Mogli – Entre dois Mundos (2018) VS O Livro da Selva (2016)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje amos falar da versão Indiana de Tarzan (ou seria Tarzan a versão americana de Mowgli?),  Mowgli, ou como conhecemos, Mogli, é o Menino Lobo com mais de nove filmes desde 1967. Só para tirar a dúvida, a primeira aparição de Mowgli foi no Livro da Selva de Rudyard Kipling criado em 1895, já Tarzan foi criado pelo escritor americano Edgar Rice Burroughs na revista pulp All-Story Magazine em 1912 e publicado em formato livro em 1914. Então, Mowgli é mais antigo.

Mogli – Entre dois Mundos (2018)

Direção Andy Serkis, elenco Rohan Chand (Mogli), Andy Serkis (Baloo), Benedict Cumberbatch (Shere Khan), Christian Bale (Bagheera), Cate Blanchett (Kaa), Naomie Harris (Nisha), Eddie Marsan (Vihaan) e Tom Hollander (Tabaqui), roteiro Callie Kloves, história original Rudyard Kipling, produção Warner Bros. Pictures e distribuição Netflix. Data de lançamento 7 de dezembro de 2018 na Netflix.

Sinopse: Criado por uma alcatéia em meio às florestas da Índia, Mogli vive com os animais da selva e conta com a amizade do urso Baloo e da pantera Bagheera. Ele é aceito por todos os animais, exceto pelo temido tigre Shere Khan. Quando Mogli se defronta com suas origens humanas, perigos maiores do que a rixa com Shere Khan podem surgir.

O Livro da Selva (2016): 

Dirigido por Jon Favreau, roteiro Justin Marks e produção Walt Disney Studios, elenco Bill Murray, Ben Kingsley, Idris Elba, Lupita Nyong’o, Scarlett Johansson, Giancarlo Esposito, Christopher Walken e Neel Sethi. The Jungle Book (2016) é baseado nas obras de Rudyard Kipling e inspirado na animação da Walt Disney (1967). Sua nova versão O Livro da Selva (2016) é um live-action com efeitos CGI que conta as aventuras de Mogli e seus amigos na floresta.

Sinopse: A trama gira em torno do jovem Mogli , garoto de origem indiana que foi criado por lobos na selva, contando apenas com a companhia de um urso e uma pantera negra para protegê-lo do tigre Shere Khan.

Critica: Existem mais de nove produções do Menino Lobo, entre filmes, peças de teatro e animações. Vamos dividir esta crítica em duas partes e apenas aos dois últimos filmes. Primeiro falaremos do belo filme de 2016 do diretor Jon Favreau e depois falaremos do filme sombrio de 2018, do mesmo personagem com a visão do mega ator e novato diretor Andy Serkis.

Do filme de 2016 Jon Favreau surpreende ao fazer um trabalho extremamente difícil, no nível de As Aventuras de Pi (2012) do diretor Ang Lee, onde o trabalho de associar a atuação real com o CGI faz com que você realmente acredite que tudo é real e te leva para o mundo encantado e musical da Disney, tão apreciado por nós mais velhos e agora por uma nova geração. Favreau que vem de uma geração de diretores / atores que trouxeram as HQs para o cinema como Homem de Ferro e Demolidor, hoje sobe mais um nível na escala de direção transformando-se em estrela de Hollywood. Seu brilhante filme também impressiona no resultado financeiro, com um orçamento em US$ 175 milhões e de um resultado impressionante de US$ 900 milhões de bilheteria mundial, calando a boca de quem o retirou da franquia do Homem de Ferro, sorte a nossa. Outro ponto psicológico do filme, no mesmo nível de associação de As Aventuras de Pi, é associar cada personagem animal a um sentimento do próprio Mogli e Shere Khan, representando a própria fúria e frustração de Mogli por perder seus pais na floresta. Agora, não poderia deixar de falar dos fatores Disney que me incomodam em filmes da mesma produtora. As pequenas semelhanças com a animação Tarzan ou mesmo do Rei Leão me incomodaram. Não vou citar as cenas porque acho que isso é estragar um contexto tão lindo, mas esta regra da produtora realmente irrita para quem é fã de boas produções e animações. Voltando ao filme, gostei muito das vozes originais de Scarlett Johansson (Kaa), bem Klingsley (Bagheera), mas é no menino Neel Sethi que está à alma do trabalho de Favreau. E que escolha, Sethi tem um sorriso e uma atuação impressionantes em um filme solitário que trouxe risos e lágrimas aos meus olhos, me levando de volta a uma idade de inocência que a muito eu tinha perdido. Obrigado Jack, Boy e CK pela indicação e me desculpe a demora em ver belíssimo filme. É um filme que posso comparar ao universo feliz da Marvel, já que a versão sombri que vamos falar após é a própria DC Comics, perdão da comparação.

Na versão de Direção Andy Serkis para 2018, muito se esperava do novo diretor que já participou de clássicos filmes como Avengers, Pantera Negra, Senhor dos Aneis, O Hobbit, Star Wars, Planeta dos Macacos e King Kong. Mogli foi à chance de Serkis provar seu valor como diretor, e por alguns pontos, cumpriu bem seu papel. Mogli Entre dois Mundos é um bom filme, com um interessante roteiro e uma excelente produção, mas cai no erro comum de não trazer novidades no roteiro, a não ser no belo trabalho de visual e na parte mais familiar de Mogli com sua tribo humana, mas ainda assim muito pouco na história para interessar o público alvo, em comparação a versão caleidoscópica de Favreau. Eu, que abertamente sou fã dos reboots nas animações da Disney para Tarzan e Aladdin, aqui sabia que não seria com o mesmo contexto quase musical ou colorido, já que era uma versão Netflix, mas ainda assim  faltou algo para este contexto sombrio para não ficar no mais do mesmo. Do elenco Rohan Chand (Mogli) está longe do carisma do belíssimo trabalho Neel Sethi na versão anterior de Mogli, com apenas uma atuação na pedida do papel. O resto do elenco estelar é grandioso, mas não encanta ou se encontra em momentos épicos como na anterior, Com Andy Serkis (Avengers), Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho), Christian Bale (Batman), Cate Blanchett (Thor Ragnarok), Naomie Harris (007), Eddie Marsan (Sherlock Holmes) e Tom Hollander (Bird Box). Posso dizer principalmente, nesta versão sombria, que minha maior decepção foi Cate Blanchett no papel de Kaa, totalmente dispensável.

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