MIB: Homens de Preto Internacional

Em 1997 foi lançado o primeiro MIB, uma outra época, com pensamentos para certas coisas tratados como normais e aceitáveis, Will Smith só foi protagonista principal no MIB 3. Quase 22 anos depois, este spin-off tem como objetivo quebrar outras barreiras e atingir um suposto novo público.

Tessa e Chris

É um filme divertido, mas com um roteiro muito raso e algumas falhas que aconteceram provavelmente por preguiça. Molly era uma criança quando um dia testemunha agentes apagando a memória dos pais dela, por ter um alienígena dentro da casa deles. Ela o liberta, mas em momento algum esses agentes parecem entrar na casa para remover a criatura ou ter certeza que a criança estava realmente dormindo (que foi a informação passada pelos pais da garota).
Ela cresce com um objetivo: trabalhar nessa agência e descobrir o segredo do universo e como ele funciona.

Aqui temos mais uma falha em argumento, como alguém que passou a vida toda sendo tratada como louca e focou em entrar na agência secreta, assim que consegue e está em fase de testes, ao ver Chris Hemsworth (até quase entenderia, porque um Thor desses, bicho…) muda sua atitude e vira uma menininha de 15 anos praticamente? Aquela mulher que hackeou um satélite da NASA para encontrá-los é esquecida na narrativa, e eu esperei a todo momento que usassem essa habilidade dela de alguma forma.

Os vilões são construídos de maneira superficial e não acrescentam em nada para chegarmos no verdadeiro vilão, que estava até que óbvio quem era. BITCH PLS, custava fazer de alguma forma uma virada de plot para que falássemos: QUÊ? COMO ASSIM?
Eles tentam desviar do espião de forma tão forçada que fica claro que quem eles nos querem fazer acreditar, são os “mocinhos”. Onde tem outra falha aqui que não posso falar, senão seria spoiler.

Adorei quando a Agente O questionou o nome Men In Black, mas com o decorrer do filme, as alfinetadas ficaram maçantes, que foi onde entendi que estavam querendo trazer um novo público. Há uma diferença entre trazer representatividade com “estamos fazendo isso porque vende”. Eu via MIB sem me preocupar com isso, mas era em outra época e dava para eles terem feito esse mesmo roteiro sem forçar a barra, sendo natural.

Eles juntaram a Tessa e o Chris! Eles estavam incríveis em Thor, então já era o que bastava para colocar os dois como uma dupla. Adendo aqui para piada com Thor que tem sim e o cameo de Sérgio Mallandro.

Pawny

Enfim, dá para ignorar as falhas e se divertir. O Pawny é muito fofo, além das diversas referências.
Seria um filme perfeito pra Sessão da Tarde, mas algumas coisas não consegui engolir. Um homem e uma mulher podem trabalhar juntos e serem amigos sem todo mundo ficar shippando para que aconteça algo e sem o roteiro criando um clima para isso. Caberia aqui mais um podcast sobre o que me fez gostar muito mais de Capitã Marvel do que Mulher Maravilha e como isso se encaixa em MIB: Internacional.

Ahh, o filme acontece em Londres, mas onde estavam os ingleses?
🙂

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