O Universo Cinematográfico de Duna (Dune – 1984 a 2020).

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos de um dos universos mais fantásticos da ficção científica literária, da tv e cinematográfica. Duna é um universo ficcional criado por Frank Herbert para a série de seis livros iniciada em Duna. Posteriormente o universo viria a crescer nos livros de Kevin J. Anderson e Brian Herbert assim como em obras noutras plataformas, tais como jogos de RPG e de tabuleiro. As trilogias escritas recentemente por Kevin J. Anderson e Brian Herbert ainda não foram publicadas em português e por isso seus títulos aqui estão em inglês, acompanhados de tradução não-oficial.

Duna (Romance 1965)

Duna (Dune) é um romance de ficção científica do escritor americano Frank Herbert (1920-1986), publicado originalmente pela editora Chilton Books nos Estados Unidos em 1965. Vencedor do prêmio Hugo de 1966, Duna é considerado o livro de ficção científica mais vendido de todos os tempos. Independentemente de seu sucesso comercial, Duna é continuadamente apontada como uma das mais renomadas obras de ficção e fantasia já lançadas, e um dos pilares da ficção científica moderna. Consistindo no início da série Duna, a estória contida no livro é expandida em outros cinco livros e um conto, todos escritos por Herbert, além de mais de uma dúzia de outros livros, escritos pelo filho do autor, Brian Herbert, em parceria com o também escritor americano Kevin J. Anderson (todos eles desenvolvidos e publicados posteriormente a morte de Frank Herbert).

Duna se passa em um futuro distante no meio de um império intergaláctico feudal em expansão, onde feudos planetários são controlados por Casas nobres que devem aliança à casta imperial da Casa Corrino. O livro conta a história do jovem Paul Atreides, herdeiro do Duque Leto Atreides e da respectiva Casa Atreides, na ocasião da transferência de sua família para o planeta Arrakis, a única fonte no universo da especiaria melange. Em uma história que explora as complexas interações entre política, religião, ecologia, tecnologia e escolhas e consequências em alicerce às emoções humanas, o destino de Paul, sua família, seu novo planeta e seus habitantes nativos, os subestimados fremen, assim como o destino do Imperador Padishah, da poderosa Corporação Espacial à seu serviço e da misteriosa ordem feminina das Bene Gesserit, acabam todos interligados em um confronto que mudará o curso da humanidade.

Frank Herbert fez uma grande inovação em Duna ao rechear o romance de citações/elementos que remetem a paradoxos filosóficos, religiosos e psicológicos, e que até então nunca haviam sido usados na literatura de ficção em geral. Além desses temas, Duna trata também de aspectos importantes da ecologia e da biologia. O ambiente de Duna é notável por não possuir computadores, já que a religião do Império proíbe o uso de máquinas pensantes, temendo que estas possam destruir a humanidade. Todo o trabalho de cálculos complicados é feito pelos Mentats, homens treinados desde a infância para usarem suas mentes como computadores.

Sinopse: O livro indica, numa leitura atenta, que o tempo de Paul Atreides está situado em cerca de 24.600 anos após o presente, no qual a Terra não é mais habitada e muito da sua história já foi esquecida, enquanto algumas tradições históricas e religiosas se mantêm. O conflito principal que dirige a narrativa de Duna é o duelo político entre três famílias nobres: a Casa Imperial Corrino e outras duas Grandes Casas, a Casa Atreides e a Casa Harkonnen.

O Imperador Shaddam IV dos Corrino vê os Atreides como uma ameaça para o seu trono, devido ao carisma e popularidade do Duque Leto Atreides entre os demais nobres presentes na assembleia Landsraad, e devido ao duque e seus talentosos militares, Duncan Idaho, Gurney Halleck e o mentat Thufir Hawat.

O Imperador decide que a Casa Atreides deve ser destruída, mas não pode correr o risco das demais Casas se unirem contra ele, caso ataque uma das Grandes Casas. Assim, Shaddam faz uso de uma rivalidade centenária entre a Casa Atreides e a Casa Harkonnen como uma forma de encobrir seu ataque, chamando para isto o brilhante e ambicioso Barão Vladimir Harkonnen numa tentativa de eliminar seu rival.

Substituindo os Harkonnen, os Atreides são designados para administrar o planeta deserto de Arrakis, também conhecido como “Duna”, a única fonte da preciosa especiaria Melange, que prolonga a vida do usuário. A especiaria também é crucial para o funcionamento da poderosa Corporação Espacial, que mantém um monopólio sobre as viagens interestelares, e a irmandade Bene Gesserit, uma ordem feminina secreta de guerreiras mortais e intelectos perigosos, que vem conduzindo há séculos um programa de melhoramento genético que pretende produzir um macho humano, o Kwisatz Haderach, que terá habilidades de presciência e acesso a toda sua memória genética. Complicando a intriga política há o fato de que tanto Paul Atreides, o filho do Duque, quanto Feyd-Rautha Harkonnen, o sobrinho e herdeiro do Barão, são partes essenciais do programa de eugenia das Bene Gesserit – que planejam casar uma filha Atreides com um filho Harkonnen para unir as linhagens, mas são impedidas por Lady Jessica, concubina do Duque Atreides que desafiou a irmandade ao conceber um filho, ao invés de uma filha.

A mudança na administração de Arrakis cria outro pretexto para um conflito entre os Harkonnen e os Atreides, e remove o Duque Leto de sua base no planeta natal Caladan. Mesmo antecipando a armadilha, os Atreides ficam incapazes de defender-se do ataque devastador movido pelos Harkonnen, auxiliados por soldados Sardaukar travestidos como soldados Harkonnen, e ajudados por um traidor dentro da própria Casa Atreides. O Duque Leto é assassinado, mas Paul e Jéssica escapam para o deserto. Com as habilidades Bene Gesserit de Jéssica e as habilidades marciais de Paul, eles se juntam a um bando nativo dos Fremen, ferozes guerreiros que cavalgam os gigantescos vermes da areia que dominam o planeta deserto. Paul surge então como o Kwisatz Haderach, e o conhecimento secreto de Jessica dos mitos religiosos dos Fremen plantado por uma missionária Bene Gesserit habilitam Paul a se tornar Muad’Dib, um líder político e religioso que une os milhões de Fremen em uma força militar incomparável.

Paul assume o comando de Arrakis e da especiaria, vingando sua família em um confronto direto com Feyd-Rautha Harkonnen em frente ao trono Imperial, forçando o imperador Shaddam a abdicar e tornando Paul o primeiro imperador da dinastia da Casa Atreides.

Curiosidades: Certamente uma das características mais marcantes da série Duna é sua ambientação tão diferente de uma space opera convencional. O universo de Duna é feudal, onde as casas nobres governam cada sistema estelar (os feudos). Não há robôs nem computadores. Toda tecnologia existente é analógica ou biológica. Assim há uma valorização da figura humana e da parte social e política. O jogo de intrigas e a reputação norteiam a tomada de decisões dos personagens.

Os Fremen, nativos do planeta Arrakis, são fanáticos religiosos que vêem os gigantescos vermes de areia como deuses. A moeda do planeta é a água.

Na parte militar há ainda outra particularidade: a invenção dos escudos de força pessoais fez com que todas as armas de longa distância (incluindo lasers) perdessem a efetividade. Por isso o combate em Duna é corpo-a-corpo, as únicas armas efetivas são facas e espadas. Isso exige que os exércitos sejam muito bem treinados.

Continuações: Duna foi um grande sucesso e por isso rendeu uma série de mais cinco livros. São eles: O Messias de Duna, no original “Dune Messiah” (1969); Os Filhos de Duna, no original “Children of Dune” (1976); O Imperador-Deus de Duna, no original “God Emperor of Dune” (1981); Os Hereges de Duna, no original “Heretics of Dune” (1984); As Herdeiras de Duna, no original “Chapterhouse: Dune” (1985).

A partir de 1999, o filho de Frank Herbert, Brian Herbert (1947), que também se tornou autor de livros, dono do espólio de seu pai, em parceria com também escritor americano Kevin J. Anderson, começou a produzir e lançar novos livros da série Duna. Segundo Brian Herbert, esse era um desejo de Frank Herbert, isto é, que ele continuasse a expandir o universo da série. Para tal, Brian se baseou, ao longo dos anos, não só em anotações, manuscritos e rascunhos deixados pelo próprio Frank Herbert ao longo das décadas de 60, 70 e 80 para direcionar a série e explicar lacunas deixadas pela coleção de livros original, como também, segundo ele, a partir de elementos que ele próprio desenvolvia (tomando certa liberdade criativa) para dar prosseguimento a esse projeto. No entanto, concomitantemente, ao longo dos últimos anos, um grande contingente de fãs da série original vêm criticando severamente essa nova “safra” de estórias do universo de Duna, alegando que Brian estaria não só deturpando os planos de seu pai, como produzindo muitos dos livros apenas objetivando um retorno financeiro dos mesmos, o que explicaria a suposta baixa qualidade de alguns volumes lançados nos anos 2000. Até o presente momento, nenhum desses livros teve uma tradução para a língua portuguesa, quer no Brasil ou em Portugal. Abaixo, os livros dessa nova “série expandida” publicados nos EUA até o momento.

Trilogia Prelude to Dune: Dune: House Atreides (1999); Dune: House Harkonnen (2000); Dune: House Corrino (2001). Franquia Legends of Dune: Dune: The Butlerian Jihad (2002); Dune: The Machine Crusade (2003); Dune: The Battle of Corrin (2004); Hunters of Dune (2006); Sandworms of Dune (2007). Dualogia Heroes of Dune: Paul of Dune (2008) e The Winds of Dune (2009). Dualogia Great Schools of Dune: Sisterhood of Dune (2012) e Mentats of Dune (2014).

Música em homenagem ao livro: A famosa banda de heavy metal Iron Maiden fez uma música inspirada no livro, intitulada To Tame a Land, do álbum Piece of Mind, lançado em 1983. Uma curiosidade, é que a música era pra levar o nome do livro, porém Frank Herbert proibiu. Apesar disso, na Itália e no Canadá a música saiu com o nome de Dune. A banda Blind Guardian também aborda a história na canção Traveler in Time do álbum Tales from the Twilight World. A cantora eletrônica Grimes fez um álbum inspirado no livro, com o nome “Geidi Primes”.

Duna (filme de 1984)

Direção e roteiro David Lynch, produção Raffaella De Laurentiis, produção executiva Dino De Laurentiis, baseado em Duna de Frank Herbert. Elenco Francesca Annis, Leonardo Cimino, Brad Dourif, José Ferrer, Linda Hunt, Freddie Jones, Sting, Richard Jordan, Kyle MacLachlan e Max von Sydow. Cinematografia Freddie Francis, direção de arte Pier Luigi Basile, efeitos especiais Charles L. Finance e Barry Nolan, figurino Bob Ringwood e edição Antony Gibbs. Companhia produtora De Laurentiis, distribuição Estados Unidos Universal Pictures e Brasil World Movies. Lançamento nos Estados Unidos em 14 de dezembro de 1984 e orçamento de US$ 45 milhões.

Sinopse: No ano de 10191, a humanidade se espalhou pelo universo mas, politicamente regrediu para um regime feudal. A moeda do universo é a chamada especiaria, um produto com capacidade de aumentar a expectativa de vida e os poderes de presciência de alguns usuários. Neste universo cheio de intrigas e batalhas, no planeta Arrakis, único lugar onde a especiaria pode ser colhida, entram em conflito os interesses de diversas casas nobres pelo controle da produção da Especiaria Melange, logo controlando todo poder do Universo.

Curiosidades: No verão 1971, o produtor de cinema Arthur P. Jacobs adquiriu os direitos para produzir o filme para Dune , mas morreu no verão 1973, enquanto os planos para o filme (incluindo David Lean já anexado para dirigir) ainda estavam em desenvolvimento.

Os direitos do filme foram revertidos em 1974, quando a opção foi adquirida por um consórcio francês liderado por Jean-Paul Gibon, com Alejandro Jodorowsky contratado para dirigir. Jodorowsky passou a abordar, entre outros, os grupos de rock progressivo Pink Floyd e Magma para algumas das músicas, Dan O’Bannon para os efeitos visuais e os artistas HR Giger, Jean Giraud e Chris Foss para o design de cenários e personagens.

Para o elenco, Jodorowsky imaginou Salvador Dalí como o Imperador, Orson Welles como o Barão Harkonnen, Mick Jagger como Feyd-Rautha, Udo Kiercomo Piter De Vries, David Carradine como Leto Atreides, seu filho, Brontis Jodorowsky, como Paul Atreides, e Gloria Swanson, entre outros. O projeto acabou sendo descartado por vários motivos, principalmente porque o financiamento secou quando explodiu para um filme épico de 10 a 14 horas.

Embora a versão do filme nunca tenha chegado à produção, o trabalho que Jodorowsky e sua equipe colocaram em Duna teve um impacto significativo nos filmes de ficção científica subsequentes. Em particular, o clássico Alien (1979), escrito por O’Bannon, compartilhava muito da mesma equipe criativa para o design visual que havia sido montada para o filme de Jodorowsky. Um documentário, Jodorowsky’s Dune (2013), foi feito sobre a tentativa fracassada de Jodorowsky de uma adaptação.

No final de 1976, o produtor italiano Dino De Laurentiis comprou os direitos do consórcio de Gibon. De Laurentiis contratou Herbert para escrever um novo roteiro em 1978; o roteiro que Herbert entregou tinha 175 páginas, o equivalente a quase três horas de tela. De Laurentiis então contratou o diretor Ridley Scott em 1979, com Rudy Wurlitzer escrevendo o roteiro e HR Giger contratado da produção de Jodorowsky. Scott pretendia dividir o livro em dois filmes. Ele trabalhou em três rascunhos do roteiro, usando A Batalha de Argel como ponto de referência, antes de dirigir outro filme de ficção científica, Blade Runner (1982). Como ele se lembra, o processo de pré-produção era lento e terminar o projeto teria consumido ainda mais tempo:

Mas depois de sete meses eu abandonei Duna , àquela altura Rudy Wurlitzer apareceu com um primeiro rascunho do roteiro que eu senti ser uma destilação decente do (livro) de Frank Herbert, mas também percebi que Dune teria muito mais trabalho – pelo menos dois anos e meio e eu não tive coragem de atacar isso porque meu irmão [mais velho] Frank morreu inesperadamente de câncer enquanto eu preparava a foto de De Laurentiis. Francamente, isso me assustou, então fui até Dino e disse a ele que o roteiro de Dune era dele.

—De Ridley Scott: The Making of His Movies, de Paul M. Sammon.

Roteiro e direção de Lynch

Em 1981, os direitos do filme de nove anos estavam definidos para expirar. De Laurentiis renegociou os direitos do autor, adicionando a eles os direitos das sequências de Dune (escritos e não escritos). Depois de ver O Homem Elefante, a produtora Raffaella De Laurentiis decidiu que David Lynch deveria dirigir o filme. Naquela época, Lynch recebeu várias outras ofertas de direção, incluindo Return of the Jedi. Ele concordou em dirigir Dune e escrever o roteiro, embora não tivesse lido o livro, conhecido a história, ou mesmo se interessado por ficção científica. Lynch trabalhou no roteiro por seis meses com Eric Bergrene Christopher De Vore. A equipe produziu dois rascunhos do roteiro antes de se dividirem sobre as diferenças criativas. Lynch posteriormente trabalhou em mais cinco rascunhos.

Virginia Madsen disse em 2016 que assinou contrato para três filmes, já que os produtores “pensaram que iriam fazer Guerra nas Estrelas para adultos “.

Em 30 de março de 1983, com o sexto esboço de 135 páginas do roteiro, Dune finalmente começou a filmar. Foi filmado inteiramente no México. Com um orçamento de mais de US$ 40 milhões, Dune exigiu 80 conjuntos construídos em 16 palcos de som e uma equipe total de 1.700. Muitas das cenas externas foram filmadas nos Campos de Dunas de Samalayuca em Ciudad Juárez, Chihuahua.

A versão preliminar de Duna, sem efeitos de pós-produção, durou mais de quatro horas, mas a versão pretendida de Lynch para o filme (conforme refletido na sétima e última versão do roteiro) tinha quase três horas de duração. A Universal e os financiadores do filme esperavam um corte padrão de duas horas do filme. Dino De Laurentiis, sua filha Raffaella e Lynch cortaram várias cenas, filmaram novas cenas que simplificaram ou concentraram elementos da trama e adicionaram narração, além de uma nova introdução de Virginia Madsen. Contrariando os rumores, Lynch não fez nenhuma outra versão além do corte teatral. Uma versão para a televisão foi ao ar em 1988 em duas partes, totalizando 186 minutos, incluindo uma recapitulação de “O que aconteceu ontem à noite” e uma segunda lista de créditos. Lynch rejeitou esta versão e teve seu nome removido dos créditos, Alan Smithee sendo creditado em seu lugar. Esta versão (sem recapitulação e segundo rolo de crédito) foi lançada ocasionalmente em DVD como Dune: Extended Edition. Várias versões mais longas foram unidas. Embora a Universal tenha abordado Lynch para uma possível edição do diretor , Lynch recusou todas as ofertas e prefere não discutir Dune em entrevistas.

Dune estreou em Washington, DC, em 3 de dezembro de 1984, no Kennedy Center e foi lançado mundialmente em 14 de dezembro. A publicidade de pré-lançamento foi extensa, não apenas porque foi baseada em um romance best-seller, mas também porque foi dirigido por Lynch, que teve sucesso com Eraserhead e The Elephant Man . Diversas revistas acompanharam a produção e publicaram artigos elogiando o filme antes de seu lançamento, [15] todos parte da propaganda e merchandising de Dune , que também incluía um documentário para televisão, além de itens colocados em lojas de brinquedos. [16]

O filme estreou em 14 de dezembro de 1984, em 915 cinemas e arrecadou US$ 6.025.091 em seu fim de semana de estreia, ocupando o segundo lugar nas bilheterias nacionais, atrás de Beverly Hills Cop . Ao final de sua execução, Dune havia arrecadado US$ 30.925. Com um orçamento estimado de $ 40 milhões, o filme foi considerado uma decepção de bilheteria.

Recepção da Crítica Mundial:

Roger Ebert deu a Dune uma estrela de quatro e escreveu: “Este filme é uma verdadeira bagunça, uma excursão incompreensível, feia, desestruturada e sem sentido aos reinos mais sombrios de um dos roteiros mais confusos de todos os tempos.” Ebert acrescentou: “O enredo do filme sem dúvida significará mais para as pessoas que leram Herbert do que para aqueles que estão andando no frio”, e mais tarde o chamou de “o pior filme do ano”. Nos filmes com Gene Siskele Ebert, Siskel começou sua crítica dizendo “é fisicamente feio, contém pelo menos uma dúzia de cenas nojentas, alguns de seus efeitos especiais são baratos – surpreendentemente baratos porque este filme custou US$ 40-45 milhões – e sua história é inacreditavelmente confuso. Caso eu não tenha sido claro, odiei assistir este filme. ” O filme foi posteriormente listado como o pior filme de 1984 e a “maior decepção do ano” em seu episódio “Fedorentos de 1984”. Outras críticas negativas se concentraram nas mesmas questões, bem como na duração do filme.

Janet Maslin, do The New York Times, também deu a Dune uma crítica negativa de uma estrela em cinco. Ela disse: “Vários dos personagens em Duna são psíquicos, o que os coloca na posição única de serem capazes de entender o que se passa no filme” e explicou que a trama estava “perigosamente sobrecarregada, assim como praticamente todo o resto. ”

A Variety deu a Dune uma crítica menos negativa, afirmando que ” Duneé um grande, vazio, criativo e frio épico de ficção científica. Visualmente único e repleto de incidentes, o filme de David Lynch desperta o interesse devido às suas abundantes atrações de superfície, mas não cria, por si só, o tipo de fanatismo que fez do romance de Frank Herbert de 1965 um dos favoritos de todos os tempos em seu gênero. “Eles também comentaram sobre como” a adaptação de Lynch cobre toda a extensão do romance, mas simplesmente configurar os vários mundos, personagens, intrigas e forças em ação requer mais de meia hora de tempo expositivo na tela. “o elenco e disse que “Francesca Annis e Jürgen Prochnow formam um casal real excepcionalmente atraente, Siân Phillips tem alguns momentos fascinantes como uma bruxa poderosa, Brad Dourif é efetivamente maluco, e o melhor de tudo é Kenneth McMillan,cujo rosto está coberto de crescimentos grotescos e que flutua como oBlue Meanie ganhou vida. ”

Richard Corliss of Time deu a Dune uma crítica negativa, afirmando: “A maioria dos filmes de ficção científica oferece uma fuga, um feriado dos deveres de casa, mas Dune é tão difícil quanto um exame final. Você tem que estudar para isso.” Ele observou que “MacLachlan cresce de maneira impressionante no papel; seus traços, suaves e mimados no início, assumem um glamour masculino quando ele assume sua missão.” Ele terminou dizendo “Os atores parecem hipnotizados pelo feitiço que Lynch criou em torno deles – especialmente a lustrosa Francesca Annis, como a mãe de Paul, que sussurra suas falas com a urgência de uma revelação erótica. Nesses momentos em que Annis está na tela, Dunaencontra o centro emocional que o iludiu em seu desfile de decoração rococó e efeitos especiais austeros. Ela nos lembra do que os filmes podem alcançar quando têm coração e também mente. ”

O estudioso de cinema Robin Wood chamou Dune de “o filme mais obscenamente homofóbico que já vi”, referindo-se a uma cena em que o barão Harkonnen agride sexualmente e mata um jovem sangrando-o até a morte – acusando-o de “conseguir se associar com a homossexualidade em uma única cena de grosseria física, depravação moral, violência e doença ”. O escritor gay Dennis Altman sugeriu que o filme mostrasse como “as referências à AIDS começaram a penetrar na cultura popular” na década de 1980, perguntando: “Foi apenas um acidente que no filme Duna o vilão homossexual tivesse feridas supuradas em seu rosto?”

Enquanto a maioria dos críticos era negativa em relação a Dune, o crítico e escritor de ficção científica Harlan Ellison tinha uma opinião diferente. Em seu livro de crítica de cinema de 1989, Harlan Ellison’s Watching, ele diz que a produção de US $ 42 milhões fracassou porque os críticos foram negados a exibição no último minuto após várias reprogramações, uma decisão da Universal que, segundo Ellison, deixou a comunidade cinematográfica nervosa e negativo para Dune antes de seu lançamento. Ellison acabou se tornando um dos poucos críticos positivos do filme. Daniel Snyder também elogiou elementos do filme em um artigo de 2014 que chamou o filme de “… uma obra profundamente falha que falhou como empresa comercial, mas ainda conseguiu capturar e destilar porções essenciais de uma das obras mais densas da ficção científica.” Snyder afirmou que o “estilo surreal” de Lynch criou “um mundo que parecia totalmente estranho”, cheio de “… sequências de sonhos bizarras, repletas de imagens de fetos não nascidos e energias cintilantes, e cenários perturbadores como o inferno industrial do mundo natal dos Harkonnen, fazendo um filme realmente mais próximo de Kubrick ( 2001: A Space Odyssey ) do que de George Lucas. Ele procura colocar o espectador em algum lugar desconhecido enquanto sugere uma história maior e oculta. “Snyder elogiou a produção e afirmou que Herbert disse que estava satisfeito com o filme de Lynch.

O historiador de ficção científica John Clute argumentou que enquanto Lynch’s Dune “não poupou nada para alcançar seus impressionantes efeitos visuais”, a adaptação para o cinema “infelizmente – talvez inevitavelmente – reduziu o denso texto de Herbert a um melodrama”.

As poucas críticas mais favoráveis ​​elogiaram a abordagem noir – barroca de Lynch para o filme. Outros o comparam a outros filmes de Lynch que são igualmente difíceis de acessar, como Eraserhead, e afirmam que para assisti-lo, o espectador deve primeiro estar ciente do universo Dune. Nos anos desde seu lançamento inicial, Dune ganhou mais críticas positivas de críticos online e telespectadores. No agregador de comentários Rotten Tomatoes, o filme tem índice de aprovação de 52% com base em 48 resenhas, com nota média de 5,92 / 10. O consenso crítico do site diz: “Esta adaptação truncada da obra-prima de ficção científica de Frank Herbert é seca demais para funcionar como grande entretenimento, mas o talento de David Lynch para o surreal dá um toque especial.”

Como resultado de sua má recepção comercial e crítica, todos os planos iniciais para as sequências de Dune foram cancelados. David Lynch supostamente estava trabalhando no roteiro de Dune Messiah e foi contratado para dirigir o segundo e terceiro filmes propostos para Dune. Em retrospecto, Lynch renegou o filme e reconheceu que nunca deveria ter dirigido-o: Comecei a vender em Dune, mas olhando para trás, não é culpa de ninguém, apenas minha. Eu provavelmente não deveria ter feito aquela foto, mas vi toneladas e toneladas de possibilidades para coisas que eu amava, e essa era a estrutura para fazê-las. Havia muito espaço para criar um mundo. Mas recebi fortes indicações de Raffaella e Dino De Laurentiis sobre que tipo de filme eles esperavam, e sabia que não tinha a versão final.

Na introdução de sua coleção de contos de 1985, Eye, o autor Herbert discutiu a recepção do filme e sua participação na produção, elogiou Lynch e listou cenas que foram filmadas, mas deixadas de fora da versão lançada. Ele escreveu: “Gostei do filme até mesmo como um corte e disse-o como o vi: o que chegou à tela é um banquete visual que começa quando Duna começa e você ouve meu diálogo durante todo ele.” Herbert também comentou: “Tenho minhas dúvidas sobre o filme, é claro. Paul era um homem brincando de deus, não um deus que poderia fazer chover.”

Alejandro Jodorowsky , que havia ficado desapontado com o colapso de sua própria tentativa de filmar Duna , mais tarde disse que ficou desapontado e com ciúmes quando soube que Lynch estava fazendo Duna , pois acreditava que Lynch era o único outro diretor capaz de fazer justiça ao romance. No início, Jodorowsky se recusou a ver o filme de Lynch, mas seus filhos o arrastaram. Conforme o filme se desenrolava, Jodorowsky diz, ele ficou muito feliz, vendo que era um “fracasso”. Jodorowsky acrescentou que isso certamente foi culpa dos produtores e não de Lynch.

No documentário sobre a minissérie Frank Herbert’s Dune (2000), o ator William Hurt disse que era fã da série de livros e que queria fazer parte do filme de 1984, mas vendo o que acabou sendo, ele estava mais feliz por não ter desempenhado um papel nela.

Duna de Frank Herbert (Minissérie de TV – 2000)

Dune é uma minissérie de televisão do gênero de ficção científica baseada no primeiro romance da bem-sucedida saga de mesmo nome (Dune) escrita por Frank Herbert. A minissérie foi lançada em a US em 03 de dezembro de 2000 e foi emitido naquele país pelo canal Sci Fi. Direção e roteiro de John Harrison, elenco William Hurt, Alec Newman, Giancarlo Giannini, Uwe Ochsenkhnecht, Barbora Kodetová, PH Moriarty, Julie Cox , Laszlo Imre Kisch, Matt Keeslar e Saskia Reeves. Empresas produtoras New Amsterdam Entertainment, Blixa Film Produktion e Hallmark Entertainment Distribution. Lançamento no canal Sci Fi (EUA) em 3 de dezembro de 2000.

Em 2000, várias produtoras (incluindo Hallmark Entertainment Distribution ) se associaram para produzir uma nova versão do mesmo romance, mas neste caso para a televisão, sob o formato de uma minissérie em três partes. John Harrison foi contratado para escrever e dirigir a minissérie, adaptando o trabalho de Herbert.

Harrison (que afirma ser um fã dos romances da série e um admirador de Herbert) disse que seu trabalho é uma “adaptação fiel” do trabalho de Frank Herbert; e que as mudanças que ele fez serviram apenas para explicar o que Herbert sugeriu sutil ou expressamente. Portanto, os elementos que ele acrescenta na minissérie que não aparecem no romance são geralmente mais elaborados do que corrigidos.

Muitos fãs da saga acreditam que o tratamento de Harrison do conteúdo temático e filosófico de Herbert é, na verdade, mais eficaz em termos narrativos do que aquele dado a ele no filme de 1984, mas alguns consideram que isso diminuiu a truculência e o mistério quem também era do livro. A isso deve ser adicionado que ambas as adaptações fogem de um tema central da ficção de Herbert: a eliminação das máquinas pensantes e sua substituição por humanos altamente especializados para substituir suas funções.

Sinopse: Dentro de muitos milhares de anos no futuro (em relação ao nosso tempo presente), a Humanidade se espalhou e habita milhares de planetas em todo o Universo. No entanto, toda a Humanidade permanece politicamente unida em um Império, que na prática é como um único país e que recebe o nome oficial de Universo Conhecido. Este Império tem um sistema peculiar de governo, algo semelhante ao dos países da Europa na Idade Média; é uma mistura de autocracia e monarquia feudal, mas também com elementos de um estado corporativo.

O poder é dividido entre o Imperador, as Grandes Casas, a CHOAM, a Guilda Espacial e a Bene Gesserit. O Imperador do Universo Conhecido é um governante autoritário com grandes poderes; no entanto, seu poder é limitado porque tem que compartilhá-lo com os outros fatores institucionais do Universo (as Grandes Casas, a Guilda Espacial, etc.)

As Grandes Casas são um grande número de famílias poderosas que constituem a Nobreza do Império. Cada uma dessas famílias é dona de um ou mais planetas, como feudo; e os habitantes desse planeta ou planetas são servos da família proprietária. O Chefe de cada uma das Grandes Casas tem um título nobre ( Duque , Marquês , Conde , Barão , etc.); e atua como governante planetário em seu feudo, com autonomia mais ou menos amplo, embora no final esteja sujeito à autoridade do Imperador em assuntos que são comuns a todo o Universo Conhecido e, portanto, de competência imperial. As Grandes Casas são representadas em uma espécie de assembleia parlamentar aristocrática chamada Landsraad .

A Cofradía Espacial é uma organização comercial, uma corporação que exerce o monopólio das viagens espaciais e, portanto, tem uma influência política decisiva; todo o comércio interplanetário está em suas mãos e o transporte de forças militares também depende de seus caprichos. CHOAM é uma macro corporação gigantesca que domina toda a economia do Universo Conhecido; controla os monopólios de inúmeras indústrias e os distribui à vontade entre seus membros. Seu acionista majoritário é o Imperador, mas as Grandes Casas e outros poderes têm importante participação no capital, e seus votos contam muito no conselho de administração. A Bene Gesserit é uma irmandade cujos membros têm incríveis poderes mentais que os fazem parecer “bruxas”; realizar muitos serviços para as Grandes Casas, eles têm muito poder político sutilmente encoberto e têm um programa genético para melhorar a espécie humana.

As grandes casas têm seus próprios exércitos e armas nucleares; mas um tratado os impede de usar bombas nucleares nas frequentes guerras entre essas casas. Se alguém violar o tratado, a punição é que os demais signatários do acordo devem se unir para lançar um ataque nuclear conjunto contra o violador e destruí-lo completamente (mesmo que o violador do tratado seja o próprio Imperador). Como também é comum o uso de escudos de energia que impedem a passagem de todos os tipos de balas, projéteis e mísseis; e esses mesmos escudos detonam explosões atômicas se forem atingidos por raios laser, armas modernas não podem ser usadas, nem mesmo pistolas. É por isso que as guerras mais uma vez foram travadas com facas e adagas no combate corpo a corpo.

Como resultado de uma guerra ocorrida há milhares de anos, na qual os humanos lutaram para se libertar dos robôs e computadores que os escravizaram (o Jihad Butleriano); os computadores e qualquer forma de inteligência artificial (“máquinas pensantes” no jargão do Império) são estritamente proibidos. Para substituí-los, existem seres humanos dotados de incríveis capacidades mentais iguais ou superiores às dos melhores computadores de outrora; verdadeiros “computadores humanos” chamados Mentats.

No contexto deste Universo, a história da série gira em torno de Paul Atreides, o protagonista; Paul é o único filho e herdeiro do Duque Leto Atreides e sua concubina oficial, Jessica Atreides (uma Reverenda Mãe da Bene Gesserit). O pai de Paul, o duque Leto, é o governante do planeta Caladan, o feudo da família; e ele é o chefe da Casa Atreides, uma das mais famosas e influentes das Grandes Casas.

A história começa quando o duque Leto é nomeado governador planetário de Arrakis pelo imperador Shaddam IV; Arrakis, também conhecido como Duna, é um planeta deserto e é o único lugar onde a Melange é encontrada. Melange é uma substância consumida em grandes quantidades pelos Navegadores dá Guilda Espacial, seres mutantes que não são mais humanos e têm uma aparência monstruosa; Graças ao fato de ingerirem Melange, esses Navegadores são capazes de “dobrar o espaço” e mover as gigantescas espaçonaves da Guilda por milhares de anos-luz. Sem o Melange, os navegadores morreriam e as naves não seriam capazes de viajar, interrompendo todas as viagens espaciais interplanetárias. Além disso, a Melange também permite que a Bene Gesserit desenvolva seus extraordinários poderes de “bruxa”; e é consumido em pequenas quantidades pela maioria da população do Império, prolongando a vida dos seres humanos em muito mais de cem anos. Por tudo isso, Melange é a substância mais valiosa do Universo conhecido e é mais importante para sua civilização do que o petróleo é para a nossa.

Seres monstruosos habitam os desertos de Arrakis, vermes gigantescos que emergem da areia e que sempre parecem estar próximos aos depósitos de Melange, o que torna sua extração muito perigosa.

Ao ser nomeado governador de Arrakis e, portanto, encarregado da produção de Melange, o duque Leto e sua família pensaram que era a melhor oportunidade da história para tornar a dinastia Atreides mais poderosa e rica; especialmente porque o imperador Shaddam tirou a administração de Arrakis da Casa Harkonnen , a família inimiga dos Atreides, para dá-la ao duque e sua família. O que eles não suspeitam é que o imperador Shaddam conspirou com o barão Vladimir Harkonnen (chefe dos Harkonnen) para armar uma armadilha para o duque e assassiná-lo; já que o imperador tem ciúmes da popularidade do duque entre as grandes casas e teme que ele possa derrubá-lo para ocupar seu trono.

No início da série, os Atreides se preparam para viajar para Arrakis; Enquanto a conspiração do imperador e seu aliado Harkonnen segue seu curso, paralelamente a Bene Gesserit está preocupada em descobrir se Paul poderia ser o Kwisatz Haderach que eles tentaram produzir por milênios. A mãe de Paul desobedeceu à ordem Bene Gesserit de ter apenas filhas com o duque Leto e um menino; A intenção original do projeto era que uma filha de Leto e Jessica tivesse um filho com um herdeiro Harkonnen para produzir o Kwisatz Haderach, mas após a inesperada insubordinação de Jessica, há indícios de que o Kwisatz Haderach pode ter avançado uma geração em pessoa. de Paulo, o que interessa e ao mesmo tempo preocupa a irmandade.

Em meio a essas intrigas, os Atreides chegam a Arrakis e assumem o governo; o duque tenta ganhar o apoio dos Fremen, uma raça misteriosa de humanos do deserto que são a população nativa de Arrakis. Aos poucos, os Atreides estão obtendo resultados positivos e Paul com seus estranhos dons está despertando curiosidade e simpatia entre os Fremen.

Então, o imperador envia sua filha mais velha, a princesa Irulan Corrino, para fazer uma visita oficial aos Atreides em Arrakis; tudo para evitar qualquer suspeita sobre seus verdadeiros planos. A princesa, que não conhece as intenções do pai, é atraída por Paul e uma pequena faísca surge entre os dois; no entanto, a rápida missão de Irulan termina e ela deve recuar antes de aprofundar qualquer relacionamento com o protagonista.

Não demora muito para que a traição de Shaddam seja consumida; um traidor dentro do povo de confiança dos Atreides torna mais fácil para os soldados dos Harkonnen e do Imperador (os homens do Imperador estão disfarçados de soldados Harkonnen para evitar que o envolvimento do monarca seja conhecido) para atacar o Palácio do Duque em Arrakeen. O Exército dos Atreides é destruído e o Duque Leto é forçado a cometer suicídio (antes que eles pudessem assassiná-lo); mas Paul e sua mãe grávida conseguem escapar para o deserto. Em seguida, o imperador devolve o governo de Arrakis e a administração da indústria de Melange aos Harkonnen.

O melhor amigo de Paul e um dos homens mais leais do duque Leto, Duncan Idaho; Ele morre lutando contra os soldados do imperador, enquanto tenta encobrir a fuga de Paulo e sua mãe. Mas antes disso, ele revelou a Paul que havia escondido com segurança as armas nucleares da família Atreides. Outro homem Atreides e amigo de Paul, Gurney Halleck , consegue fugir, mas não sabe que Paul e Jessica ainda estão vivos.

No deserto de Arrakis, Paul e sua mãe (que todos acreditam estar morta) encontram refúgio em uma tribo Fremen (o Sietch Tabr ) cujo Naib ou líder é o respeitado e feroz Stilgar. Em troca da proteção dos Fremen, Jessica e Paul os treinam nas incríveis técnicas de luta corpo a corpo que fazem parte da disciplina Bene Gesserit; e que os Fremen usaram contra seus inimigos mortais, os soldados dos Harkonnen que os oprimem.

Com o tempo, Paul “se torna” um Fremen; ele adota seus costumes e na prática se comporta e se sente como um membro daquela raça. O nome é até alterado e adota o nome Fremen de Muad’Dib. Ele se apaixona por uma garota Fremen, Chani; e ambos acabam vivendo como marido e mulher de acordo com as normas Fremen. A mãe de Paul, Jessica, dá à luz uma filha (aquela que ela carregava quando escapou dos Harkonnen); mas desde que Jessica converteu a Água da Vida durante a gravidez, sua filha Alia Atreides é uma pré-nascida (isto é, sua consciência despertou antes de nascer, sendo um feto, e abriga as memórias de milhões de pessoas mortas como se vivessem dentro dela).

Mais tarde, Paulo também consegue converter a Água da Vida em seu corpo, estando à beira da morte por isso; mas ao sobreviver à agonia, ele definitivamente se torna o Kwisatz Haderach com seus poderes para “ver” o futuro e mudar os destinos da Humanidade.

Esses poderes também permitem que Paul descubra um segredo conhecido apenas pelos altos líderes da ordem Bene Gesserit: que o pai de Jessica Atreides (mãe de Paul) é o Barão Vladimir Harkonnen, que apesar de sua homossexualidade teve relações sexuais em sua juventude com a Reverenda Bene Gesserit Madre com quem teve que procriar uma filha por um acordo político com a ordem. Do jeito que as coisas estão, o pior inimigo de Paul é seu avô materno.

Enquanto isso, o barão Vladimir Harkonnen continua a tecer suas intrigas para alcançar o poder máximo, planejando se casar com um de seus sobrinhos e herdeiro aparente, Feyd Rautha, com a princesa Irulan. Mas ela só está interessada em descobrir o que realmente aconteceu com Paul e quem estava por trás da conspiração contra ele (com razão, suspeitando que era seu próprio pai, o imperador Shaddam).

Em Arrakis, Paul ou Muad’Dib como o chamam agora, consegue se tornar o líder máximo de todas as tribos Fremen do planeta graças a suas incríveis habilidades; e então lança uma sangrenta guerra de guerrilha contra os Harkonnen com o objetivo principal de sabotar a produção de Melange até que ela pare completamente e assim semeie o caos por todo o Império. O outro sobrinho de Vladimir Harkonnen, Glossu Rabban, que fora nomeado por seu tio governador de Arrakis; ele não pode controlar a rebelião crescente, apesar da repressão brutal e desumana que usa. O nome do chefe Fremen messiânico Muad’Dib se torna uma maldição para os Harkonnen, sem saber que Paul Atreides se esconde por trás desse nome.

No meio da guerra, Paul se reencontra acidentalmente com seu amigo e servo Gurney Halleck; Ao descobrir que Paul está vivo, Gurney se junta a ele e se torna seu principal conselheiro militar (além de Stilgar).

Confrontado com o desastroso declínio na produção de Melange após dois anos de guerrilha entre os Fremen e os Harkonnen, e com a perda progressiva do controle do planeta Arrakis (conforme os Fremen ganham cada vez mais terreno), o próprio Imperador ele é forçado a intervir.

O Imperador viaja para Arrakis com seu próprio Exército (o temível e invencível Sardukar) e com os Exércitos de todas as Grandes Casas; em uma frota gigantesca de naves da Space Guild. Tem até a filha Irulan para acompanhá-lo, certo como ele está de que será a vitória definitiva que consagrará seu poder. Em uma primeira investida contra os guerrilheiros Fremen, os soldados do imperador Shaddam assassinam o filho de Paul e Chani.

No entanto, Paul aproveita a presença de Shaddam para dar o golpe de misericórdia; Usando as armas nucleares dos Atreides, ele abre uma enorme fenda na Parede de Escudos (uma cordilheira que protege a capital de Arrakis, Arrakeen) e também desativa os escudos de energia que protegem a nave de desembarque e o palácio adjacente do imperador (Paulo mais tarde alegaria que não violou o tratado contra o uso de armas nucleares porque não as usou contra um alvo humano, mas contra um alvo natural). Então Paulo lança seus soldados Fremen nas costas de vermes da areia para atacar as forças do Imperador e dos Harkonnen, com a ajuda dos habitantes da capital Arrakis, que estavam fartos da opressão; e assim eles se envolvem em uma batalha épica.

Durante a batalha, o Barão Harkonnen (pelas mãos da irmã mais nova de Paul) e Rabban foram mortos; e após a vitória de Paulo e seu Fremen, o imperador e sua comitiva (incluindo sua filha Irulan) são feitos prisioneiros.

Paul então revela aos seus prisioneiros que ele sabe como destruir toda a Melange de Arrakis (já que ele sabe que os vermes da areia são a parte essencial do processo de criação da Melange e ele sabe como iniciar uma reação em cadeia que destruí-los todos); e ameaça fazê-lo se suas demandas não forem aceitas. Diante da chantagem, os aterrorizados representantes da Space Guild ordenam que suas naves se retirem da órbita de Arrakis com todos os exércitos que carregam a bordo. Paulo exige que a filha do Imperador se case com ele (um casamento de conveniência, já que ele não pretende deixar Chani); e então o imperador Shaddam renuncia ao trono e que ele, Paul Atreides, seja proclamado o novo imperador.

Em uma última tentativa de evitá-lo, Feyd Rautha (sobrinho sobrevivente do Barão Harkonnen) desafia Paul para um duelo; e neste emocionante duelo corpo a corpo, Paul o mata e assim termina a família Harkonnen.

A série então termina quando o Imperador e sua filha aceitam as condições de Paulo, o que significa que Paulo será o novo Imperador e poderá lançar seu projeto para mudar o destino da Humanidade. Na última cena, Jessica diz a Chani enquanto eles olham para a orgulhosa Irulan para não se preocupar com o amor e a fidelidade de Paul a ela, e que “nós, que somos chamadas de concubinas, a história nos chamará de esposas” .

Curiosidades: A produção teve um orçamento estimado de US$ 20 milhões; cara demais para uma minissérie de televisão. Os ambientes palacianos e outros interiores da série foram filmados em estúdios localizados em Praga, República Tcheca; e os planos do deserto de Arrakis foram filmados em Túnis.

Para a minissérie, foi escolhido um elenco de atores e atrizes, composto, em sua maioria, por rostos pouco conhecidos do cinema e da televisão de Hollywood (com algumas exceções como William Hurt , vencedor do Oscar em 1985 e que no série interpretada Duke Leto Atreides); embora alguns desses atores fossem bem conhecidos na televisão em seus respectivos países (muitos eram europeus). Em qualquer caso, eles provaram ser excelentes e geralmente se encaixam muito bem em seus personagens. Alguns até pensam que a presença de tantos atores e atrizes ingleses com experiência no teatro, fez com que esta adaptação para a televisão de Duna parecesse um pouco com uma tragédia de William Shakespeare; algo que não é estranho se levarmos em conta que a história de Duna contém elementos de uma tragédia shakespeariana (o retrato complexo de transbordantes paixões humanas, como a luxúria e a ganância; as lutas entre grandes dinastias aristocráticas, as intrigas palacianas, corrupção de poder, etc.)

A minissérie Dune incorporou efeitos especiais avançados, especialmente efeitos digitais gerados por computador, que redundaram em benefício da história. Particularmente notáveis ​​são os visuais da batalha final e aqueles envolvendo os vermes da areia. O responsável pelos efeitos visuais especiais foi Ernest Farino; um profissional respeitado que já trabalhou nos filmes Exterminador 1 e 2 (como designer de títulos no primeiro Terminator e como o principal supervisor de títulos em Terminator 2).

A fotografia da minissérie foi encomendada ao grande Vittorio Storaro, ganhador de três Oscars por seu trabalho fotográfico em filmes memoráveis ​​como Apocalipse Now ou O Último Imperador. Os figurinos da minissérie foram fornecidos por Theodor Pistek, outro vencedor do Oscar (por seu trabalho no aclamado filme Amadeus); a decoração também era excelente e muito elegante. Visualmente a minissérie está impecável.

A minissérie foi um sucesso de audiência (dentro das expectativas que se tinham); e tem sido um dos três programas mais assistidos da história do canal Sci Fi (um dos outros dois é a continuação da minissérie de Dune, feita três anos depois). A minissérie também foi bem recebida pelos fãs da saga literária e conseguiu atrair muitos novos fãs das gerações recentes, reacendendo o interesse pelo trabalho de Herbert.

A minissérie finalmente ganhou dois prêmios Emmy no ano de 2001 de Melhor Cinematografia para um ou Minissérie de um Filme ( Melhor Fotografia para Minissérie ou Filme ) e Efeitos Visuais Especiais de Destaque para uma Minissérie, Filme ou Especial ( Melhor Efeitos Visuais Especiais para Minissérie, filme ou especial ); e foi nomeado para um terceiro lugar na edição de som para minissérie ou filme . O prêmio de cinematografia foi para o trabalho de Storaro, e o prêmio de efeitos visuais especiais para o de Farino.

Filhos de Duna de Frank Herbert (2003)

Children of Dune de Frank Herbert é uma minissérie de ficção científica em três partes escrita por John Harrison e dirigida por Greg Yaitanes, baseada nos romances de Frank Herbert Dune Messiah (1969) e Children of Dune (1976). Transmitido pela primeira vez nos Estados Unidos em 16 de março de 2003.

Children of Dune é a sequência da minissérie Frank Herbert’s Dune de 2000 (baseada no romance Dune de Herbert, de 1965) e foi produzida pelo Sci Fi Channel. Filhos de Duna e seu predecessor são dois dos três programas de maior audiência já transmitidos no Canal de Ficção Científica. Em 2003, Children of Dune ganhou o prêmio Emmy de Efeitos Visuais Especiais de Destaque e foi indicado a três Emmy adicionais. No elenco James Mcavoy, Alec Newman, Julie Cox, Daniela Amavia, Alice Krige e Susan Sarandon.

Sinopse: Parte Um: Messias – Doze anos se passaram desde que Paul Atreides se tornou imperador no final da Duna de Frank Herbert, assumindo o controle do planeta Arrakis e forçando uma união com a filha do ex-imperador, a princesa Irulan . Os exércitos Fremen de Paul lançaram várias jihads sangrentas para solidificar sua posição. O imperador deposto Shaddam IV e o resto de sua família são exilados em Salusa Secundus, onde sua outra filha, a princesa Wensicia, planeja restaurar a Casa Corrino ao poder. A Bene Gesserit, a Guilda Espacial e os Tleilaxu também conspiram para derrubar o reinado de Paul, ajudado até pelos rebeldes Fremen, que odeiam como o projeto de terraformação de Paul está mudando Arrakis e o modo de vida tradicional dos Fremen. Os Tleilaxu apresentam a Paul um ghola à semelhança de seu amigo Duncan Idaho, morto durante os eventos de Duna, mas secretamente condicionado a assassinar Paul quando desencadeado por certas palavras.

Embora suas habilidades prescientes revelem os perigos à frente, Paul permite que as conspirações tenham sucesso para evitar consequências ainda piores. Ele é atacado com um tipo de arma nuclear chamado queimador de pedra e fica cego, mas ainda consegue “ver” seguindo suas visões prescientes. Mais tarde, Chani , a concubina de Paul, dá à luz gêmeos em um sietch Fremen, mas morre logo depois. Na ausência de Paul, sua irmã Alia expurga a cidade imperial dos inimigos da Casa Atreides . Enquanto isso, o Dançarino Facial Tleilaxu Scytale desencadeia o condicionamento de Duncan; mas o trauma de potencialmente matar Paul quebra sua programação e desbloqueia as memórias de sua encarnação original. Com seu plano frustrado, Scytale ameaça a vida dos filhos de Paul; então, a natureza única dos bebês (que, como Alia, eram ” pré-nascidos “) permite que Paul veja pelos olhos de seu filho e mate Scytale. Seguindo a tradição Fremen de abandonar os cegos aos vermes da areia, Paul caminha sozinho para o deserto. Com seu legado garantido, os gêmeos e seu futuro império agora estão sob os cuidados de Alia.

Parte Dois: As Crianças – Os filhos de Paul e Chani, Leto II e Ghanima, são agora jovens adultos; A princesa Irulan protegeu os interesses deles como se fossem seus. Agora casada com Duncan, Alia ainda é regente do império de Paul e guardiã oficial dos filhos. A irmã de Irulan, Wensicia, anseia por um retorno ao poder por meio de seu filho, Farad’n . Depois de uma longa ausência, a mãe de Paul e Alia, Lady Jessica, chega a Arrakis para visitar sua família, mas Alia teme que Jessica tenha retomado sua aliança com a Bene Gesserit e possa estar tramando contra ela. Um indivíduo conhecido como “O Pregador” apareceu na capital, falando contra o declínio do Muad’Diba religião de no medo e ritualismo; mas Alia resiste que ele seja morto porque ela compartilha a crença popular de que ele pode ser um Paul que voltou.

Alia possui memórias e personalidades de seus ancestrais por ser pré-nascida , mas tem dificuldade em controlá-las; suas lutas internas contra as vozes assertivas se manifestam na forma de paranóia e comportamento autodestrutivo. A persona do malvado Barão Vladimir Harkonnen , o avô materno de Alia, que ela própria matou, começa a influenciá-la e ameaça tomar conta de Alia por completo. Jessica sente que Alia se tornou perigosa e aconselha Irulan a levar Leto e Ghanima para um local seguro. Mais tarde, após uma tentativa de assassinato contra ela, Jessica busca refúgio com dissidentes Fremen. Vestindo roupas oferecidas a eles por Wensicia, os gêmeos escapam para o deserto profundo, mas logo são encurralados em uma armadilha mortal planejada por ela.

Parte Três: O Caminho Dourado – A conspiração de Wensicia para assassinar os herdeiros Atreides falha, mas fornece a Leto uma oportunidade de fingir sua própria morte e ganhar tempo para superar Alia. A loucura de Alia atinge seu ápice quando o controle do Barão Harkonnen sobre sua consciência se fortalece e uma guerra civil se forma com o rebelde Fremen. Leto retorna do deserto profundo, onde se liga à truta da areia – a forma larval dos vermes da areia de Arrakis – para adquirir uma carapaça parcial que concede a velocidade, força e invulnerabilidade sobre-humanas dos próprios vermes da areia.

Como forma de forçar o ainda neutro líder Fremen Stilgar a liderar os rebeldes, Duncan mata o amante de Alia, Javid, no sietch de Stilgar. Como ele prevê, Stilgar o mata como vingança e se opõe ativamente a Alia. Leto encontra o Pregador, cuja identidade como seu pai é revelada. As visões prescientes de Leto o convenceram de que ele deve liderar a humanidade ao longo do ” Caminho Dourado ” para garantir a sobrevivência final da humanidade. Enquanto o Pregador fica consternado com a escolha de seu filho, Leto é justificado ao apontar como a presciência do Muad’Dib também viu os passos necessários para garantir o futuro da humanidade.

Com um casamento político arranjado por Jessica entre Ghanima e o filho de Wensicia, Farad’n, o herdeiro de Corrino identifica sua mãe como o cérebro por trás da aparente morte de Leto. Alia prendeu Wensicia, mas Ghanima aceita o gesto de Farad’n como honesto. Com as forças de Stilgar avançando, pai e filho voltam para a capital, Arrakeen, onde o Pregador faz um discurso final denunciando Alia e sua própria religião, e é fatalmente esfaqueado por um rebelde Fremen. Leto confronta Alia no casamento de Ghanima e a derrota. Alia então comete suicídio em vez de ser controlada pelo Barão e morre nos braços de sua mãe. Depois de entregar a água de Alia e o anel de seu pai para Stilgar, Leto desaparece no deserto. Na cena final, Ghanima diz a Farad’n que embora ele não seja seu marido por causa da política, eles ainda podem se apaixonar, e como ela tem pena de seu irmão pela solidão e sofrimento que ele suportará nos milênios que ele deve viver para o bem da humanidade.

Curiosidades: Adquirir os direitos televisivos para seis originais de Frank Herbert Dune novelas, produtor executivo Richard P. Rubinstein imaginou o material complexo adaptado em um formato de minissérie, como tinha feito anteriormente com Stephen King ‘s The Stand e The Langoliers . Ele disse ao The New York Times em 2003: “Eu descobri que existe um casamento maravilhoso entre livros longos e complicados e as minisséries de televisão. Existem alguns livros que simplesmente não podem ser espremidos em um filme de duas horas. ” Mais ou menos na mesma época que Rubenstein estava desenvolvendo o material pela primeira vez, a presidente do Sci Fi Channel, Bonnie Hammer, estava liderando uma campanha para o canal produzir “minisséries de sucesso regularmente”. Duna de Frank Herbert foi a primeira em 2000, seguida por Taken de Steven Spielberg em 2002, e Children of Dune de Frank Herbert e Battlestar Galactica em 2003.

Rubenstein chamou suas duas minisséries de Duna de “ficção científica para pessoas que normalmente não gostam de ficção científica” e sugeriu que “a saga de Duna tende a atrair mulheres em parte porque apresenta personagens femininas poderosas”. A atriz Sarandon concordou, dizendo: “Uma das razões pelas quais sempre adorei os livros foi porque eles eram dirigidos por mulheres fortes, vivendo fora das regras.” Ela acrescentou que a série Dune “é muito apropriada para o que está acontecendo no mundo hoje. É sobre os perigos do fundamentalismo e a ideia de que o poder absoluto corrompe”. Sarandon disse sobre interpretar Wensicia, “é sempre divertido interpretar um vilão inteligente.”

Após a conclusão da produção da primeira minissérie (e antes de sua transmissão), o Sci Fi Channel contratou o escritor / diretor Harrison para escrever uma sequência. A ideia de Harrison para a próxima edição era combinar os romances subsequentes de Frank Herbert, Dune Messiah e Children of Dune . Ele disse em entrevistas que acreditava que os dois romances eram duas partes da mesma história, o que essencialmente conclui a história da Casa Atreides . [3] A minissérie de três partes e seis horas cobre a maior parte do enredo de Dune Messiah na primeira parcela, e adapta Children of Dune na segunda e terceira partes.

Laura Fries of Variety citou a complexidade dos romances de Herbert e chamou a adaptação de “decididamente mais acessível – mesmo que isso signifique mais simples”. Melanie McFarland do Seattle Post-Intelligencer chamou a minissérie de “empolgante de assistir”, acrescentando que “os viciados em televisão vão se deliciar com as óperas sombrias do show, especialmente quando revestidas de efeitos especiais requintados” e que “os devotos de Herbert devem ficar satisfeitos com o resultado “. McFarland observou que, embora complexo, ” Children of Dune não se sente sobrecarregado por seu enredo pesado, onde seu antecessor se sentia”. Ron Wertheimer do The New York Times, no entanto, escreveu: “Sutileza? Nuance? Não e não. O enredo … nem sempre faz sentido. O filme … se desenrola mais como uma representação do que como uma narrativa coerente.” Emmet Asher-Perrin do Tor.com escreveu que “há maneiras nas quais esta sequência da série supera inteiramente a série inicial.” Ela elogiou as “mudanças inteligentes” feitas na trama, em particular a remoção de Irulan da conspiração contra Paul, e a expansão do papel de Wensicia. Mas Asher-Perrin também criticou a primeira parcela, culpando a falta de enredo e os temas difíceis de adaptar em Dune Messiah .

De acordo com Fries, “são Susan Sarandon e Alice Krige que roubam o trovão como matriarcas opostas das grandes casas reais. Embora os dois nunca briguem, sua luta contínua para governar a dinastia das Dunas dá a este mini um verdadeiro chute.” Observando que Sarandon e Krige estavam “claramente saboreando seus papéis”, Fries acrescentou que “Sarandon é um inimigo formidável, enquanto Krige, tradicionalmente escalada como a vilã, prova que pode trabalhar em ambos os lados da cerca moral.” McFarland concordou, escrevendo “A princesa [de Sarandon] pode ser a vilã, planejando esquemas mortais, mas estamos bem com ela em se divertir.” Afirmando que a atuação “é, na melhor das hipóteses, utilitária, os performers universalmente atraentes incorporam atributos, não pessoas”, Wertheimer acrescentou:

A exceção é a estrela de cinema simbólica da peça … Susan Sarandon, tendo um bom tempo como a vilã. Com uma bela aparência em vestidos justos e uma coleção de chapéus-deco do espaço sideral equipados com antenas prateadas sensuais, Sarandon quase pisca para a câmera. Sua linguagem corporal, seu tom de ronronar, o brilho em seu olho maligno, a curva de sua sobrancelha maligna, tudo indica: “Isso não é uma piada?” Em outro filme, uma nota tão chocante de um diretor iria afundá-lo. Mas ela está certa; isso é uma piada. O assalto dela faz parte da diversão.

Enquanto Fries continua que “o mini adquire muito carisma quando McAvoy e Brooks vêm a bordo como a próxima geração da casa de Atreides” e que “Amavia e Cox como a torturada Alia e o oprimido Irulan oferecem desempenhos em camadas” , ela também acrescenta que “Newman, como o azedo Paul, mantém apenas uma nota”. McFarland escreve: O único aborrecimento de Children of Dune é a insistência do elenco em uma atuação inexpressiva. O medo pode ser o assassino da mente, mas neste show o poder serve à estricnina emocional – quanto mais real o personagem, mais rígida a expressão. Asher-Perrin citou vários “momentos de execução perfeita”, incluindo a morte de Alia e a conversa codificada entre Irulan e Mohiam,e elogiou os figurinos. Fries também elogiou os figurinos e efeitos visuais da minissérie, e Wertheimer escreveu: “As melhores qualidades do filme anterior são equiparadas a seu sucessor: as vistas que enchem os olhos, os cenários e figurinos exagerados, o efeitos, todos eles anos-luz além do preço padrão feito para a televisão. ” McFarland concordou, escrevendo “O que realmente mantém você envolvido são os efeitos especiais de Ernest Farino. Ele ganhou um Emmy por seus esforços em Dune , e supera essa conquista aqui. Os visuais são tão incríveis que exigem uma visualização em uma tela grande.”

Children of Dune de Frank Herbert e seu predecessor Frank Herbert’s Dune são dois dos três programas de maior audiência a serem transmitidos no Sci-Fi Channel.

Prêmios e indicações: Children of Dune, de Frank Herbert, ganhou o prêmio Primetime Emmy de Efeitos Visuais Especiais de Destaque para uma Minissérie, Filme ou Especial em 2003. A minissérie também foi indicada para o Emmys de Melhor Edição de Som para Minissérie, Filme ou Especial, Penteado excelente para uma série limitada ou filme, e maquiagem excepcional para uma série limitada ou filme (não protético).

Duna (filme de 2020)

Direção Denis Villeneuve, produção Mary Parent, Cale Boyter, Joe Caracciolo Jr. e Denis Villeneuve, roteiro Eric Roth, Jon Spaihts e Denis Villeneuve, baseado em Duna de Frank Herbert. Elenco Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Stephen McKinley Henderson, Zendaya, David Dastmalchian, Chang Chen, Sharon Duncan-Brewster, Charlotte Rampling, Jason Momoa e Javier Bardem. Companhias produtoras Legendary Entertainment e Villeneuve Films, distribuição Warner Bros. Pictures.

Duna deverá ser dividido em dois filmes, com o primeiro cobrindo aproximadamente a primeira metade do romance e programado para ser lançado nos Estados Unidos em IMAX e 3D em 18 de dezembro de 2020.

Sinopse: No futuro distante da humanidade, o duque Leto Atreides aceita a administração do perigoso planeta deserto Arrakis, a única fonte da substância mais valiosa do universo, “Melange”, uma droga que prolonga a vida humana e fornece níveis acelerados de pensamento. Embora Leto saiba que a oportunidade é uma armadilha intrincada por seus inimigos, os Harkonnen, ele leva sua concubina Bene Gesserit, Lady Jessica, filho e herdeiro Paul, e os conselheiros mais confiáveis para Arrakis, também conhecido como Duna. Leto assume o controle da operação de mineração de especiaria, que é perigosa pela presença de vermes da areia gigantes. Uma amarga traição leva Paul e Jessica aos Fremen, nativos de Arrakis que vivem no deserto profundo.

Curiosidades: Denis Villeneuve afirmou em entrevistas que fazer uma nova adaptação de Duna foi uma ambição para toda a vida. Ele foi contratado para dirigir em fevereiro de 2017.

Em 2008, a Paramount Pictures anunciou que estava realizando uma nova adaptação cinematográfica de Dune, de Frank Herbert, em desenvolvimento, com Peter Berg na direção. Berg deixou o projeto em outubro de 2009, com o diretor Pierre Morel encarregado de dirigir em janeiro de 2010, antes de a Paramount abandonar o projeto em março de 2011.

Em 21 de novembro de 2016, foi anunciado que a Legendary Pictures adquiriu os direitos de filme e TV para Dune. Em dezembro de 2016, a Variety informou que o diretor Denis Villeneuve estava em negociações com o estúdio para dirigir o filme. Em setembro de 2015, Villeneuve expressou seu interesse no projeto, dizendo que “um dos meus sonhos de longa data é adaptar o Dune, mas é um longo processo para obter os direitos, e acho que não vou conseguir.” Em 1 de fevereiro de 2017, Villeneuve foi confirmado para dirigir o projeto por Brian Herbert, filho de Frank. Em março de 2018, Villeneuve afirmou que seu objetivo era adaptar o romance em uma série de filmes em duas partes. Eric Roth foi contratado para co-escrever o roteiro em abril, e Jon Spaihts foi posteriormente confirmado como co-autor do roteiro ao lado de Roth e Villeneuve. Villeneuve disse em maio de 2018 que o primeiro rascunho do roteiro estava concluído. Villeneuve disse: “A maioria das principais ideias de Star Wars vem de Dune, então será um desafio enfrentar isso”. A ambição é fazer o filme Star Wars que eu nunca vi. De certa forma, é Star Wars para adultos. “Em julho de 2018, Brian Herbert confirmou que o último rascunho do roteiro cobria “aproximadamente metade do romance Dune”. O legendário CEO Joshua Grode confirmou em abril de 2019 que planeja fazer uma continuação, acrescentando que “há um lugar lógico para parar o [primeiro] filme antes que o livro acabe”.

John Nelson foi contratado como supervisor de efeitos visuais para o filme em julho de 2018. Foi anunciado em dezembro de 2018 que o diretor de fotografia Roger Deakins, que estava previsto para se reunir com Villeneuve no filme, não estava trabalhando em Dune e que Greig Fraser estava entrando no projeto como diretor de fotografia. Em janeiro de 2019, Joe Walker foi confirmado como editor do filme. Outra equipe inclui: Brad Riker como diretor de arte de supervisão; Patrice Vermette como designer de produção; Richard R. Hoover e Paul Lambert como supervisores de efeitos visuais; Gerd Hefzer como supervisor de efeitos especiais; e Thomas Struthers como coordenador de dublês. Dune será produzido por Villeneuve, Mary Parent e Cale Boyter, com Brian Herbert, Byron Merritt, Thomas Tull e Kim Herbert atuando como produtores executivos. O criador da linguagem Game of Thrones, David Peterson, confirmou que estaria desenvolvendo idiomas para o filme em abril de 2019.

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