O Polêmico Passageiros de Morten Tyldum (Oscar 2017):

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais um interessante filme sobre viagens espaciais. 

Passageiros (2016):

Direção Morten Tyldum, produção Stephen Hamel, Michael Maher, Ori Marmur e Neal H. Moritz, roteiro Jon Spaihts, elenco Jennifer Lawrence, Chris Pratt, Michael Sheen, Laurence Fishburne e Andy García. Companhia produtora LStar Capital, Village Roadshow Pictures, Original Film, Company Films e Start Motion Pictures, distribuição Columbia Pictures. Com orçamento de US$ 110 milhões e uma fraca bilheteria de US$ 270 milhões em todo mundo, Passengers é um filme norte-americano romântico de ficção científica.

Sinopse: A nave Avalon está transportando mais de 5.000 colonos para o planeta Homestead II, uma viagem que leva 120 anos. Os colonos e toda a tripulação estão em compartimentos de hibernação, mas quando a nave passa por um grande campo de asteróides, o escudo fica muito tenso, causando um mau funcionamento que desperta um passageiro, o engenheiro mecânico Jim Preston (Pratt). Depois de um ano de isolamento, sem companhia, exceto Arthur (Sheen), um bartender andróide, Jim contempla o suicídio. Um dia, ele avista a bela Aurora Lane (Lawrence) em sua vagem. Seu perfil de vídeo revela que ela é uma escritora com uma personalidade bem-humorada. Depois de lutar com a moralidade de revitalizar Aurora manualmente para o companheirismo, ele a desperta, alegando que era devido a um mau funcionamento que o ocorreu com o compartimento, como o dele.

Crítica: Passageiros é um belíssimo filme de ficção do diretor Morten Tyldum (O Jogo da Imitação), que tem uma direção de câmera impressionante e uma qualidade de imagem que faz inveja a vários diretores de cinema, mas infelizmente, o filme fica muito retido as imagens e a um roteiro pesado, claustrofóbico, de isolamento e de decisões moralmente duvidosas que prejudica o andamento do filme, além das soluções simplórias para salvar uma nave do tamanho de Star Trek ou mesmo de Star Wars. Tyldom bebe até de boas fontes para criar seu show visual como Perdido em Marte (2015), Gravidade (2013) e até 2001: Um Odisséia no Espaço (1968) do mestre Kubrik, mas sem a mesma essência dos filmes anteriores onde o público se sentia envolvido aos protagonistas nos momentos de tenção e ação, se sentindo unidos nas cenas de perigo. Aqui o questionamento é mais moral do que sentimental a cada decisão do personagem Preston e isso tira a tenção do foco do problema da nave, que no final se resume a apenas uma chave virada e uma mortal porta, que nem é tão mortal assim. A química de Jennifer Lawrence (Aurora Dunn) e Chris Pratt (Jim Preston) não convence como a nova Família Robinson de Perdidos no Espaço, justamente por causa destes questionamentos do certo e errado e os erros de roteiro facilitando as decisões. Do elenco de apoio gostei muito do androide Arthur, interpretado maravilhosamente por Michael Sheen, uma barman e conselheiro, muito diferente dos androides da franquia de Aliens. Laurence Fishburne (Gus Mancuso) faz quase uma ponta no filme, mas demonstra que em uma ponta dá para atuar muito bem, pena que seu papel aqui não seja como do mestre Morpheu de Neo, mas apenas de alguém que sai da capsula apenas para perdoar Preston e dar uma direção ao problema central da nave, muito mal aproveitado. O sumido Andy García também da o ar de sua graça no filme, mas sem muita presença.

Curiosidades: No Rotten Tomatoes, o filme tem um índice de aprovação “pobre” de 31% com base em 215 comentários; A avaliação média é 4.9/10. O consenso crítico do site diz: “‘Passengers’ prova que Chris Pratt e Jennifer Lawrence trabalham bem juntos e que até mesmo sua química não é suficiente para superar uma história fatalmente falha”. No Metacritic, o filme tem uma pontuaçãode 41 de 100, com base em 48 críticos, indicando “avaliações mistas ou média”. Vários revisores criticaram a ética do ponto central da trama, onde Jim decide despertar um dos viajantes hibernando para companhia. Rebecca Hawkes, do The Telegraph, descreveu o filme não como um romance, mas algo assustador “à manipulação”, descrevendo a ação como um “ato central de violência” que é suavizado e justificado e comparado a um ato moralmente semelhante no Interstellar onde o agressor é mostrado como um antagonista.

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