Filme e estudo: será que dá certo?

Prontos para um filme mais sóbrio, todo dentro da temática da Guerra Fria? Esse é “Bridge of Spies” (2015). Eu sou bem eclética e assisto vários tipos de filmes, por isso estou mostrando este filme. Outra razão é o conteúdo passado, sim conteúdo, porque sou estudante de um concurso que pede conhecimento de História Mundial e sempre perguntam sobre a Guerra Fria (temática no filme), então este é um filme que eu posso assistir sem ficar com peso na consciência de não estar estudando naquelas 2h e 22min.

“Bridge of Spies” relata como um, aparentemente, simples advogado previdenciário (se não me engano) estadunidense, que consegue realizar uma das maiores manobras legais dentro da Guerra Fria: trocar um prisioneiro soviético por dois estadunidenses (um soldado e um estudante). Bom lembrar que o filme é baseado em fatos, o que torna a trama ainda mais atrativa!!!

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James B. Donavan, que tinha alguma experiência com tribunais de guerra, foi recrutado pela CIA, apoiada para defender um espião soviético Rudolf Abel, por ser lei nacional que todos tenha a devida defesa perante tribunais. Com muita relutância e sendo pressionado pela própria firma que trabalha, além da ordem dos advogados dos EUA, ele aceita o complexa função. Diferentemente do que imaginava, Donavan encontra um senhor calmo, cortês, consciente de sua situação, por quem ele acaba por ter uma admiração.

O caso acabou se tornando mais relevante, uma vez que a URSS reportou aos EUA a prisão do jovem oficial Francis Gary Powers, em um missão secreta de reconhecimento das fronteiras, feito por meio de uma nave que se dizia invisível para os radares, porém foi detectada, atingida por arma de guerra e caiu. Agora as relações entre EUA e URSS poderiam resolver o impasse com uma simples troca de prisioneiros. O problema foi que os EUA não podia mandar ninguém do governo para intermediar a troca, convocaram quem? James B. Donovan!!

O que era para ser uma simples troca foi além. Ao chegar no lado ocidental da Alemanha, Donovan descobre que há outro prisioneiro no lado oriental (que era o lado aliado da URSS), era o estudante de física Frederick Pryor. O governo dos EUA queriam só o oficial Powers, mas Donavan negociou fortemente para que ambos fossem libertados, em troca de Abel, por teus muitos anos de espionagem e tanto interesse em seu retorno. Para conseguir este feito o “simples” advogado teve que enfrentar as negociações internas e traiçoeiras entre os dois lados da Alemanha.
Donavan teve êxito não só nesta empreitada, conseguiu, anos depois (a história confirma) a libertação de 1.113 prisioneiros cubanos na fracassada Invasão da Baía dos Portos, por exemplo. Ele entrou o litígio porque foi pressionado, mas permaneceu e lutou porque acreditou na causa, foi além por querer defender a vida de alguém que era um “ninguém” para o governo, tornou-se, assim, um herói nacional e, por que não, para a classe dos advogados (me passando mesmo!!!).

O filme foi indicado ao Oscar 2016, com cinco indicações, incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante, ganhando apenas o último, que foi o ator Mark Rylance (falo mais daqui a pouco). Falando mais como espectadora, fiquei impressionado com os detalhes, eles conseguiram passar cada sentimento vivido em ambos os lados, a atuação do elenco foi incrível, mas a caracterização, os cenários e a fotografia ajudaram muito, dá para se sentir naquelas situações (boas e ruins).

Agora sobre o elenco. Este já é um filme que atraiu minha atenção por ser histórico, falar de Guerra Fria e tal, mas só de ter Tom Hanks ganhou minha atenção total. O advogado James B. Donavan pe vivido por Tom Hanks, desculpa haters, mas este é um dos melhores atores da atualidade!!! Sou muito fã de Tom Hanks desde que assisti “O Naufrago”, depois assisti alguns mais antigos, ainda assim ainda não consegui assisti nem metade da filmografia dele. O que mais me impressiona nele é a versatilidade, ele faz personagens históricos, como Donovan, mas vai para a comédia sem muita dificuldade, como em “Larry Crowne” (2011).

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O coadjuvante, ganhador do Oscar em sua primeira indicação, Mark Rylance, é recorrente em papeis pequenos em filmes ingleses, mas é famoso mesmo como ator de teatro. “Bridge of Spies” foi o primeiro papel de maior relevância. Sinceramente, não é porque eu assisti o filme depois da premiação, mas eu concordei com o Oscar esse ano, ele dá o tom certo ao personagem, não deixando sua atitude “descompromissada” se tornar forçada. Gostei dele desde que o vi recebendo a estatueta com uma gratidão humilde e sincera aos seus colegas e aos demais indicados.

Bom, por hoje é só, muitas emoções em um só filme (confiram e acho que concordarão comigo). Quais outros filmes, como este, podem auxiliar na hora de estudar história (ou simplesmente estudar)? Já pensaram nisso? Compartilhem comigo!!!

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