmão virou mercadoria dos deuses e vão trabalhar para Thor no palácio do Valhalla como servos. Aí tudo desanda, pois o palácio é um chiqueiro, os deuses tem diálogos pífios e a humanidade, representada por estas crianças, que não tem todo esse talento para comandar um história, se tornam mais sabeis e heroicos que os deuses.

Até mesmo a interessante percepção do diretor, colocando atores com traços dinamarqueses como os deuses vikings e com traços muçulmanos como deuses do gelos, perde a força no roteiro desinteressante, típico de João e Maria, apresentado pelo próprio Ahmad e Adam Agosto. A impressão que tive é que Ahmad queria fazer um projeto polêmico e não infantil, mas não conseguiu patrocínio para isso e teve que adaptar seu trabalho já pronto em um conto infantil, o que não ficou nem um nem outro devido a todas as dificuldades financeiras e de elenco.

Não é a primeira vez que me decepciono vendo filmes B sobre a mitologia nórdica. Infelizmente temos Erik o Viking de Terry Jones,  O Poderoso Thor de 2011 do diretor Christopher Ray que é ruim em tudo e Hammer of Gods de 2009 de Todor Chapkanov.

Curiosidades: Valhalla foi indicado ao Prêmio Robert de Melhor Filme Infantil .

 

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