Enola Holmes: Crítica (2020)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais uma adaptação livre de conto de Sherlock Holmes para um filme da Netflix. Enola Holmes é um filme de mistério de 2020 baseado na Série literária de Mesmo Nome de Nancy Springer dirigido por Harry Bradbeer e escrito por Jack Thorne estrelado por Mille Bobby Brown, Sam Claflin, Henry Cavill e Helena Bonham Carter estão no elenco em papéis coadjuvantes. Enola Holmes foi lançado no dia 23 de setembro de 2020 na Netflix.

Enola Holmes (2020)

Direção Harry Bradbeer, produção Mary Parent, Alex Garcia, Millie Bobby Brown e Paige Brown, roteiro Jack Thorne, baseado em The Enola Holmes Mysteries de Nancy Springer. Elenco Millie Bobby Brown, Sam Claflin, Henry Cavill, Helena Bonham Carter e Louis Partridge, música Daniel Pemberton, cinematografia Giles Nuttgens. Companhias produtoras Legendary Pictures e PCMA Productions, distribuição Netflix.

Sinopse: O filme narra as aventuras da irmã mais nova de Sherlock Holmes, Enola.

“Quando sua mãe desaparece em seu aniversário de 16 anos, Enola procura a ajuda de seus irmãos mais velhos. Mas assim que ela percebe que eles estão menos interessados em resolver o caso do que mandá-la para o internato, Enola faz a única coisa que uma garota esperta, cheia de recursos e destemida em 1880 faria. Ela foge para Londres para encontrá-la. Encontrando diversos personagens memoráveis pelo caminho, Enola se acha no meio de uma conspiração que pode alterar o rumo da história política”.

Elenco: Millie Bobby Brown como Enola Holmes, Henry Cavill como Sherlock Holmes, Sam Claflin como Mycroft Holmes, Helena Bonham Carter como Eudoria Holmes, Louis Partridge como Viscounde Lord Tewksbury, Adeel Akhtar como Inspetor Lestrade, Fiona Shaw como Senhorita Harrison, Frances de la Tour como a viúva, avó de Tewksbury, Susie Wokoma como Edith,Queime Gorman como Linthorn, David Bamber como Sir Whimbrel e Hattie Morahan como Lady Tewksbury.

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Crítica: Enola Holmes é uma saudável e prazerosa mistura cinematográfica da detetive mirim Nancy Drew, criada por Edward StrateMeyer (1930), com o ótimo filme O Enigma da Pirâmide (1985), que conta as aventuras dos jovens Holmes e Watson no colégio interno.

A direção do novato Harry Bradbeer é quase impecável, não por causa do roteiro ou as 2 horas de filme, mas pela química e relação do seu elenco principal, principalmente para a atuação única de Millie Bobby Brown (Stranger Things) como Enola Holmes. A quebra da Quarta Parede da personagem de Brown é surpreendente e nos incentiva a acompanhar mais ainda a trama, mesmo que por muitas vezes seja um artificio do diretor para adiantar o roteiro ou encurtar uma situação, mas mesmo assim funciona muito bem.

Já o roteiro adaptado de Jack Thorne, mesmo que bem intencionado falando da Revolução Feminina na Inglaterra e as mudanças do patriarcado, deixa a desejar no ritmo lento e despretensioso do filme, com muitas barrigas no meio para se resolverem nos 20 minutos finais. O segundo arco se alonga demais para que o segundo mistério (a fuga e morte do pai de Viscounde Lord Tewksbury) se identifique com o primeiro (o desaparecimento de Eudoria Holmes) e faça sentido toda a história.

A atuação de Brown com o público e a química com o resto do elenco é surpreendente, ela consegue manter o interesse alto sempre que está em cena e com isso supera as expectativas da atriz quase tímida no papel de Onze em Stranger Things. Outro que convence como bom moço e o ´Watson´de Enola, o ator Louis Partridge como Viscounde Lord Tewksbury. Ambos divertem e tem verdade nas suas atuações.

A eterna mega atriz Helena Bonham Carter (Sweeney Tood, A Fantástica Fabrica de Chocolate e Harry Potter) como Eudoria Holmes, mesmo que apenas com uma ponta, monstra todo talento de atriz camaleônica que sempre foi destaque nos filmes de Tim Burton. O mesmo vale para ótima Frances de la Tour (Harry Potter) como a viúva e avó de Tewksbury.

Henry Cavill (Homem de Aço, Liga da Justiça e Batman vs Superman) como Sherlock Holmes segue o mesmo caminho que tantos outros atores de talento e que interpretaram Holmes como Robert Downey Jr., Benedict Cumberbatch, Ian McKellen, Christopher Lee, Peter Chushing, Michael Cane, entre tantos outros talentosos que deixaram sua marca no clássico personagem. Cavill não se esforçou muito para sair do seu cômodo jeito durão e tímido de ser, mas mesmo assim, diferente do magro e alto Holmes, cheio de esquesitices e vícios, conseguiu entregar bem o que se espera de um personagem mais centrado e sem chamar tanto atenção, já que a série é sobre sua irmã mais nova.

Curiosidades: Em fevereiro de 2019, uma adaptação cinematográfica da série de livros de Nancy Springer estava em desenvolvimento pela Legendary Pictures, com Millie Bobby Brown na produção e estrelando o papel-título, e Harry Bradbeer definido como diretor. Em junho, Henry Cavill, Helena Bonham Carter, Adeel Akhtar e Fiona Shaw se juntaram ao elenco. No mês seguinte Sam Claflin, Louis Partridge, Susie Wokoma e Burn Gorman se juntaram ao elenco em julho quando as filmagens começaram em Londres. As filmagens também aconteceram em Luton Hoo em Bedfordshire.

O Conan Doyle Estate abriu um processo contra a Netflix pelo filme, alegando que ele viola direitos autorais ao retratar Sherlock Holmes como tendo emoções, um aspecto do personagem que eles argumentam que não é de domínio público, pois ele só foi descrito como tendo emoções nas histórias publicadas entre 1923 e 1927, e os direitos autorais das histórias publicadas nesse período ainda pertencem a eles.

Em abril de 2020, a Netflix adquiriu os direitos de distribuição do filme. Anteriormente ele seria lançado nos cinemas pela Warner Bros. Pictures, mas devido à pandemia COVID-19 isso não foi possível. O filme foi lançado em 23 de setembro de 2020 pela plataforma de streaming.

Brown tinha lido os livros com sua irmã mais velha Paige e imediatamente quis fazer o papel de Enola, mas ainda não tinha idade suficiente para interpretar o personagem de dezesseis anos. Mais tarde, ela disse a seu pai que eles deveriam fazer um filme e fez parceria com a Legendary Pictures com quem ela havia trabalhado anteriormente em Godzilla. Ela conversou com o escritor Jack Thorne sobre como queria quebrar a quarta parede.

As filmagens também aconteceram em Luton Hoo em Bedfordshire. Cenas ferroviárias foram filmados em Worcestershire na estação ferroviária Arley, estação ferroviária Kidderminster Cidade eVictoria Bridge na ferrovia Severn Valley. A residência da família Holmes, Ferndell Hall, foi filmada em Benthall Hall em Shropshire.

No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme tem uma taxa de aprovação de 92% com base em 113 resenhas, com uma classificação média de 7,14 / 10. O consenso dos críticos do site diz: ” Enola Holmes traz uma lufada de ar fresco para Baker Street – e deixa muito espaço para Millie Bobby Brown colocar sua marca efervescente em uma franquia em espera.” No Metacritic, foi atribuída uma pontuação média ponderada de 68 de 100, com base nas avaliações de 28 críticos, indicando “avaliações geralmente favoráveis”.

Peter Debruge of Variety chamou o filme de um “divertido início de franquia” e elogiou o desempenho de Brown, afirmando que “[seu] estilo de atuação lembra a efusiva espontaneidade que Keira Knightley trouxe para Orgulho e Preconceito, destruindo a propriedade restrita de tantas adaptações de Jane Austen antes dele. ” Debruge achou o filme “mais saboroso em sua narrativa de alta energia do que os filmes recentes de Sherlock Holmes de Guy Ritchie, e consideravelmente mais divertido do que o reboot de Nancy Drew [2019] .” John DeFore do The Hollywood Reporter deu ao filme uma crítica positiva e escreveu: “Ele consegue imaginar um lugar para sua heroína no mundo de Holmes, e então convence os jovens espectadores de que Enola não precisa ser limitado pelas fronteiras desse mundo.” Ann Hornaday do Washington Post escreveu: “Enola Holmes oferece uma fuga rápida e exuberante do peso dos tempos modernos, com sua atriz principal dando seus próprios toques atraentes à jornada. Quando o jogo está em andamento, ela é mais do que capaz, não apenas para acompanhar, mas para ganhar o dia. ”

Uma crítica negativa veio de Mick LaSalle do San Francisco Chronicle , ele escreveu: “Uma jovem atriz brilhante, um ator estrela de cinema e um conceito potencialmente interessante é sufocado em 128 minutos de bobagens coloridas e vazias.”

Em setembro de 2020, o produtor e estrela Millie Bobby Brown e o diretor Harry Bradbeer reconheceram suas intenções de desenvolver uma sequência.

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