Kung Pow: O Mestre da Kung-Fu-São (2002)

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Kung Pow: Enter the Fist / Kung Pow: O Mestre da Kung-Fu-São

Direção Steve Oedekerk, produção Paul Marshal, Tom Koranda e Steve Oedekerk, roteiro Steve Oedekerk, baseado em Hǔ hè shuāng Xing, filme honconguês dirigido por Jimmy Wang Yu. Narração Steve Oedekerk, elenco Steve Oedekerk e Jennifer. Companhia produtora O. Entertainment e distribuição 20th Century Fox.

Com um baixíssimo orçamento de US$ 10 milhões, Kung Pow: Enter the Fist é um filme de comédia de artes marciais americano de 2002 uma parodia do cinema de ação de Hong Kong. Escrito, dirigido e estrelado por Steve Oedekerk, o longa utilizou imagens do filme honconguês de artes marciais de 1976 Tiger & Crane Fists ou Savage Killers, juntamente com novas imagens filmadas por Oedekerk, para criar um enredo original e não relacionado.

O filme se tornou um sucesso moderado de bilheteria, arrecadando um pouco mais de dezessete milhões de dólares em todo o mundo; apesar de ter recebido críticas geralmente negativas se tornou um filme cult. Uma sequência, a ser escrita e dirigida também por Oedekerk, foi anunciada em 2015.

Sinopse: Um homem, chamado apenas de “O Escolhido” pelo narrador, vagueia por diversos lugares em busca do homem que matou sua família e tentou matá-lo quando bebê. Ao chegar em uma cidade, ele conhece o Mestre Tang, um sifu muito doente e um pouco perturbado; O Escolhido pede a Tang para ajudá-lo a melhorar sua já impressionante habilidade em artes marciais. Mestre Tang mostra-se cético a princípio, mas depois de ver a “marca do Escolhido”, que nada mais é do que sua língua falante a qual O Escolhido a chama de “Linguinha”, ele permite que ele treine em seu dojô. O Escolhido é apresentado a outros dois aprendizes: Pin Gu Lin, um jovem que foi deliberadamente treinado incorretamente para se tornar uma piada, e Ling, uma bela jovem que tem sentimentos românticos pelo Escolhido.

Crítica: O Cinema é uma das artes mais democráticas do mundo, permitindo  fazer todo o tipo de filmes de qualquer custo que por dezenas de motivos, agradam ou desagradam as pessoas, mas ainda assim, podem  demonstrar uma inteligência crítica social aguçada. Muitos filmes não compreendidos pelos críticos, se tronam grandes filmes Cult por causa de centenas de fãs que se enquadram e entendem uma linguagem que transcende o cinema convencional, fugindo justamente dos parâmetros e culturas  já estabelecidos do cinema, que simplesmente não são questionados, mas sim repetidos em milhares de produções, visando apenas o lucro. Filmes como O Clube dos Cinco de John Hudges,  Os Fantasmas se Divertem de Tim Burton, Oldboy de Chan-wook Park e Quero ser John Malkovic do Spike Jonze são exemplos do que estamos falando.

Não estou dizendo que Kung FU-São é um primor de filme que todos devem assistir, mas sim que o filme é uma boa comédia pastelão, que com exageros, brinca com as diferenças dentre o cinema oriental e ocidental, mas que realmente em certos momentos por sua proposta perde todo o sentido. Só que o trabalho do diretor Oedekerk anarquiza e extrapola  as regras do cinema, colocando em cenas absurdas e erros propositais de enquadramento e ritmo, além de quebrar uma verdade pré estabelecida do cinema que na vida real não faria o menor sentido. Somos  tão fascinado por um heroísmo típico de Superman, Batman Tarzan, Zorro, Cavaleiro Solitário, O Fantasma e etc, personagens escolhidas misticamente no berço para serem salvadores que carregarem uma merca ou estigma que os dão poderes diferenciados para salvar os menos favorecidos, um tipo de Moisés bíblico.

Além disso, a proposta do diretor não é enganar ninguém dizendo que esta é uma obra autoral, mas sim, um besteirol sincero para nos fazer rir e não ser levada a sério. A própria dublagem do filme da língua original para o inglês, ou português se você o ver dublado, brinca com a diferença de expressões, interpretações, seu tamanho e locução. Tudo é pensado como referências de universos diferenciados.

Steven Brent Oedekerk é um ator, diretor cinematográfico, editor, produtor, roteirista e comediante americano e é mais conhecido pela sua colaborações com o diretor Tom Shadyac e com o ator Jim Carrey em filmes como Ace Ventura 2: Um Maluco na África. Steve Oedekerk no papel do Escolhido cedeu apenas o rosto para interpretar o personagem utilizando técnicas de chroma key. O ator de artes marciais Jimmy Wang Yu foi o corpo do Escolhido na metragem original.

Curiosidades: Em muitas cenas, Jimmy Wang Yu, o ator principal do filme Hǔ hè shuāng xíng, a qual foi usada a metragem, teve seu rosto substituído digitalmente pelo de Oedekerk via de pós-produção por chroma key; Oedekerk também dublou todos os atores do elenco original, imitando uma voz diferente para cada personagem. A única exceção é a da personagem Uau, que foi redublada por sua própria atriz, Jennifer Tung. Durante as filmagens de suas cenas, Oedekerk e Tung falaram frases sem sentido, que mais tarde foram substituídas pelas suas próprias dublagens a fim de manter a aparência de um filme de língua estrangeira mal dublado consistente com o resto dos personagens do filme.

O site agregador de críticas Rotten Tomatoes apresenta uma classificação de aprovação de 13% com base em 55 avaliações, com uma classificação média de 2,98/10 referente ao filme; o consenso crítico diz: “é como se um mísero rascunho de piadas ruins se estendesse para um desastre completo”. O Metacritic relata a pontuação média 14/100 com base em 14 críticas, indicando “aversão esmagadora”. Na cerimônia do Stinkers Bad Movie Awards de 2002, Kung Pow foi indicado para a categoria de “Pior filme”, vencendo de forma empatada com The Master of Disguise, e ganhou sozinho na categoria de “Comédia mais dolorosamente sem graça”.

Kung Pow! Enter the Fist arrecadou um total de US$ 17 milhões em todo o mundo, contra um orçamento de US$ 10 milhões. Apesar de sua recepção crítica negativa, o filme ganhou status de cult. Apesar de ter sido apresentado um teaser de uma possível sequência intitulada “Kung Pow 2: Tongue of Fury” no final do filme, nenhum dos produtores confirmou na época que uma continuação realmente iria ser lançada. Durante uma entrevista em 2012, Steve Oedekerk disse que estava planejando fazer uma sequência de Kung Pow! mas, em vez de fazer uma sequência direta deste, o diretor iria utilizar filmagens de um bang-bang italiano ou mexicano, em vez de um filme centrado em artes marciais. Em 23 de julho de 2015, foi anunciado que uma sequência estaria em andamento, com Oedekerk retornando para escrever o roteiro e dirigir o filme.

 

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